Todas as empresas estão sujeitas a passar por momentos difíceis, e existem vários fatores que podem impactar a sua reputação. Pode ser um problema nos produtos, uma declaração infeliz junto à imprensa, uma postura errada do pessoal de front-end que é levada adiante nos meios digitais, ações da concorrência, ou fatores incontroláveis.
É preciso ter uma preparação antecipada para enfrentar o dia a dia. O pior caminho é esperar o “fogo aumentar”, para depois tentar resolver o problema, de maneira afobada e ver com surpresa situações de risco, e muitas vezes não conseguir revirar os fatos de maneira efetivamente positiva.
É fundamental que a empresa tenha uma equipe pronta para responder rapidamente a toda situação crítica, e um roteiro de comunicação para os mais diferentes cenários. Estar preparada é muito melhor. É importante ter uma postura totalmente voltada para o cliente, adotar posturas abertas, propor sempre soluções simples e rápidas para ganhar a simpatia de todos os públicos.
Os consumidores esperam soluções transparentes, sinceras e ágeis. Demorar para responder, esconder informações, usar de ações pouco resolutivas pode piorar situações de reclamação, de desentendimento sobre um atendimento, uma entrega, ou uma cobrança feita erroneamente.
Por mais que estejam disponíveis os meios digitais, que tornem o controle sobre as vendas aprimorados, erros podem surgir, ou mesmo mudanças de interesse dos clientes, as organizações devem estar preparadas para dar uma volta de 360º, e por fim adotar ações que deixam os clientes “felizes”.
Ao mesmo tempo que a tecnologia atua como uma parceira fundamental das empresas, as redes sociais ajudam em um processo de comunicação, ao mesmo tempo elas funcionam como uma espécie de auditoras de tudo o que pode comprometer as empresas.
Hoje qualquer incidente pode viralizar em minutos. As organizações precisam monitorar o que está sendo dito, e responder de forma apropriada, isso ajuda a controlar a narrativa e evitar que a situação fuja do controle. É preciso esperar críticas construtivas quanto desinformação.
As fake News são um risco constante. É determinante combater rumores com fatos e manter uma comunicação aberta e frequente para evitar que boatos tomem proporções maiores.
Em muitos casos após uma crise é o momento de recuperar a confiança dos clientes. Isto pode demandar ações concretas, como a melhoria dos produtos e serviços, além de manter os clientes informados sobre as mudanças. Essa confiança é reconstruída com transparência e consistência.
No marketing, nós falamos muito que uma crise bem administrada pode até fortalecer a marca. O aprendizado constante com erros passados é valioso.
A recomendação é sempre ouvir a voz dos clientes, pois, ela funciona como uma bússola que orienta as decisões e o modus operandi da empresa.
Um dos grandes inimigos, também provocadores de turbulência é a falta de alinhamento interno. Uma crise atinge toda a empresa, e por isso a comunicação interna entre as diversas equipes deve ser clara e competente. Todo o trabalho interno, se bem feito, acaba por refletir positivamente na linha de frente, gerando um equilíbrio positivo junto aos clientes.
Vale citar a integração do marketing, seu pessoal de vendas e as atividades de logística. Está havendo uma integração muito importante entre estas duas áreas, o que era um problema em tempos anteriores. Outros setores ao se integrarem ao processo global da empresa também cumprem um papel fundamental.
Adotar posturas e formas de atuação pensando apenas no lucro imediato, na solução mais fácil de problemas, e no ganho em todos os casos não é um formato inteligente de convivência da empresa no mercado. É preciso ceder, mostrar-se flexível junto aos clientes e gerar comunicação e acesso fácil para os diversos públicos.
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O foco deve ser na resiliência, porque as crises são inevitáveis, mas, o impacto delas depende da forma como a empresa se prepara e reage.
Com a estratégia certa, os impactos das reclamações ou problemas com os clientes, as fake News, alguma dificuldade com a imprensa, ou as ações negativas da concorrência, tornam-se suportáveis, e podem até servir de um grande aprendizado para as organizações.