Três mineiros no comando da Justiça do Trabalho

Nova direção do tribunal superior do trabalho (TST) é formada por magistrados de Belo Horizonte, Juiz de Fora e São Sebastião do paraíso

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Uma legião de mineiros foi a Brasília para a posse da nova direção do Tribunal Superior do Trabalho (TST). E o motivo, dos mais justos: os três mais altos cargos da Justiça laboral do país passaram a ser ocupados por mineiros.


Na presidência do TST, foi empossado o ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, nascido em Belo Horizonte em 1961, filho do ex-ministro e dos principais nomes da história da Justiça do Trabalho do estado, o saudoso ministro Luiz Philippe Vieira de Mello, e irmão do ex-presidente do TRT-3ª Região (MG), Caio Vieira de Mello, que hoje se destaca na advocacia trabalhista. “Felipinho”, como é chamado pelos mais íntimos, é formado pela Faculdade de Direito da UFMG, a vetusta “Casa de Afonso Pena”. Como enaltecido pelo orador oficial da solenidade de posse, ministro Lélio Bentes, ao saudar o novo presidente Vieira de Mello, que é ministro do TST desde 2006, “a força do seu caráter nos infunde a certeza de que seremos liderados por alguém revestido pelos mais altos padrões éticos e morais que, aliados, a sensibilidade e senso de justiça, fazem-no um homem público como poucos”.


Ao seu lado, o novo presidente terá como vice o ministro Guilherme Caputo Bastos, nascido em Juiz de Fora em 1958, está no TST, como ministro da Corte, desde 2007 e, atualmente, se destaca perante o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), onde exerce mandato desde 2024. Conhecido pela sua simpatia, o flamenguista roxo Caputo Bastos alia irreverência – até pouco tempo atrás fazia questão de decorar seu gabinete com bandeirolas e símbolos juninos durante as festas de São João – com um elevado conhecimento e pioneirismo em se aprofundar e difundir modernas e importantes matérias do direito, como mo âmbito do direito desportivo – é um dos responsáveis pela Lei das SAFs – e do direito marítimo e portuário. Além disso, Caputo se destaca pelo seu envolvimento no campo social, sendo seu gabinete um exemplo de solidariedade na organização de projetos sociais que, apenas em um deles, conseguiu-se arrecadar mais de 19 toneladas de alimentos em cestas básicas.


Completando o trio de notáveis que tem a desafiadora missão de conduzir a Justiça do Trabalho no biênio 2025/2027, foi empossado, como corregedor-geral de Justiça, o ministro José Roberto Freire Pimenta, nascido, em 1956, em São Sebastião do Paraíso/MG. Como lembrou ou orador oficial Lélio Bentes, o ministro Freire Pimenta “é um colecionador de primeiros lugares”. Brilhante, erudito e dotado de uma cultura singular, o ministro Freire Pimenta foi aprovado em primeiro lugar no vestibular da Faculdade de Direito da UFMG, em 1974, tendo concluído o curso como melhor aluno da turma e, por isso, condecorado com a Medalha Rio Branco. Foi aprovado, ainda, no concurso para procurador do Estado também em primeiro lugar, mas optou pela magistratura trabalhista, para a qual foi aprovado, igualmente, em primeiro lugar no concurso para juiz do trabalho, em 1988. Como lembrou o orador oficial, se o ministro José Roberto Freire Pimenta tivesse optado pelo futebol, seu Atlético Mineiro não daria chance para o Cruzeiro, time do coração do presidente Luiz Philippe, pois sempre o alvinegro ficaria em primeiro lugar.


Na opinião de todos os presentes, não podia haver magistrados mais talhados na esfera trabalhista para conduzir essa Justiça especializada num momento tão desafiador, quando sua própria existência é questionada, o volume de novas ações bateu recorde em 2024 e, somente de janeiro a junho de 2025, já foram ajuizadas 1,150 milhão de novas ações, 10% a mais que no mesmo período do ano anterior, e o Supremo Tribunal Federal vem adotando uma postura de enquadramento de algumas posições da Justiça do Trabalho. Mas talento não falta ao trio – nem a perseverança e a resiliência típicas de três bons e legítimos mineiros.

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