Produtora de azeite mineira é destaque de novo em premiação internacional
A Vinícola Essenza, com uma produção de azeite localizada em Maria da Fé, já coleciona premiações nacionais e internacionais
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Siga noA qualidade do azeite mineiro vem sendo a cada dia mais reconhecida nacional e internacionalmente.
Apesar de consumir muitos produtos importados, principalmente de países europeus como Portugal, o mercado nacional está cada vez mais atento ao reconhecimento – que é crescente – dos azeites brasileiros, em especial mineiros.
Na última terça (15/7), uma das mais aclamadas produtoras do país, a Vinícola Essenza, recebeu mais dois prêmios internacionais, ambos pelo Terraolivo IOOC 2025 Awards, importante concurso de azeites extravirgens realizado por Israel.
O evento, que aconteceu no Chipre, concedeu à vinícola o título de “Best of Brazil” (o melhor do Brasil, traduzindo do inglês) pelo azeite produzido com a azeitona tipo coratina. Essa variedade também conquistou o terceiro lugar na lista de dez melhores produtores do mundo, consagrando a Essenza como a primeira produtora brasileira a estar no top três deste concurso.
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A azeitona coratina, que foi o grande destaque do Brasil, possui sabor levemente amargo se comparados aos outros tipos usados pela Essenza, notas de rúcula, folhas verdes e amêndoas, conforme explica Herbert Salles, proprietário da produtora. Os azeites Mantikir Grappolo, Koroneiki, Blend Summit, além do Mantikir Coratina, levaram para casa a maior medalha do evento, a Gran Prestige Gold, que coroa os azeites com pontuação acima de 86 pontos. Outros 22 azeites brasileiros receberam essa medalha.
No último ano, a Essenza conquistou 30 prêmios internacionais, se consolidando a produtora de azeites e vinhos mais premiada do Brasil.
Terroir mineiro
Os azeites da Essenza são produzidos no refúgio Tuiuva, cidade de Maria da Fé, no Sul de Minas Gerais. A altitude do olival na região varia entre 1.700 e 1.910 metros. Isso é essencial para a qualidade do azeite mineiro. Segundo Herbert, o frio é fundamental para que as azeitonas não fermentem após ser colhidas, pois isso pode diminuir os polifenóis e o potencial de sabor da fruta.
“Lá é o olival mais alto do mundo, já que em outras regiões, nesta altitude (entre 1.700 e 1.910m), há neve. Aqui, podemos aproveitar de um clima ameno sem neve”, explica o proprietário.
Depois da colheita, as azeitonas são levadas para o Lagar de Quelemém (MG) e feito pelo mestre de lagar, Luiz Augusto.
Na Essenza, para a produção do azeite, é feita uma colheita prematura das azeitonas para gerar um óleo de mais qualidade. Isso acaba fazendo com que um pouco de rendimento seja perdido. “Usamos de 12 a 14 quilos de fruta para cada litro de azeite produzido”, destaca.
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*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata