Lucia Alves, atriz de 'O cravo e a rosa', estava em estado grave em hospital do Rio de Janeiro crédito: TV Globo - Reprodução/Instagram
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Lúcia Alves, atriz conhecida por atuar em "O cravo e a rosa", morreu aos 76 anos. A Casa de Saúde São José confirmou a morte da atriz na tarde desta quinta-feira (24/4). Ela estava internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) desde o último 14 de abril.
Lúcia Alves lutava contra um câncer no pâncreas. Ela também sofria de diabetes.
Quem foi Lúcia Alves
Lúcia estreou na televisão na novela "Enquanto houver estrelas", da TV Tupi, em 1969. No mesmo ano, entrou na TV Globo para interpretar Geralda no folhetim "Verão vermelho".
Em sua trajetória, passou por títulos na telinha como "Ti ti ti" (1985), "Mulher" (1998), a já citada "O Cravo e a Rosa" (2000) e "Sob nova direção" (2004-2007). No cinema, esteve no elenco de "Lua cheia" (1989) e "Bendito fruto "(2004).
Estava afastada da TV desde 2015. Em março deste ano, quando a novela "Helena" (Globo, 1975) foi disponibilizada no Globoplay, Lúcia deu entrevista ao jornal "O Globo" e afirmou não ter mais vontade de atuar em novelas.
"Hoje é muita decoreba. Não tem nenhum texto de televisão que valha a pena. Todo artista tem o seu auge. E depois que passa o auge, começa a se repetir um pouco. Aí perde um pouco da magia", afirmou.
Tratamento
A atriz detalhou desafios do tratamento contra o câncer no início deste ano. "Uma vez por semana vou ao hospital fazer quimioterapia. Aí, fico cansada no dia seguinte, mas depois normaliza. Meu médico é de muita confiança e o tratamento já esteve mais leve. Agora acho que vai ficar mais puxado um pouco. É aquela coisa do câncer, manutenção para a vida toda", disse em entrevista ao "Globo".
Ela também contou como lidava com a doença. "A melhor coisa é aceitação. Quando você compreende isso e aceita as coisas, tudo se modifica e fica melhor. Aceito a vida com as limitações que ela traz hoje em dia. Mas ainda tomo minha cervejinha (...). Bebo muito menos, quase nada. E não atrapalha meu tratamento."
'Conclave' (2024), do diretor alemão Edward Berger, segue a escolha de um novo papa, entre traições e mentiras. Indicado em oito categorias, levou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 2025. Ralph Fiennes (foto) interpreta o cardeal Lawrence, encarregado de organizar o conclave, assembleia de cardeais que elege o próximo sumo pontífice após a morte do papa. No mundo clerical, todos se conhecem e os rancores são tenazes. Adaptado do romance do britânico Robert Harris, o filme escala as tensões até um inesperado final. Disponível na plataforma Amazon Prime. Diamond Films/divulgação
'Dois papas' (2019), dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, remete à renúncia do alemão Bento XVI, em 2013. O longa de ficção imagina um duelo verbal entre Anthony Hopkins, interpretando um papa alemão muito mais autoritário que seu tímido modelo, e Jonathan Pryce (foto), no papel do futuro papa argentino que deseja ensiná-lo a dançar tango. Os dois homens superam suas diferenças graças à música de Bento, pianista, e à paixão de Francisco pelo futebol. Disponível na plataforma Netflix.
Netflix/divulgação
'The young pope' (2016), série de 10 episódios dirigida pelo italiano Paolo Sorrentino, traz Jude Law (foto) como o ítalo-americano Lenny Belardo, que acaba de ser eleito papa para surpresa geral. Se os cardeais acham que haviam escolhido um sumo pontífice facilmente manipulável, Pio XIII mostra uma personalidade atormentada, maquiavélica e desconcertante. Ultraconservador, bebe Coca-Cola de cereja, fuma nos salões do Vaticano e luta com o trauma de ter sido abandonado quando criança. Disponível no Prime Video.
Gianni Fiorito/HBO/divulgação
A série 'The new pope' (2020) é a continuidade de 'The young pope'. É eleito o novo papa, João Paulo III (John Malkovich, foto), enquanto Pio XIII (Judie Law) está em coma. Desta vez, o diretor Paolo Sorrentino dá ênfase às personagens femininas, especialmente a diretora de comunicação da Santa Sé, interpretada pela atriz francesa Cécile de France. Produção da HBO.
HBO/reprodução
'Habemus papam/Temos papa' (2011), filme do italiano Nanni Moretti apresentado no Festival de Cannes, surpreendeu ao narrar a eleição de um papa relutante em assumir o cargo, dois anos antes da renúncia de Bento XVI. Enquanto a fumaça branca se eleva do Vaticano, sinal do desfecho do conclave, os fiéis se apressam para ver o novo papa, mas a moldura da janela permanece vazia. De repente, ouve-se um grito. Aterrorizado, o cardeal Melville (Michel Piccoli, foto) se recusa a assumir seu novo papel. Até decide recorrer ao psicanalista para acompanhá-lo em sua nova missão. Disponível nas plataformas Amazon Prime e Apple TV.
Prime Video/reprodução
'Amém' (2002), do diretor franco-grego Costa-Gavras, inspirado no livro 'O vigário' (1963), de Rolf Hochhut, ganhou o César, maior prêmio do cinema francês, de Melhor Roteiro. Durante a Segunda Guerra, um químico contratado pelos nazistas descobre a realidade das câmaras de gás. Em vão, ele tenta, com a ajuda de um jesuíta (Mathieu Kassovitz, foto), alertar o papa Pio XII para o horror nos campos de concentração. O filme mostra o papa covarde e seu silêncio cúmplice sobre os crimes nazistas. A tese, contudo, é matizada pelo Vaticano e alguns historiadores, que lembram que Pio XII rompeu seu silêncio três vezes e contribuiu para o resgate de dezenas de milhares de judeus, especialmente na Itália. DVD à venda no site amazon.com.br
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