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Em meio a guerra comercial, vídeos chineses ‘desmascaram’ grifes de luxo

Publicações afirmam que produtos de luxo são feitos em fábricas de chinesas e são superfaturados no mercado americano

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Quem acessou a TikTok na última semana deve ter visto uma onda de vídeos de supostos fabricantes chineses expondo como são feitos produtos comercializados por grifes de luxo. As postagens mostram que os preços de itens como bolsas de marcas como Hermès, Chanel e Louis Vuitton, são superfaturados nos Estados Unidos. 

@yourmategingerkate TIME TO WAKE UP! The luxury goods market is built on smoke and mirrors. But the veil is slipping and more and more people are waking up to the SCAM!!! Most of these “premium” brands are made in the exact same factories as the cheaper ones. Same ingredients. Same machines. Different label. That’s it. You're not paying for better quality — you're paying for branding, celebrity marketing, and a false promise of exclusivity. What’s worse? Many of these products are packed with questionable, often toxic ingredients. But slap on a gold lid and suddenly it's luxury? This isn’t about glam — it’s about manipulation. You deserve honesty. You deserve safety. You deserve better. China is lifting the lid on what’s REALLY going on. Are their intentions pure? No, this is retaliation! But it doesn’t matter, they’re spitting facts and people should wake up and listen! ?? Start questioning what you’re buying. Demand transparency. Stop funding the scam. #chinafactory #WakeUpCall #luxury #wholesale #scam #skincare #naturalskincare #yourmategingerkate #designer ? original sound - Kate ????????‍????

Além disso, os consumidores poderiam economizar ao comprar os produtos direto com os fabricantes e não com marcas. Os vídeos viralizaram, coincidentemente ou não, no mesmo momento em que Trump anunciou novas tarifas sobre produtos chineses, como tática para reduzir a dependência econômica da China.

Em um dos vídeos, um comerciante diz que uma bolsa Birkin, da Hermès, – encontrada por US$ 38 mil nos Estados Unidos – tem custo de produção entre US$ 1 mil e US$ 1,4 mil na China. Já as leggings da Lululemon custam US$ 6 para serem produzidas, mas são vendidas por US$ 100 nos EUA.

No entanto, os vídeos podem não ser exatamente verdade. Para se ter uma ideia, a Louis Vuitton informou que os produtos da marca são fabricados somente na França, Espanha, Itália e nos Estados Unidos. Já a Gucci afirmou que a produção ocorre exclusivamente na Itália. 

@papaifinanceiro A casa caiu! #birkin ? som original - Papai Financeiro

No entanto, a Hermès e Prada informaram que produzem seus produtos na França e na Itália, mas possuem etapas que são terceirizadas na Ásia, como montagem, acabamento e fornecimento de algumas peças.

Luca Solca, analista da grife de luxo Bernstein, afirmou em entrevista ao site Business of Fashion que duvida da veracidade dos vídeos do TikTok e que as publicações podem afetar a reputação das marcas. 

Especialistas explicam que o custo de produção de itens de luxo realmente é menor do que o cobrado do cliente final. No entanto, é preciso entender que uma grife vende mais do que um item – também estão em jogo a marca, a tendência e muitas outras coisas. Isso é chamado de valor agregado. Além disso, os vídeos não expõem as taxas de importação e custo de distribuição do produto. 

Por fim, os especialistas destacam que é muito comum que as marcas utilizem matéria-prima internacional, que é levada para a China, onde ocorre a montagem das peças. Isso não significa que sejam produtos falsificados ou que as grifes estejam mentindo para o consumidor – é apenas uma prática normal do mercado. 

@jessie.song China made designer bags are low key better #china #tariffs #designerbags #dhgate ? original sound - Jessie Song

Quem está por trás dos vídeos?

Como os vídeos viralizaram logo após Trump anunciar as novas tarifas de importação da China, foi levantada a hipótese de que as postagens estariam sendo ordenadas pelo governo chinês. No entanto, não há provas de que isso esteja acontecendo. 

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O governo Trump informou, na última terça-feira (15/4), que as tarifas de importação da China chegariam a 245%, como “resposta de suas ações retaliatórias”. O cálculo da tarifa não foi explicitado.

De acordo com a Lei do Comércio dos Estados Unidos, o governo pode investigar e responder a atos ou políticas estrangeiras que sejam "irracionais ou discriminatórios e que onerem ou restrinjam o comércio dos EUA". Os americanos afirmam que a China adota “práticas desleais” em relação a transferência de tecnologia, propriedade intelectual e inovação. 

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