TRADIÇÃO COM INOVAÇÃO

Fábrica de BH não abre mão de seguir o modo tradicional de fazer doces

Fábrica de Doces Padre Eustáquio incorpora novos sabores, sem deixar de preservar receitas que existem desde 1955

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A Fábrica de Doces Padre Eustáquio, que fica no bairro de mesmo nome, foi fundada em 1955 pelo casal José Machado de Lima e Ilda de Melo Machado. Eles vieram de Glaura, distrito de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais.

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O negócio deu tão certo que hoje os filhos do casal, Luiz Antônio Machado de Melo e Cássio José Machado de Lima, comandam a produção de doces tradicionais. A terceira geração também se faz presente. Lucas Machado, filho de Luiz Antônio, foi criado entre os tachos da fábrica de doces e atualmente trabalha com o pai e com o tio. “Desde os meus 10 anos, fico no dia a dia ajudando na fábrica”, conta.


O doce mais antigo, produzido da mesma forma da época dos avós de Lucas, é o doce de leite. A sobremesa é preparada em enormes tachos de cobre. “A gente faz, em média, 300 quilos de doce de leite por dia.”


Depois, ainda sob o comando dos fundadores, doces como a cocada branca, morena e preta, o pé de moleque e o cajuzinho passaram a compor o catálogo da fábrica. Hoje, a nova geração já começa a demandar novos sabores e doces.

Neto dos fundadores, Lucas Machado cresceu entre os tachos da fábrica de doces
Neto dos fundadores, Lucas Machado cresceu entre os tachos da fábrica de doces Arquivo Pessoal

“Trabalhamos com pé de moleque com leite Ninho, cajuzinho com café, palha italiana de coco com chocolate branco...”, afirma Lucas, que diz ter sido um pouco difícil convencer o pai e o tio a investir nessas novidades.


“Apesar das mudanças, a gente manteve a tradição e o modo tradicional de se fazer os doces. Mantivemos essa ideia de doce da roça. Se você parar para pensar, outras culinárias além da mineira não têm uma identidade tão definida quando o aspecto são os doces”, completa.

Extinção dos balaieiros


Uma das grandes mudanças que a marca sentiu ao longo dos anos foi a extinção dos balaieiros. “Eles vinham todos os dias com os balaios, pegavam os doces para vender e depois pagavam”, diz Lucas.


O professor José Newton Meneses conta que os balaieiros saíam pela cidade vendendo itens em balaios, que carregavam muitas vezes na cabeça. Seriam os antigos ambulantes. “Eles ainda podem existir de certa forma, mas sem os balaios. Isso era muito comum até os anos 1950, depois foi desaparecendo, até por conta dos moradores que começam a reclamar e do poder público que começou a interferir”, elucida.

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Serviço

Fábrica de Doces Padre Eustáquio

  • Rua Padre Eustáquio, 2607, Padre Eustáquio
  • (31) 3464-5769
  • De segunda a sexta, das 8h às 17h
  • Sábado, das 8h às 13h
  • @docespadreeustaquio

*Estagiária sob supervisão da subeditora Celina Aquino

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