Bares de vinhos oferecem experiências descomplicadas com a bebida
Além de criar um clima mais descontraído, bares de vinhos incentivam o consumo de vários rótulos em taça. Petiscos são ótimos acompanhamentos
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Siga noUm conceito diferente em torno da apreciação de vinhos. Não tão novo assim (surgiu na década de 1980), mas que, nos últimos anos, se disseminou pelo mundo: os chamados wine bars ou bistrots à vin – em bom português, bares de vinho. A ideia de servir bons rótulos em taça democratiza o acesso ao produto e engloba espaços gastronômicos menos formais. Para apreciadores experientes ou para quem acaba de se apaixonar pelo vinho, o modelo agrada, e cada vez mais.
O wine bar quer ser uma espécie de boteco de vinhos, com consumo leve e descomplicado, trazendo para esse universo uma perspectiva menos glamourizada e mais simplificada, mostrando o que a bebida tem de singular. Em geral, são ambientes descontraídos, muitas vezes ao ar livre, no melhor jeito barzinho na calçada. Não mais um lugar elitizado, sisudo e restrito a endinheirados.
Para ser um bar de vinhos de verdade, a seleção deve ser interessante, com rótulos diferenciados – não adianta apenas a quantidade –, o que não significa dizer caros. Em muitos, existem mais de 100 opções em taça, de vários países, possibilitando explorar uma vasta carta.
A vantagem para o cliente é pagar apenas o que consumir. Assim, dá para selecionar e provar variados tipos, sem a necessidade de comprar uma garrafa específica. Grupos de amigos, por exemplo, não precisam entrar em acordo para escolher o rótulo, cada um pode degustar o que mais gosta.
Se, antes, ir a um bar era sinônimo de cerveja e caipirinha, agora não mais. Os wine bars dão protagonismo para os vinhos e comes que harmonizam com eles. E em um caminho contrário – não mais a bebida que acompanha a comida, mas a comida que casa bem com a bebida. Cardápio extenso e pratos muito elaborados não são indispensáveis, ainda que possam estar presentes. Petiscos e finger foods são o suficiente.
O programa pode iniciar com uma taça de espumante, continuar com um vinho branco para acompanhar a entrada, outro rosé junto com o petisco. O prato principal pode ficar melhor com uma taça de vinho tinto e o arremate pode ser um vinho do Porto para saborear a sobremesa. São dobradinhas que realçam sabores e ensinam o cliente sobre harmonização.
Público mais amplo
“O consumo de vinhos em bares mais descontraídos, sem um ambiente formal, é um fenômeno que está crescendo em Minas Gerais. Retrata uma mudança nos hábitos de consumo. O mineiro está cada vez mais interessado em conhecer coisas novas, ter novas experiências gastronômicas”, diz a sommelière, vitivinicultora e enóloga, vice-presidente da Associação dos Produtores de Uva e Vinho de Minas Gerais (UVA-MG), Elcy Caldas Batista, que mantém a vinícola boutique Quinta de Glaura em Glaura, distrito de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais.
Esses bares, continua Elcy, fazem com que o vinho seja mais inclusivo, mais atraente e menos elitista, popularizando a bebida. O que é especialmente importante para os vinhos mineiros, que estão ganhando reconhecimento por sua qualidade e diversidade, pontua.
“É um passo fundamental para o desenvolvimento do mercado de vinhos em Minas. Permite que as pessoas experimentem e apreciem os vinhos locais. O bar de vinho, como um todo, também torna o público mais amplo. Nasce uma comunidade de amantes de vinho que se reúne para compartilhar conhecimentos e experiência”, reforça.
Na calçada
O Cabernet Butiquim retrata o jeito mineiro de tomar vinho. Localizada na Savassi, Região Centro-Sul de BH, a casa, que completa 10 anos em março, foi pioneira na cidade no formato de bar de vinhos, com mesas na rua. A ideia é servir a bebida de forma descomplicada.
