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O que levou-o a ingressar no Ministério Público e como foi sua trajetória até se tornar procurador geral adjunto institucional do MPMG?


Fui um jovem inquieto e demorei a amadurecer. Meus pais tiveram muita paciência e sabedoria comigo. Larguei dois cursos superiores antes de me encontrar no direito. E, somente nos últimos períodos do curso, comecei a discernir um chamado, ainda incipiente, de me dedicar à questão criminal. Não só promover a justiça para as vítimas e defender a sociedade, mas também trabalhar pela recuperação dos criminosos condenados. Isso me fez querer ser promotor de justiça. Recém-formado, fui aprovado no Ministério Público do estado do Tocantins, onde atuei por cerca de um ano em uma pequena comarca chamada Miranorte. Mas, como dizia Drummond, “o mineiro pode um dia deixar Minas, mas Minas nunca deixa o mineiro”. E por não conseguir viver longe da minha terra natal, continuei estudando e consegui passar no Ministério Público de Minas Gerais. Minha primeira comarca foi Januária, no norte do estado, onde permaneci por três anos e meio, depois Diamantina, Igarapé e, finalmente, Belo Horizonte. Na capital, trabalhei em várias áreas, entre as quais a Promotoria do I Tribunal do Júri, quando tive a honra, ou melhor, a graça, de atuar sendo visto pelo meu falecido pai, que, por coincidência, havia sido convocado na mesma época para servir como jurado. Depois, passei quatro anos na assessoria junto à chefia de gabinete do procurador- geral de Justiça, até deixar a administração para ajudar o Dr. Paulo de Tarso na campanha. Com a sua eleição, fui designado para a função institucional.

 

Como procurador-geral adjunto institucional quais são suas principais atribuições e maiores desafios?


A função institucional importa em auxiliar o procurador-geral de Justiça na integração dos diversos órgãos internos do Ministério Público, além de promover a cooperação com as entidades e órgãos públicos relacionados com nossa atividade, como, por exemplo, o Governo do Estado, o Tribunal de Justiça, a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas e os Municípios. É um leque muito amplo de atuação e os desafios são variados. Mas há um desafio principal - que acho que acompanha todo aquele que lida com pessoas - que é o esforço para se colocar no lugar do outro. Não só ouvir com paciência e atenção, mas se importar verdadeiramente com cada pessoa que Deus coloca em nosso caminho, mesmo, ou principalmente, as que são mais diferentes de nós.

 

A gestão do Dr. Paulo de Tarso é um marco no MPMG já que é a primeira vez que o Ministério Público mineiro tem à frente um promotor de justiça. Isto tem sido um dificultador nesse início de mandato?


Pelo contrário. Já na campanha, o Dr. Paulo de Tarso fez questão de ressaltar que somos todos iguais, e a diferenciação é tão somente entre degraus de uma mesma carreira. Vejo que a classe tem esse mesmo entendimento. É óbvio que há uma diferença na forma de atuação em primeira e segunda instância, mas somos todos membros de um mesmo corpo institucional, que é o Ministério Público de Minas Gerais.

Por ser algo inédito é possível se esperar muitas mudanças e uma evolução diferenciada no MPMG nessa gestão?


A gestão que se encerrou foi exitosa, sem dúvida, e o desafio de avançar é grande, exatamente pela dimensão que os procuradores-gerais que o antecederam deram à nossa instituição. O fato dele ser um promotor de justiça não ajuda nem atrapalha. É apenas uma novidade. O que se pretende é fazer uma gestão voltada para as pessoas: membros, servidores e cada destinatário dos nossos serviços, principalmente aqueles que estão em situação mais difícil. A grande meta da gestão é servir, e não se servir. Doar algo de nós não em favor de uma coletividade ou abstração, mas do concreto que é o problema daquele que bate à nossa porta.

Quais são suas metas e qual legado pretende deixar ao Ministério Público de Minas Gerais como procurador geral adjunto institucional?


Para responder bem essa pergunta preciso reconhecer que nunca imaginei ocupar essa função. Quem trabalha na nossa instituição sabe bem como era remota a chance de que isso acontecesse. Cada um tem a sua forma de ver as coisas. Eu vejo como uma missão e minha meta é cumpri-la da melhor forma possível, buscando priorizar as pessoas em relação às tarefas. Quanto a legado, é difícil falar, até por conta das minhas imperfeições, mas um desejo eu alimento no coração – que os outros cresçam e eu diminua. 

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