"Wicked: parte 2" estreia hoje cercado de expectativas
Com Ariana Grande e Cynthia Erivo, filme chega às salas nesta quinta (20/11) louvando a amizade, de olho no Oscar e disposto a quebrar recorde de bilheteria
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Um ano depois do primeiro filme, “Wicked: parte 2” chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (20/11) para concluir a narrativa que mobilizou o público como não acontecia há anos, considerando o tempo que as sequências levam para serem desenvolvidas.
De acordo com o site Deadline, o longa vai bater recorde de pré-venda entre filmes de classificação livre, superando “A Bela e a Fera” (2017), que arrecadou US$ 174,7 milhões. A expectativa é de que a nova produção atinja de US$ 180 milhões a US$ 200 milhões.
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O elenco do primeiro “Wicked”, lançado em 2024, chamou a atenção no Oscar, Globo de Ouro e Critics Choice Awards. No último mês, a première de “Wicked 2” foi realizada em cinco cidades, incluindo a passagem de Cynthia Erivo, Jonathan Bailey e Jon M. Chu por São Paulo. Ariana Grande não veio porque o voo foi cancelado.
Curiosidade
Apesar de adaptar o musical homônimo, a curiosidade sobre o desfecho de Elphaba (Cynthia Erivo) e Glinda (Ariana Grande) segue intensa. O início da trama se assemelha ao de “Wicked” 1, com o povo de Oz com a Bruxa Má do Oeste durante o número musical “Every day more wicked”, enquanto idolatra Glinda, a Bruxa Boa, que se satisfaz com o amor da população.
Logo seguimos para um flashback, recurso que, no primeiro filme, nos revelou Elphaba criança. Agora acompanhamos a infância de Glinda, garota que sonhava em ter poderes mágicos e ser popular. Apesar de conseguir realizar parte de seu sonho, Glinda não se sente realizada diante do contexto em que vive.
“Wicked: parte 2” mostra os personagens tentando lidar com as revelações da primeira parte, após descobrirem que o Mágico (Jeff Goldblum) não tem poderes e acompanharem a injusta vilanização de Elphaba.
Afastada na floresta, a garota de pele verde planeja libertar os Animais e expor a verdade, mas enfrenta a força da propaganda do governo. Glinda tenta manter o equilíbrio entre consciência e influência pública. Já o príncipe Fiyero (Jonathan Bailey), agora chefe da guarda do Mágico, deixa de ser a figura caricata do início do primeiro filme e planeja proteger Elphaba, por quem está apaixonado.
Os núcleos se cruzam quando a protagonista visita a irmã Nessarose (Marissa Bode), agora governadora dos Munchkins, e decide invadir o casamento de fachada de Glinda e Fiyero. Elphaba acaba frente a frente com o Mágico. Apesar de quase ser convencida a se juntar a ele, descobre que o homem continua abusando dos Animais.
Com ajuda de Fiyero, Elphaba escapa do governo. A partir daí, a narrativa adota tom mais sério, evitando maniqueísmos. As protagonistas passam a encarar suas próprias contradições envolvendo o bem e o mal, expressando-se por meio de novas canções compostas por Stephen Schwartz.
Cynthia Erivo performa “No place like home”, incentivando os Animais a continuarem em Oz. Ariana Grande canta “The girl in the bubble”, ao decidir tomar uma atitude diante do ataque planejado a Elphaba.
O filme perde ritmo na distribuição do tempo destinado aos personagens. Ao adaptar o segundo ato do musical, com duração menor do que a primeira parte em 24 minutos, o longa precisa resolver conflitos, revelar segredos, criar romances e, ainda, abordar transformações de personagens. A decisão do diretor Jon M. Chu de destacar certos núcleos, sem cortar tramas restantes, resultou em sequências de cenas curtas.
No caso de Dorothy, que faz a primeira aparição neste filme, Chu disse à People que não quis revelar o rosto da personagem para evitar torná-la muito relevante e estragar o imaginário em volta dela. Porém, as cenas da garota e seus amigos, que incluem Colman Domingo interpretando o Leão Covarde, são resumidas a segundos.
Vida ou morte
Após a chegada de Dorothy a Oz, a trama de “Wicked: parte 2” se intensifica, numa história de vida ou morte. A propaganda contra Elphaba mobiliza a população e foge do controle dos donos do poder. A protagonista percebe que não conseguirá mudar tudo sozinha, ao mesmo tempo em que Glinda se conscientiza de que precisa assumir sua responsabilidade política.
O ponto alto de “Parte 2” está em “For good”, canção sobre amizade que sintetiza a essência da trama. Com orçamento milionário, elenco consagrado, figurinos extravagantes e cenários gigantescos, as duas partes de “Wicked” contam uma história sobre o amor e a mudança que as pessoas podem causar na vida das outras. Apesar de alguns tropeços, o segundo filme não falha em emocionar ao transmitir esta mensagem.
De olho na estatueta
As músicas “No place like home” e “The girl in the bubble” estão cotadas para concorrer ao Oscar de Melhor Canção Original, em 15 de março.
Estrelas de “Wicked: parte 2”, Ariana Grande e Cynthia Erivo são apontadas como presenças certas na premiação de Hollywood.
“Wicked” foi indicado a dez categorias em 2025, conquistando as estatuetas de Melhor Design de Produção e de Melhor Figurino, prêmio dado a Paul Tazewell, o primeiro figurinista negro vencedor da modalidade.
“WICKED: PARTE 2”
(EUA, 2025, 137 min). Direção: Jon M. Chu. Com Ariana Grande, Cynthia Erivo, Jonathan Bailey, Jeff Goldblum, Michelle Yeoh e Colman Domingo. Em cartaz nas salas das redes Cinemark, Cineart, Cinesercla e Cinépolis, além do Centro Cultural Unimed-BH Minas.
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria