Cultura

Por que amamos tanto as histórias do primeiro amor como 'The Summer'?

A série é um fenômeno por um motivo que todos nós conhecemos bem; entenda o apelo universal dos dramas sobre o amadurecimento e as paixões da juventude

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O sucesso de séries como “The Summer I Turned Pretty” não é um acaso. A produção, que se prepara para sua temporada final, captura a atenção de milhões de pessoas por um motivo simples e poderoso: ela fala sobre o primeiro amor. Essa experiência quase universal serve como um gatilho para emoções que todos, em algum momento da vida, já sentiram.

A trama, baseada nos livros de Jenny Han, explora o rito de passagem da adolescência para a vida adulta. Acompanhamos a jornada de Belly Conklin, dividida entre o amor dos irmãos Conrad e Jeremiah Fisher. Mais do que um triângulo amoroso, a história é um espelho das nossas próprias memórias, incertezas e da intensidade que só a juventude parece proporcionar.

A nostalgia que conecta gerações

Um dos principais motores por trás do fascínio por essas narrativas é a nostalgia. Para o público mais velho, assistir a um drama adolescente é como abrir uma cápsula do tempo. É uma forma segura e confortável de revisitar as borboletas no estômago, a angústia da rejeição e a alegria das primeiras conquistas amorosas, tudo isso sem o risco de se machucar novamente.

Essa conexão nostálgica cria uma ponte entre diferentes faixas etárias. Enquanto os adolescentes se veem representados nas telas, vivendo dilemas parecidos, os adultos relembram quem foram. A sensação de pertencimento é imediata, pois as emoções retratadas são atemporais. A dor de um coração partido ou a euforia de um beijo são sentimentos que não envelhecem.

As histórias de primeiro amor também oferecem uma fuga da complexidade da vida adulta. Elas nos transportam para um tempo em que os problemas, embora parecessem gigantescos, eram mais simples. A maior preocupação era escolher um par para o baile ou decifrar um olhar, bem diferente das responsabilidades com contas, carreira e família.

A simplicidade de um mundo idealizado

O cenário onde essas histórias acontecem costuma ser um personagem à parte. Em “The Summer I Turned Pretty”, a casa de praia em Cousins Beach é um refúgio idílico. O verão parece infinito, os dias são ensolarados e as noites, mágicas. Esse ambiente perfeito amplifica a sensação de sonho e escapismo.

Essa idealização é proposital. Ela remove as arestas da realidade e permite que o público se concentre apenas no drama emocional dos personagens. Não há preocupações financeiras ou problemas mundanos. O foco está nos sentimentos puros e intensos, o que torna a experiência de assistir ainda mais cativante e imersiva.

Esse universo simplificado funciona como um porto seguro. Ele nos lembra de uma época em que o futuro era uma tela em branco e tudo parecia possível. A ausência de cinismo e a crença de que o amor pode superar qualquer obstáculo são elementos que trazem conforto e esperança, algo que muitas vezes se perde na rotina adulta.

A fórmula que funciona na tela

Além do apelo emocional, existe uma fórmula narrativa que se prova eficaz. O triângulo amoroso, por exemplo, é um dos recursos mais antigos e bem-sucedidos para gerar tensão e engajamento. A dúvida sobre com quem a protagonista ficará mantém o espectador preso, torcendo por seu casal preferido e debatendo as escolhas dos personagens.

A trilha sonora também desempenha um papel fundamental. Músicas de artistas populares, como Taylor Swift, são usadas em momentos-chave para intensificar as emoções da cena. Uma canção específica pode transformar um momento bom em algo inesquecível, criando uma memória afetiva forte no público.

Por fim, o formato de série favorece o desenvolvimento dos laços. Ao acompanhar os personagens por várias temporadas, o público cria uma relação de proximidade com eles. Vemos suas evoluções, seus erros e acertos, e passamos a nos importar genuinamente com seus destinos. É essa combinação de nostalgia, escapismo e uma estrutura narrativa eficiente que transforma histórias de primeiro amor em fenômenos culturais.

Por que histórias como “The Summer I Turned Pretty” fazem tanto sucesso?

O sucesso dessas narrativas está ligado à sua capacidade de evocar a nostalgia e tratar de um tema universal: o primeiro amor.

Elas permitem que o público reviva as emoções intensas da juventude de forma segura, criando uma forte conexão emocional.

Qual é o papel da nostalgia nesse tipo de história?

A nostalgia funciona como o principal gatilho emocional. Para os adultos, é uma chance de revisitar as próprias memórias da adolescência.

Para os mais jovens, gera identificação imediata com os dilemas e sentimentos vividos pelos personagens na tela.

O que torna o primeiro amor um tema universal?

O primeiro amor é um rito de passagem fundamental no processo de amadurecimento. É uma experiência que transcende culturas e gerações.

As sensações de descoberta, vulnerabilidade e intensidade são sentimentos que a maioria das pessoas experimenta, tornando a história compreensível para todos.

Além da história, o que mais atrai o público nessas produções?

Elementos como cenários idealizados, que promovem o escapismo, e uma trilha sonora marcante, que amplifica as emoções, são cruciais.

A fórmula narrativa, com recursos como triângulos amorosos, também prende a atenção e estimula o engajamento do espectador com a trama.

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