“O Cabernet Butiquim foi criado pensando no mineiro. Mineiro gosta de coisa fácil, sem frescura. Sair do trabalho, chegar de chinelo e sentar na calçada. O que importa é ser acolhido e bem recebido”, diz o proprietário, Pablo Teixeira, que se orgulha de dar acesso a vinho bom e com bom preço.
O bar nasceu da constatação de que BH era carente desse tipo de serviço. “Sentia falta de um lugar para tomar vinho que não fosse um restaurante, tão formal. Amigos sempre perguntavam onde tomar vinho na cidade. Oferecia vinhos para bares, que timidamente aceitavam. Não havia vinho para combinar com petiscos, e eu não concordava com isso. Observei um espaço onde podia trabalhar”, lembra Pablo, que veio da experiência em duas distribuidoras de vinhos.
De família de comerciantes, ele já pensava em ter um comércio e convocou a irmã, Maria Cláudia, que veio de Montes Claros. Assim começou a empreitada. A primeira oportunidade de um espaço na Savassi era um corredor estreito, com as mesas do lado de fora.
O mês inicial, com pouco movimento, foi seguido por um crescimento exponencial. Imóveis ao lado foram sendo desocupados e, sem as paredes, o ambiente mudou. Até hoje, foram três ampliações e algumas reformas, como a intervenção para criar o balcão e a coquetelaria com drinques, inclusive os feitos com vinho, no Garagem do Cab.
Pablo conta que o nome “Cabernet” remete diretamente ao vinho por lembrar a uva popular, potente e com história. “Butiquim” completa o casamento, em alusão a um boteco de vinhos. “Buscamos elementos no nome, no serviço, na qualidade do vinho e no preço, para tornar a bebida acessível de várias formas e chegar próximo ao mineiro. E em um espaço informal, intimista e aconchegante, favorável à calçada. A pergunta é: como e o que você gosta de beber? Não é só a cerveja.”
Taça ou garrafa
A carta tem 500 rótulos cadastrados, com preços entre R$ 89 e R$ 1,7 mil, incluindo versões de garrafas com 1,5 ou três litros. Além do Brasil, as garrafas são provenientes de países como Chile, Espanha, Hungria, Itália, Portugal e França. Entre as taças, são 20 opções de R$ 26 a R$ 60.
Exclusivo do Cabernet Butiquim, de edição limitada, o Folia Rosé é originário da Quinta Don Bonifácio, na Serra Gaúcha. Um vinho fresco, leve, festivo, com notas de pêssego e maçã. Na boca, é super seco e com toque mineral.
No cardápio de comida, sob a coordenação da chef Janaína Barrozo, que está há nove anos no bar e criou 99% dos pratos, a ideia inicial era remeter a um boteco. Mas agora o Cabernet Butiquim também tem ares de restaurante – as refeições se uniram aos tira-gostos.
Os carros-chefe são o croquete de carne de panela acompanhado de maionese de rúcula (R$ 49) e a couve-flor crocante com coalhada, teriaki e furikake (R$ 45). O dadinho de queijo mineiro com barbecue de goiabada (R$ 41) e o cupim braseado com bolotas de mandioca com queijo e crisp de cebola (R$ 85) também fazem sucesso.
O cardápio ainda tem opções sem glúten e sem lactose, com preparos para o público vegano e vegetariano. “Observamos a demanda crescente desse público e criamos opções gostosas de boteco para esse nicho e os clientes em geral”, diz a chef.
Segundo Janaína, a intenção é reforçar o Cabernet Butiquim como um boteco de vinhos. “Quando começamos, o modelo de gastrobar não era moda ainda. Fomos inserindo o conceito aos poucos na cidade e deu super certo. Misturamos a culinária mineira com técnicas atuais de cozinha internacional”, diz.
Diante de um bom serviço, comida boa, um espaço informal, descontraído e mais amigável, afinal, o que o público de um bar de vinho gosta? “Beber vinho!”, responde Pablo, que acaba de relançar o Rex Bibendi, mais uma casa especializada em vinhos em BH, um “Cabernet premium”, descreve.
