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Carnaval vai movimentar mais de R$ 1 bilhão em BH

Setor hoteleiro aumentou preço médio da diária em 30%. Bares e restaurantes também esperam elevar o faturamento ao longo do carnaval

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O setor de comércio e serviços se mostra otimista com o carnaval 2025 em Belo Horizonte. A expectativa é de que a festa movimente cerca de R$ 1 bilhão. Diversas entidades envolvidas na folia se reuniram nesta terça-feira (11/2) na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH) para falar de suas ações. A Belotur (Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte) estima que 6 milhões de pessoas participem da festa na capital.

 

Pesquisa da CDL/BH mostra que 6 a cada 10 empresários (59,2%) acreditam que o carnaval 2025 terá reflexo positivo nas vendas, o que, de acordo com Marcelo Souza e Silva, presidente da CDL/BH, é considerado um número muito bom, já que nem todas as atividades têm aderência com o carnaval. Ele afirma que até esses comerciantes movimentam a economia, já que alguns aproveitam para reformar a loja.

“As últimas edições foram muito satisfatórias para comércio, serviços e turismo da capital mineira. A prova é que, para este ano, o sentimento de positividade dos empresários aumentou 19% em comparação a 2024. Acreditamos que, especialmente agora em fevereiro, o mercado de vendas de adereços, fantasias, bebidas e reserva de hotéis aqueça ainda mais”, analisou Marcelo.

Na pesquisa da CDL/BH, a expectativa dos lojistas é um tíquete médio de R$ 89,60 por produto, sendo que cada consumidor deve adquirir dois produtos, elevando o gasto para R$ 180. Esse valor é 42% maior que em 2024. Os produtos com maior saída serão vestuário (29,3%), bebidas não alcoólicas (26,5%), bebidas alcoólicas (24,9%), adereços (19,9%), lanches (19,3%) e fantasias (9,9%).

Os comerciantes esperam que a maior parte dos pagamentos seja feita à vista, sendo a metade (49,8%) no cartão de crédito, 20,4% no Pix e 6% no cartão de débito. Para quem vai parcelar no cartão, a expectativa é que 22,4% optem por pagar em quatro parcelas.

De acordo com Josiane de Souza, secretária adjunta de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, o estado deve receber 12 milhões de foliões no carnaval 2025, sendo 5,8 milhões em Belo Horizonte. Ela conta que o estado liderou a atração de turistas estrangeiros no carnaval de 2024. Quanto aos turistas de outros estados brasileiros, Josiane disse que a Secretaria de Estado de Comunicação Social tem desenvolvido a campanha “Vem Mineirizar!” no Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Bahia, estados com carnavais consolidados.

Setor hoteleiro e bares comemoram

O setor hoteleiro também está otimista. De acordo com Flávia Araújo Badaró, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis - Seção Minas Gerais, 90% das vagas disponíveis na Região Centro-Sul de Belo Horizonte já estão reservadas para o período de carnaval, enquanto 60% das acomodações da Região da Pampulha já estão reservadas.

Mas, para além das ocupações, a maior parte da animação do setor hoteleiro vem do fato dos valores das diárias médias estarem 30% mais caras, com média diária de R$ 501,55. Com uma estadia média de quatro dias, a expectativa é faturar R$ 2 mil em média para cada acomodação durante o carnaval. Flávia comemora que, diferente do ano passado, quando a ocupação foi alta, mas os foliões deixaram tudo para última hora, em 2025 eles estão bem mais planejados.

Já a presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes - Seção Minas Gerais (Abrasel-MG), Karla Rocha, disse que 67% do setor espera um aumento no faturamento no carnaval 2025 de Belo Horizonte. Para 58% desses empresários o incremento será de até 20%, enquanto 9% esperam faturar mais de 20%.

O perfil do folião

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG), em parceria com a Belotur, realizou um levantamento para analisar o perfil e a intenção de consumo dos foliões que escolhem Belo Horizonte como destino carnavalesco. Os belo-horizontinos são o principal público do evento (60,7%), seguidos pelos turistas da Região Metropolitana (10,9%), do interior de Minas (6,5%), de outros estados (9,7%) e de fora do Brasil (0,2%).

A grande maioria (81,7%) dos foliões que não moram na capital pretendem ficar até uma semana, e a hospedagem mais escolhida são hotéis (40,2%), seguidos por casas de parentes (22%) e aluguel por temporada (19,5%). Esse público também afirmou que a permanência na cidade poderia ser maior se houvesse mais eventos gastronômicos e culturais (59,8%) ou descontos em hospedagens (56,1%).

Cerca de 41% dos foliões estimam que vão gastar entre R$ 400 e R$ 1 mil ao longo de todos os dias de festa. Enquanto 16,7% dos entrevistados pretendem comprar fantasias, 36,1% vão personalizar suas próprias roupas e 26,3% vão reaproveitar peças de anos anteriores, o que impulsiona as lojas de tecidos, armarinhos e adereços.

O consumo de bebidas também promete movimentar a economia na capital, sendo a água a bebida mais citada (85%), seguida por cerveja (49,8%) e destilados (36,7%). A maioria dos foliões disseram que preferem comprar bebidas dos vendedores ambulantes (63%), mas uma quantidade considerável (50,4%) também não resiste à oportunidade de economizar se abastecendo em supermercados (para essa questão era possível marcar mais de uma opção). Para comer, os principais pontos de parada serão bares, lanchonetes e food-trucks.

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