RESISTÊNCIA

BH e Ouro Preto sediam Seminário Internacional Pró-Reparações Históricas

O evento recebe pensadores e políticos negros para debater a necessidade do desenvolvimento de políticas de restaurações

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A abolição da escravatura, realizada no dia 13 de maio de 1888, representou um importante marco para a população negra, que lutou e se revoltou contra o sistema vigente à época. Entretanto, após a conquista, nenhuma contrapartida financeira foi dada aos negros recém-libertos, o que resultou na sociedade de privilégios que fazemos parte.

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O Seminário Internacional Pró-Reparações Históricas, evento que busca debater sobre a necessidade de restaurações sociais, teve início nessa segunda-feira (10/11) e se estende até sábado (15/11). 

As rodas de conversa acontecem em Belo Horizonte e em Ouro preto, na Região Central do estado, a 95 quilômetros da capital.  

As palestras estão sendo ministradas em diferentes locais de BH, como o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, a Faculdade de Direito e o campus Pampulha da UFMG. O seu encerramento será na Universidade Federal de Ouro Preto, em local ainda não confirmado pela organização.   

Essa é a segunda edição do seminário, a primeira ocorreu em 2023. Na ocasião, o evento foi realizado em parceria com o Sindicato dos Servidores da Justiça (Sinjus) na Faculdade de Direito da UFMG. As informações sobre os painéis estão disponíveis no site do evento

A intenção da edição deste ano é dar continuidade aos debates suscitados em 2023 e, com isso, ampliar as vozes das pessoas negras. As rodas de conversa contam com participações de convidados que atuam com a temática de desigualdades e das restaurações sociais, no país e no exterior.

Entre os participantes do evento se destacam a jurista Mireille Fanon Mendès-France, filha do pensador Franz Fanon; o educador saudita e secretário-geral da Organisation of Southern Cooperation (OSC),  Manssour Bin Mussallam; e a Francia Márquez, vice-presidente da Colômbia e ativista dos direitos das comunidades negras e afrodescendentes.  

De acordo com a ex-professora da Uemg e política, Maria Consolação, o objetivo do evento é avançar na construção de políticas de reparações para a construção de projetos de nação, diaspórica e panafricanista, de forma autônoma e popular. 

“A importância desse projeto é a capacidade de articulação das pessoas de vários países e diferentes continentes do mundo, que buscam discutir sobre reparação para que possamos conectar, atualizar e globalizar o nosso movimento”, aponta a professora. 

Marcos históricos em 2025 

O ano de 2025 apresenta uma sequência de datas importantes para o movimento negro. Os 330 anos de Zumbi dos Palmares, o centenário de Frantz Fanon e Clóvis Moura, o renascimento de África e os 50 anos de Independência de Angola e Moçambique. 

“Queremos construir com esse seminário uma grande articulação internacional das lutas pró reparações, pensar como instrumento para pensar novos projetos de nação”, diz “Pensar uma outra forma de se organizar a nossa sociedade para garantir o bem viver para todas as pessoas que todo mundo tem justiça, terra, pão e paz” afirma a Maria Consolação. 

As inscrições devem ser realizadas no site. 

*Estagiário sob supervisão do subeditor Gabriel Felice

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