ARTES CÊNICAS

Irene Bertachini apresenta o musical 'Caracol' para as crianças de BH

Espetáculo de sábado (26/4), na Funarte, propõe ao público infantil uma reflexão sobre o autoconhecimento e o propósito da vida

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Já faz um ano desde que o personagem Caracol – criado pela cantora e compositora Irene Bertachini para o musical homônimo – nadou no rio, perdeu sua concha espiralada e partiu em busca de algo que substituísse a identidade perdida.

Nesse intervalo, a história do bichinho foi apresentada a crianças de Belo Horizonte, Sabará e Itaúna. O caracol volta a se encontrar com os pequenos da capital neste sábado (26/4), na Funarte. A próxima sessão já está marcada para 17 de maio, no Parque Lagoa do Nado.

“Ao longo deste ano, nós tivemos a oportunidade de apresentar o espetáculo diversas vezes e aprimorá-lo”, conta Irene. Neste período, ela gravou o álbum “Caracol”, que reúne sete canções do musical intercaladas por breves falas que contextualizam a narrativa do protagonista. O EP chega amanhã às plataformas digitais.

“O disco não traz todo o enredo da peça; é mais uma tentativa nossa de resumir, em 29 minutos, a história que contamos em 50 minutos”, explica Irene.

Tanto o musical quanto o álbum exploram o tema da identidade individual e coletiva. Depois de perder a concha durante o banho de rio, Caracol se vê reduzido a lesma e embarca numa jornada para encontrar sua nova “carcaça”. No caminho, enfrenta encruzilhadas e desafios que o conduzem ao autoconhecimento.

A principal reflexão proposta pelo espetáculo é sobre como as pessoas podem se sentir em paz consigo mesmas. De forma lúdica e divertida, a peça desconstrói a ideia de que o lar é construção exterior, que reduz a identidade da pessoa ao que ela possui, sem considerar atitudes e aprendizados obtidos ao longo da vida.

Idealizado e protagonizado por Irene, o musical foi desenvolvido coletivamente. A direção é de Eugênio Tadeu; o elenco conta com os multiartistas Cici Floresta, Lilian Amaral (substituída por Jéssica Pierina), Sidarta Riani e André Oliveira. A dramaturgia dialoga com a obra do poeta Edimilson de Almeida Pereira voltada ao público infantil.

As composições, fruto de criação colaborativa, têm referências na MPB, em ritmos afro-brasileiros e nas tradições latino-americanas.

“O musical foi um grande marco para todos nós, porque traz muito da cultura afro-brasileira e também várias outras referências. Transitamos pelas tradições populares, como a capoeira e o reinado de Nossa Senhora, que contribuíram – e ainda contribuem – para a formação da nossa identidade”, diz Irene.

Tudo isso, de acordo com a compositora, contribui para um espetáculo diverso, que se contrapõe à velocidade insana dos dias atuais.

“Na contramão da corredeira do tempo, o musical tem digestão lenta, introspectiva. Assim como o andar de um caracol”, compara Irene. “Isso não quer dizer que faltem brincadeiras e os elementos que fazem parte do universo infantil”, avisa.

“CARACOL”

Direção: Eugênio Tadeu. Com Irene Bertachini, Cici Floresta, Jéssica Pierina, Sidarta Riani e André Oliveira. Neste sábado (26/4), às 16h, na Funarte (Rua Januária, 68, Centro). Entrada franca, com retirada de ingressos na plataforma Sympla.

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