Sonho realizado
O Adega Guga, no Buritis, Região Oeste da capital, é o sonho realizado de Alitton Sousa, o dono, mais conhecido como Guga. Junto com a esposa, Lidiane Freitas, ele coordena o estabelecimento desde março do ano passado. Guga é natural de Ibertioga, no Campo das Vertentes, em Minas Gerais, e começou a vida profissional como garçom há 20 anos.
Em 2012, ele se mudou para BH, onde fez um curso para ser sommelier pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS Minas) e se tornou professor de vinhos. Atuou em bons restaurantes na capital como sommelier, maître e gerente até abrir seu próprio negócio na capital. “Realizamos nosso sonho de trabalhar com vinhos”, declara. O Adega Guga original fica na garagem da sua casa em Ibertioga – desde 2017, aos cuidados da mãe, Cida.
Entre espumante, branco, rosé, tintos e de sobremesa, são oito opções de rótulos vendidos na taça, com preços entre R$ 15 e R$ 25. A seleção inclui cinco vinhos exclusivos da casa: Casta Vieja Chardonnay (branco), Casta Vieja Rosé (rosé), Folhas da Casta Rose Malbec (rosé), Folhas da Casta Cabernet Sauvignon (tinto) e Puris Suave (tinto suave).
A carta ainda conta com 120 rótulos na garrafa, do mundo inteiro: Brasil, França, Itália, África do Sul, Nova Zelândia, Espanha, Estados Unidos, Portugal, Argentina, entre outros países, além de vinhos genuinamente mineiros, de pequenos produtores da Serra da Mantiqueira. Os preços variam de R$ 69 a R$ 2.950. Cerveja, drinques clássicos e autorais são alternativas para quem preferir.
Produtos do interior
Na cozinha, com assinatura do chef Mateus Salvaterra, uma brincadeira entre a culinária contemporânea e a comida feita em Minas Gerais. Queijos especiais, burrata, torresmo da roça defumado, bruschettas, croquete de carne e rosbife de maçã de peito defumado fazem parte do menu de petiscos. Os valores vão de R$ 22 (batata frita) a R$ 99 (iscas de filé-mignon ao molho de gorgonzola e pão na chapa).
De prato individual, as opções passam por risotos, massas, carnes, peixes e frutos do mar, a partir de R$ 52. Como exemplos, polpetone recheado feito na casa, lasanha fresca, risoto de camarão com tomate seco, ancho com fettuccine pomodoro e tilápia ao forno.
“Recebemos os amantes do vinho e da gastronomia que gostam de um bom papo. Tratamos todos bem, desde o cliente que bebe o vinho de R$ 69 ou o cara da long neck. O diferencial da casa é ter vinhos selecionados e produtos de qualidade, com um bom atendimento e receptividade”, diz Guga. Sobre a comida, a qualidade fica por conta de ingredientes escolhidos a dedo, incluindo produtos do interior, principalmente Ibertioga, como manteiga, torresmo, queijo, linguiça e maçã de peito defumada.
Os planos para 2025 incluem retomar a realização de confrarias e cursos a partir do inverno. A ideia é unir amigos em torno de um bom vinho em um bom encontro, avisa o sommelier, reforçando que o intuito do bar de vinho é viver bem o momento. “Um momento que marque sua vida”.
Atraída pelo formato
A jornalista Maristela Bretas, de 63 anos, declara-se uma “cervejeira”, mas, aos poucos, começou a tomar gosto pelo vinho. Costumava apreciar a bebida em casa, quase nunca em restaurantes, até que conheceu os bares de vinhos e virou frequentadora do Adega Guga, onde vai com a família e amigos.
Para ela, o formato atrai por oferecer vinhos bem selecionados, de qualidade, com preço dentro da média, não muito caros, em um ambiente agradável e com bom atendimento. Tudo combinado, relata, com uma “comida maravilhosa”. O vinho (entre os quais prefere o rosé), ela diz, deve estar de acordo com o prato, ou vice-versa. “Os dois devem andar juntos. Para mim, tomar vinho dessa forma se tornou um prazer.”
