Morre André Geraissati, talento da música instrumental brasileira
Violonista acompanhou Egberto Gismonti e Roberto Carlos, participou do trio D'Alma, comandou o projeto Brasil Musical e concorreu ao Grammy
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O violonista e compositor paulista André Geraissati, de 74 anos, morreu nesta quinta-feira (19/11), em São Paulo. A informação foi postada no Instagram pelo filho dele, Gabriel. A causa da morte não foi informada pela família.
“Meu pai foi um violonista único, um artista que tocou muitas vidas – um pai de coração generoso e amor imenso”, afirmou Gabriel Geraissati.
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Na década de 1960, o paulistano iniciou sua carreira tocando com Roberto Carlos, Os Mutantes e Ronnie Von. De 1975 a 1985, André se destacou no trio de violões Grupo D'Alma, ao lado de Rui Salene e Ulisses Rocha. Na mesma época, trabalhou com Egberto Gismonti, participando das turnês “Fantasia” e “Cidade coração” do músico fluminense.
Na década de 1990, André comandou o projeto Brasil Musical, levando para estúdios de gravação e palcos nomes importantes da cena instrumental do país. Concertos e shows foram realizados em teatros, universidades, auditórios e praças. Nos anos 2000, foi diretor musical do festival de música instrumental Jazz Meeting.
Em 1990, André gravou “Brazilian image” com o flautista americano Paul Horn. O disco concorreu ao Grammy na categoria Jazz.
Geraissati lançou os álbuns solo “Insight” (1985), “Solo” (1987), “Dadgad” (1988) e “7989” (1989), entre outros. Em 1988, foi convidado a se apresentar no Festival de Montreux, na França.
Na década de 2000, André lançou “Next”, cuja formação reunia violão, dois teclados e moringa de barro, usada como percussão. Em 2002, foi a vez de “Canto das águas”, o primeiro Super Audio CD da América Latina, pelo selo Cavi Records.
Em 2009 e 2010, durante sua “Euro-Arab tour” o violonista levou a música instrumental brasileira a 18 países da Europa e do Oriente Médio.
Informações dos sites Clique Music e Sesi Cultural