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BELO HORIZONTE

Celebração do orgulho e direito de envelhecer no Dia da Visibilidade Trans

Com o tema "Vidas Trans Através do Tempo", o movimento percorreu as ruas da capital mineira nesta quarta-feira (29/1)

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A 8ª edição da Caminhada da Visibilidade Trans e Travesti de Belo Horizonte ocupou as ruas do Centro da capital mineira nesta quarta-feira (29/1). Sob o tema “Vidas Trans Através do Tempo” e homenageando a ativista travesti Sônia Sissy Kelly, que morreu aos 67 anos, a comunidade celebra o orgulho e reivindica direitos, como o envelhecimento digno. 

A concentração da caminhada, que foi acompanhada pela chuva, começou às 17h na Praça Sete, Região Central da capital mineira. O evento foi realizado pelo Movimento Autônomo Trans de BH (MovAT) no Dia Nacional da Visibilidade Trans, data na qual a comunidade celebra o orgulho, luta por direitos e evidencia a realidade violenta a qual pessoas trans e travestis são submetidas.

“Neste momento que estamos na rua, na Praça Sete, a intenção é que as pessoas vejam a gente”, diz Zaíra Magalhães, que faz parte do MovAT. Ele ressalta a importância da existência de pessoas trans de todas as idades ser normalizada em todos os espaços.



Viver e envelhecer

A escolha de Sissy Kelly como homenageada se deu por ela ser uma referência para a comunidade por ter alcançado os 67 anos, explica Zaíra. A longevidade de vida das pessoas trans e travestis é um direito negado pelos altos índices de homicídio sofrido por elas. Um levantamento feito pela Rede Trans Brasil, que considerou as ocorrências de 2024, aponta que a faixa etária média das pessoas da comunidade mortas era de 26 aos 35 anos.


A pesquisa também revela que Minas Gerais é a segunda unidade federativa com maior número de homicídios de pessoas trans e travestis, com 10 ocorrências em 2024. No Brasil, foram 105 casos. Além disso, o levantamento mostra que 93,3% das vítimas eram mulheres trans ou travestis e que a maioria dos homicídios registrados desde 2016 foram de trabalhadoras sexuais. 

“Lembramos Sissy Kelly para fazer reverberar a sua história de vida, para que todas as gerações de pessoas trans e travestis saibam que sempre estivemos aqui, através do tempo”, conta Gab Lamounier, psicólogo e ativista que atua no MovAT.

A travesti morreu em novembro de 2024 e sobreviveu à prostituição, à epidemia de AIDS, à hepatite viral, à ditadura, às internações compulsórias em manicômios e à pandemia de COVID-19, de acordo com o MovAT. Hoje, ela recebe os títulos de Traviarca e Transcestral pelo legado que deixou.

“Que a trajetória de lutas e conquistas de Sissy nos inspirem a seguir construindo nosso movimento e pautando de maneira radical qual o mundo que queremos, pois, como ela dizia, ‘se uma Sissy incomoda muita gente, um Movimento incomoda muito mais!’”, afirma Gab.

A caminhada faz parte da Jornada da Visibilidade Trans e Travesti da Região Metropolitana de BH, que vai ter eventos em janeiro e fevereiro

A caminhada faz parte da Jornada da Visibilidade Trans e Travesti da Região Metropolitana de BH, que vai ter eventos em janeiro e fevereiro

Túlio Santos/EM/D.A.Press. Brasil. Belo Horizonte - MG

Jornada da Visibilidade

A caminhada faz parte da Jornada da Visibilidade Trans e Travesti da Região Metropolitana de BH, que, nesta edição, vai ter eventos em janeiro e fevereiro. Até a edição de 2024, a programação durava apenas uma semana.

Confira os eventos a partir desta quarta-feira (29/1):

29/1 - quarta-feira

8ª Caminhada da Visibilidade: Vidas Trans Através do Tempo

Concentração na Praça Sete - 17h 

1º/2 - sábado

Oficina de Introdução Moda - Upcycling, desconstrução e reconstrução

Mofuce - Associação Casa do Estudante de Minas Gerais (ACEMG) - das 9h às 15h

2/2 - domingo 

Jardinagem de Guerrilha

Mofuce - Associação Casa do Estudante de Minas Gerais (ACEMG) - das 9h às 12h

2/2 - domingo 

Oficina de Introdução Moda - Upcycling, desconstrução e reconstrução

aKasulo - Centro de Convivência LGBTQIA+ - das 9h às 15h

8/2 - sábado 

2º Encontro Preparatório do Fórum Metropolitano de Saúde Integral LGBTQIA+ 

aKasulo - Centro de Convivência LGBTQIA+ - das 9h às 12h

8/2 - sábado 

Feirinha Trans e bate-papo sobre saúde mental e reprodutiva de pessoas transmasculinas

Instituto Helena Greco - das 13h às 19h

9/2 - domingo

Bicicletada 

Espaço Comum Luiz Estrela - das 15h às 17h30

14/2 - sexta-feira

No Corre da Cidadania 

Centro - das 9h às 16h

16/2 - domingo

Bloco MovAT - cortejo carnavalesco

Praça Sete - 15h

24/2 - Segunda-feira 

Mural da Visibilidade Trans

Local a definir - das 8h às 18h 

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*Estagiária sob supervisão da subeditora Regina Werneck

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