Eles são os protagonistas
No A Casa da Uva, o vinho não é um mero coadjuvante. “Quando comecei a consultoria sobre vinhos em restaurantes de BH, me deixava triste e irritada pensarem só na comida e usarem sempre os mesmos vinhos”, conta Ana Borges, sobre o motivo que a levou a inaugurar o próprio bar de vinhos, em 2022, no Bairro Anchieta, Região Centro-Sul. Depois do carnaval, ele passará a funcionar na Rua Pium-í.
Ana tem formação como agrônoma, enóloga e sommelière, experiência no ramo de bares e restaurantes há 30 anos e há 15 atua exclusivamente com vinhos. Além de ser uma das fundadoras e associada da UVA-MG, presta consultoria para restaurantes e outros bares de vinho na capital.
Com os pais e a irmã, a empresária mantém a própria vinícola em Moeda, na Grande BH, com plantio de 2021, que agora começa com os primeiros cortes e blends de uvas. São 26 variedades em teste, que logo devem chegar ao bar.
A casa disponibiliza 20 vinhos em taça (de R$ 25 a R$ 48) e mais 70 em garrafa (de R$ 78 a R$ 396). Todos os dias, até as 20h, existe a opção de dose dupla do vinho da casa na taça – comprando uma taça por R$ 26, a segunda sai por R$ 0,01. As tardes, aos fins de semana, também são regados a apresentações de jazz na calçada.
Entre rótulos de diferentes regiões (Hungria, Eslovênia, Portugal, França, Espanha, Itália, entre outros países), o foco, segundo Ana, é mesmo o Brasil. O bar tem uma vitrine com 12 vinhos mineiros, com rodízio periódico de rótulos. A carta inclui, ainda, vinhos naturais, assim como a categoria dos não industrializados e outros tipos de pequena produção.
O diferencial, reforça Ana, que mantém o bar com a sócia, Ana Vitória Alkmim, que cuida da comunicação, está no pequeno produtor, no processo de fabricação de alta qualidade e no custo-benefício fantástico. “São vinhos que não tem no supermercado, que não são industriais, aqueles da ressaca no dia seguinte. Nosso objetivo é trazer o vinho para o protagonismo e mostrar coisas novas para o público. Quando o cliente chega e fala que não conhece aquele vinho, é sinal de que fazemos bem.”
Cardápio de petiscos
A lista de petiscos inclui barriga de porco curada da casa (R$ 46), que leva 10 dias para ficar pronta, torradas de cogumelos (R$ 39), com mostarda fermentada na casa, cogumelos frescos e cebola caramelizada) e bolo de carne com pão artesanal (R$ 46). As empanadas (a partir de R$ 41), nos sabores cebola caramelizada, marguerita, carne de sol com requeijão e camarão são campeãs de vendas.
Entre os pratos individuais, dois tipos de escondidinhos, três tipos de arrozes e duas massas. Por R$ 39, o cliente pode escolher o sanduíche de queijo de cabra com lonza e, por R$ 89, saboreia o arroz de polvo. O carro-chefe é o sanduíche de cupim defumado com requeijão de raspa (R$ 49). Sobre os vinhos mais pedidos, são o rosé C de Cabriz (R$ 98) e o tinto Tra Nodo Marselan (R$ 124).
Vitrine para os naturais
Mateus Batista é chef de cozinha desde 2009 e atua com vinhos desde 2015. Deu aulas, vendeu a bebida e representou importadoras. Foi em busca de um lugar onde pudesse ter uma vitrine interessante para rótulos naturais que ele assumiu, em 1º de dezembro de 2024, o bar de vinhos Gira, no Mercado Novo, em BH, que já funcionava no local há cinco anos e meio.
