Fãs de Lô Borges prestam última homenagem em Santa Tereza
Encontro na esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis, em Santa Tereza, contou com apresentações de diversos artistas
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            Amigos e admiradores de Lô Borges se reuniram, no fim da tarde desta segunda-feira (3/11), na famosa esquina que deu origem ao Clube da Esquina, entre as ruas Divinópolis e Paraisópolis, em Santa Tereza. “Celebramos a vida e a arte de Lô Borges”, dizia uma faixa pendurada na Casa da Esquina, espaço cultural do bairro.
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Uma tenda foi montada próximo ao cruzamento das ruas, onde artistas se reuniram para uma “Cantoria em homenagem” ao cantor e compositor, morto neste domingo (2/11), aos 73 anos, em decorrência de uma infecção medicamentosa. Entre os músicos que se apresentaram estavam Marcelo Dande, Felipe Bedetti, Gabriel Guedes e Rodrigo Borges, sobrinho de Lô. Também se apresentou Marilton Borges, irmão de Lô e responsável por dar o apelido ao cantor e compositor – cujo nome de batismo é Salomão Borges Filho.
O público era formado por fãs de todas as idades, dos contemporâneos do artista às gerações mais novas. A arquiteta belo-horizontina Ana Luiza Souza Cecílio, de 29 anos, levou três amigas para o tributo. “Duas de São Paulo e uma daqui de BH. Falei: ‘Vamos lá prestar essa homenagem, porque a contribuição dele para a música mineira e nacional é imensa’”, contou.
Uma das amigas, a historiadora Laura Meniconi, de 28 anos, fez questão de estar presente. “O Clube da Esquina sempre esteve na minha vida. Meus pais me apresentaram quando eu era pequena e, até hoje, eu escuto. Sempre que acordo, coloco as músicas deles para tocar. É quase uma rotina”, disse.
Entre os fãs mais antigos estava Geraldo Eustáquio, 73 anos, que se define como “macaco de auditório” de Lô. Ele conheceu o cantor e compositor nos tempos em que os membros do Clube da Esquina se reuniam na Cantina do Lucas. “Desde então, perdi as contas de quantos shows do Lô assisti, tanto em Belo Horizonte quanto no interior”, contou. “Chorei a manhã inteira ao receber a notícia da morte dele. Mas, se serve de consolo, acho que ele era o tipo de pessoa que não merecia ficar sofrendo no hospital.”
O repertório da “Cantoria” incluiu clássicos como “Paisagem da Janela”, “Clube da Esquina nº 2”, “O trem Azul”, “Trem de Doido” e “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”.
Desde que Lô foi internado, em 17 de outubro, moradores de Santa Tereza organizaram correntes de oração. “Combinávamos nos grupos de WhatsApp e nos dividíamos por horários. Não havia encontros presenciais, mas, no horário determinado, cada um fazia sua oração em casa”, contou Cadu Bernardi, fã de Lô e integrante do Bloco da Esquina, grupo criado em tributo ao movimento musical.
“Sou tão fã dele que, há 10 anos, resolvi me mudar do Rio de Janeiro, minha cidade natal, para morar em Santa Tereza”, acrescentou.
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