TELEVISÃO

Como a representatividade trans está avançando na TV brasileira nesta década

De papéis estereotipados a protagonistas: a evolução e os desafios da inclusão de pessoas trans na teledramaturgia do país

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A TV brasileira está passando por uma transformação silenciosa. Durante anos, personagens trans eram retratados de forma caricata na teledramaturgia, e, na última década, essa representação passou a ocupar espaços de protagonismo, refletindo uma mudança social e trazendo novas narrativas para o público.

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Um exemplo recente é a estrela da novela “Três graças”, Gabriela Loran, uma mulher trans que interpreta Viviane na novela das 21h e conquistou o público com sua personagem.

Com figuras limitadas a papéis cômicos e trágicos, os personagens trans muitas vezes eram interpretados por atores cisgêneros, o que reforçava uma visão distorcida e impedia que artistas trans tivessem acesso a essas oportunidades de trabalho.

Essa abordagem criava um ciclo de invisibilidade e desinformação. As histórias raramente exploravam a complexidade e a humanidade dessas pessoas, focando quase exclusivamente no processo de transição ou em conflitos ligados à identidade de gênero, sem aprofundar outras facetas de suas vidas.

De coadjuvantes a protagonistas

O cenário começou a mudar de forma mais consistente nos últimos anos. A escalação de atrizes trans para interpretar personagens trans, como Glamour Garcia em “A Dona do Pedaço” (2019), foi um marco. A autenticidade trazida por essas artistas conferiu mais verdade e profundidade às tramas, conquistando a crítica e o público.

A virada principal, no entanto, está na criação de papéis que não se resumem à identidade de gênero. Personagens como a de Gabriela Loran em “Renascer” (2024) ou a de Linn da Quebrada na série “Segunda chamada” (2019) mostram pessoas trans vivendo suas vidas, com dramas, amores, carreiras e desafios que vão muito além de sua identidade.

A primeira atriz trans a protagonizar uma novela brasileira só passou a acontecer em 2023, com Maria Clara Spinelli dando vida à personagem Renné, do remake de “Elas por elas”.

Essa evolução é fundamental para a naturalização de corpos e vivências trans no imaginário popular. Ao apresentar essas personagens em contextos diversos, a ficção ajuda a quebrar preconceitos e a construir pontes de empatia com a audiência.

Os desafios que permanecem

Apesar do avanço, o caminho para a representatividade ainda é longo. Um dos principais desafios é ampliar a diversidade de perfis trans na tela, incluindo outras realidades.

A inclusão desses profissionais por trás das câmeras também é um ponto importante. A presença de roteiristas, diretores e produtores trans é essencial para garantir que as histórias sejam contadas com sensibilidade, respeito e propriedade, evitando a reprodução de velhos clichês e garantindo uma representação cada vez mais rica e plural.

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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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