“No Gira Vinhos, o público é diferente do convencional, mais cabeça aberta, combinando com os bares e o clima do Mercado Novo”, descreve. Lá, ele serve basicamente vinho e água. Com as cadeiras do lado de fora, a ideia é que o cliente aprecie os rótulos oferecidos pelo bar, com a possibilidade de pedir os petiscos em outro estabelecimento – no mercado, um se soma ao outro.
As opções em taça contemplam 15 vinhos, entre R$ 20 e R$ 25 e, na carta, 60 rótulos, entre R$ 86 e R$ 50. Considerando o cardápio completo, 75% são vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais, como se caracterizam os vinhos com mínima intervenção.
Rótulos próprios
A casa trabalha hoje com três rótulos próprios, todos naturais: o espumante Água Viva (Lorena), o clarete/moscato bailey Pôr do Sol na Sapucaí (referência à rua de mesmo nome) e o tinto/merlot Jackson Batista (homenagem ao pai). Mateus explica que tem parceria com quatro vinícolas no Rio Grande do Sul para a produção do vinho. “Participo do manejo e da colheita e vinifico em parceria com as vinícolas. Cada vinho é feito na estrutura da cantina de cada vinícola parceira”, explica.
Mateus reforça que o bar de vinhos tem uma proposta mais descontraída para apreciar a bebida da forma como bem entender. “O ambiente do mercado, por si só, não tem a intenção de ser um lugar refinado. O foco é o produto e a degustação.”
Os novos projetos no Gira Vinhos incluem a degustação, que vai acontecer a partir de fevereiro, às quartas-feiras. A cada semana, serão cinco rótulos naturais para conhecer e saborear. Tudo ao som do piano, que está ali para quem quiser sentar e se arriscar.
Origem
O modelo de bar de vinhos foi criado pelos ingleses nos anos 1980. O primeiro do tipo é o Le Willi's Wine Bar, inaugurado pelo britânico Mark Williamson em Paris. Depois, conquistou o mundo.
Anote a receita: Couve-flor crocante com coalhada, teriaki e furikake (Janaína Barrozo – Cabernet Butiquim)
Ingredientes
- 150g de couve-flor;
- 50g de amido;
- 50g de farinha de trigo;
- 50ml de água;
- 2g de bicarbonato;
- 10g de páprica;
- 5g de sal fino;
- 150g de coalhada;
- suco de 2 limões;
- 5g de zaatar;
- 100ml de shoyu;
- 100ml de cachaça;
- 50g de açúcar;
- 100ml de vinagre de vinho tinto;
- 100ml de água; 50g de gengibre;
- 10g de gergelim preto;
- 10g de gergelim branco;
- 1/4 de folha de nori;
- 5g de hondashi;
- 5g de páprica
Modo de fazer
- Para o tempura, misture amido, páprica, farinha, água, bicarbonato e sal. Reserve em geladeira.
- Para o furikake, toste em panela os dois gergelins e a folha de nori picada. Adicione o hondashi e a páprica. Reserve.
- Para o teriaki, deixe ferver até engrossar água, açúcar, vinagre, cachaça e shoyu, com os pedaços de gengibre. Reserve.
- Tempere a coalhada com zaatar e limão. Reserve.
- Corte a couve-flor em pequenos “galhos”, passe na tempura e frite por imersão até dourar.
- Para a montagem, coloque a coalhada no fundo, a couve-flor por cima e depois regue com um pouco de teriaki. Finalize com furikake e brotos.
Serviço
Cabernet Butiquim (@cabernetbutiquim)
Rua Levindo Lopes, 22 – Savassi
(31) 98447-4102
Adega Guga (@adegaguga)
Rua Eli Seabra Filho, 510, loja 12 – Buritis
(31) 98413-1331
A Casa da Uva (@acasadauva)
Rua Francisco Deslandes, 718 – Anchieta
(31) 98221-0679
Gira Vinhos (@gira.vinho)
Rua Rio Grande do Sul, 499, 2º andar – Centro