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Orion Teixeira
EXECUTIVO

Zema faz travessia sem retorno

Em vez de quitar o endividamento federal, economizando R$ 48 bi em seis anos, Zema destinou o recurso para pagar o funcionalismo e os municípios mineiros

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Desde que lhe disseram que poderia ser candidato a presidente da República, o governador Romeu Zema (Novo) parece ter perdido o juízo ou, como dizem na política, foi picado pela mosca azul. Para viabilizar o projeto, Zema vestiu o figurino do maior antipetista do mundo, atacando diariamente o presidente Lula e o PT, exatamente os dois que mais lhe ajudaram até agora. Mais até do que o ex-presidente Bolsonaro.

Primeiro, o antecessor Fernando Pimentel (PT), seu alvo preferido, lhe deixou uma liminar que o isentou de pagar a dívida com o governo federal. Em vez de quitar o endividamento federal, economizando R$ 48 bi em seis anos, destinou o recurso para pagar o funcionalismo e os municípios mineiros. Salvou sua gestão e lhe deu o discurso de estado eficiente.

O segundo, o governo Lula, sancionou a lei (Propag) feita sob medida para renegociar a dívida de Minas com a União, de R$ 170 bilhões, em 30 anos, com juros reduzidos. Parece que a estratégia estava incompleta, faltando o outro lado da moeda de troca. 

Além de ser o maior antipetista, agora quer ser o maior bolsonarista, mais do que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e até mais que a ex-primeira-dama Michelle e os filhos 01 a 04. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o mineiro carimbou o compromisso de indultar Bolsonaro, já admitindo a condenação dele por golpismo. 

Como prova de fidelidade, adiantou o indulto pessoal à ditadura militar de 20 anos de tragédia brasileira. Como plataforma de governo, quer adotar a linha dura de El Salvador na segurança pública e a política econômica de El loco Milei.

Com isso, Zema está atravessando o rubicão e, como se sabe, essa travessia não tem retorno. Traduzindo, é irreversível e leva junto sua biografia, que mais tarde será contada para seus netos e futuras gerações.

Derrapagem

Na primeira curva da municipalização do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, o prefeito Álvaro Damião (União) derrapou na pista, deixando um ferido em situação gravíssima. A vítima tem nome e sobrenome e passado. Ele “atropelou” o ex-prefeito Celso Mello Azevedo, que nasceu em Belo Horizonte, administrou a capital entre 1955 e 1959 e encerrou sua vida como provedor da Santa Casa de Misericórdia. E que dá nome ao Anel.

Quando o Anel foi construído, o engenheiro Celso Mello era o prefeito. Agora, o atual quer tirar seu nome do Anel Rodoviário para agraciar o antecessor, Fuad Noman, digno de muitas e outras homenagens. Para quem não sabe, o nome de Celso Mello ao Anel foi dado pelo então senador Eduardo Azeredo, que também foi prefeito de BH, em projeto sancionado pelo presidente interino da República, José Alencar, em 2008.

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Falência

No próximo dia 12, acontecerá assembleia de acionistas da falida Coteminas, grande conglomerado têxtil criado pelo ex-vice-presidente da República José Alencar e, hoje, administrado pelo filho Josué. Josué é o presidente da poderosa Fiesp, a Federação das Indústrias de São Paulo. Há um movimento dos sindicatos, com mediação do Ministério do Trabalho em Minas, para que os trabalhadores da companhia sejam os primeiros a receber seus direitos. São sete mil pessoas com 20 a 30 anos de trabalho e que, há mais de um ano, nada recebem.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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