Vereadores rejeitam projeto que reconhece importância da parada LGBT+
Com 11 votos contra e quatro a favor, o PL proposto por vereadora petista que reconhece relevância cultural da parada é vetado
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Siga noVereadores da cidade de Santa Luzia, na Região Central de Minas Gerais, rejeitaram projeto que reconhece relevância cultural da parada LGBTQIAPN+ nessa terça-feira (6/5). A proposta foi negada durante a votação da 13ª Reunião Ordinária, com 11 votos contrários e quatro a favor.
O projeto de lei 073/25 de autoria da vereadora Suzane Duarte Almeida (PT), do Coletivo Luzias. O texto reconhece a Parada do Orgulho LGBT+ de Santa Luzia como de “Relevante Interesse Cultural". Votaram a favor os parlamentares: Rodrigo Reis (PDT), Reginaldo do Gás (Agir), Ivo Melo (PSD) e a autora.
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Votaram contra os vereadores: André Leite (PP), Fernando de Ariston (PL), Bruno Negão (MDB), Brian Pereira (MDB), Bruno Figueiredo (Republicanos), Du do Salão (PRTB), Tupã do Projeto (Mobiliza), Junin do Lau (Podemos), João Pedro Batista (PRD), Gedeon Maciel (Agir) e Nandinho (PP).
O Coletivo LGBT+ Santa Luzia manifestou repúdio à rejeição. Para o grupo, a decisão da Câmara Municipal representa um retrocesso motivado por influências religiosas e discursos conservadores que desrespeitam o Estado Laico e os direitos fundamentais da população LGBTQIAPN+.
Ainda assim, o coletivo reafirma o compromisso com a luta por igualdade, pela criação do Conselho Municipal LGBT+ e pela continuidade de eventos e ações que promovam inclusão e cidadania na cidade.
Apesar do veto, o coletivo valorizou os apoios recebidos, agradecendo publicamente os parlamentares que votaram a favor da proposta e os parceiros institucionais que atuam na promoção da diversidade.
Destacando a importância da Parada do Orgulho LGBT+ iniciada em 2023, o grupo reforçou sua relevância como manifestação cultural e política da periferia. O coletivo já organiza a terceira edição do evento para 2025.
Fernando de Ariston (PL) foi um dos 11 parlamentares contrários ao projeto de lei. Nas redes sociais, ele declarou: “Não só votei contra, como também me posicionei, uma vez que o movimento afronta os valores que acredito e defendo”.
Na justificativa do voto, o vereador afirmou que “cultura é algo que não se impõe por meio de lei, se constitui naturalmente”. Ainda defendeu que todos têm o direito manifestar-se, mas que não pode compactuar com “movimento de pessoas seminuas que rebolam e agacham na frente de crianças”.
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