Zema: contra Lula, um tigre; ante Bolsonaro, manso
Zema terá, agora, a oportunidade de acolher os mineiros deportados (a maioria dos brasileiros) e incluí-los na economia do estado, dando exemplo para todo o paí
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SIGA NOQuem viu Zema (Novo) abrir o ano mostrando os dentes para Lula (PT) enxergou ali um ferrenho opositor, capaz de enfrentá-lo na gestão e na eleição do ano que vem. Até contratou marqueteiro de ponta e ainda cobrou definição do aliado Bolsonaro, para que ele saísse do caminho, já que está inelegível. Bastou isso para levar um corretivo do ex-presidente.
Alguns dias depois, Zema deu entrevista, nesta semana, para dizer que Bolsonaro é o nome mais competitivo contra esquerda e que espera que ele concorra. Defendeu ainda a reversão da inelegibilidade dele. Durante o governo passado do aliado, também nunca criticou, cobrou ou reivindicou nada.
Com marketing novo, o mineiro tem intensificado as críticas em relação à gestão petista em busca de maior viabilidade nacional. Na terça, comentou a deportação de brasileiros pelo governo norte-americano. Passou pano para Trump. “A causa do problema não é deportar brasileiro, estar acorrentado ou não. O problema é o Brasil não dar condições de alguém ficar aqui com esperança”, disse ele, culpando os governos do PT, que não teriam feito nada para mudar a situação.
Zema terá, agora, a oportunidade de acolher os mineiros deportados (a maioria dos brasileiros) e incluí-los na economia do estado, dando exemplo para todo o país.
Superávit, ficção da ficção
Zema anunciou superávit de R$ 5 bilhões depois de prever um déficit de R$ 8 bilhões para 2025. O orçamento do estado sempre foi uma peça de ficção para que, mais tarde, os números sejam torturados de acordo com a narrativa. Na peça orçamentária prevista para este ano, não havia incluído o Acordo de Mariana, um volume de R$ 81 bilhões, a título de reparação. Além disso, o governo está aumentando impostos dos combustíveis e de importados.
Tudo somado, o governo terá o maior fluxo de caixa de sua história. Ainda assim, não existem obras novas, as estradas continuam esburacadas, nenhuma escola foi construída em seis anos de gestão e o funcionalismo fica sem reajuste. Ainda assim, o governo ainda fica bravo quando informam que a gestão dele aumentou em 51% a dívida de Minas junto ao governo federal.
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Curto-circuito em estatal
Contam nos arredores da Avenida Barbacena, 1.200, (Santo Agostinho, em BH), que o presidente de uma importante estatal mineira estaria limpando as gavetas. A pressão vinda da Cidade Administrativa alcançou a temperatura máxima. Alguns vinculam as mudanças à chegada de nova diretora de Compliance. Um diretor de Recursos Humanos já caiu para a direção da previdência privada da empresa para cortar a contribuição patronal, deixando em pânico os beneficiários.
Alexandre Silveira: boa cotação
No momento em que Lula quebra a cabeça para mudar o ministério com base na nova configuração que se organiza no Congresso Nacional, o ministro Alexandre Silveira está em alta. A partir do próximo sábado, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal trocam de comando. Silveira vai perder o padrinho, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, mas ganhou outros aliados. Na semana passada, foi prestigiado pelo presidente ao representar o país no Fórum Econômico de Davos. Deve perder o Ministério de Minas e Energia e ganhar uma pasta palaciana, mais próxima de Lula e com perfil mais político.
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