Fuad Noman foi reeleito em outubro para mais um mandato à frente da PBH -  (crédito: MARCOS VIEIRA/EM/D.A. PRESS)

Fuad Noman foi reeleito em outubro para mais um mandato à frente da PBH

crédito: MARCOS VIEIRA/EM/D.A. PRESS

Numa prévia para a sucessão eleitoral de 2026, o governador Romeu Zema e o PL bolsonarista vão se unir para barrar a gestão do prefeito reeleito de BH, Fuad Noman (PSD), e seus efeitos. O pano de fundo são as alianças que amparam cada grupo visando as eleições de governador. Ao se unirem contra Fuad, estão buscando dificultar o avanço de uma futura candidatura ao governo do senador Rodrigo Pacheco (PSD), que acreditam que será concorrente. O grupo de Zema deverá lançar seu vice, Mateus Simões (Novo).

 

 

A aliança de Zema com o PL da capital é articulada por seu secretário da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), que tem influência pela chamada “família Aro”, que reúne vereadores aliados. A arrancada já contabiliza pelo menos 13 a 14 vereadores, número suficiente para abrir CPIs contra ações da prefeitura. Seriam três do partido de Zema (Novo), seis do PL e outros cinco ligados a Aro. O primeiro confronto entre eles e Fuad será a eleição do futuro presidente da Câmara Municipal. O candidato do grupo será o vereador Juliano Lopes (Podemos); o de Fuad, é o vereador Bruno Miranda (PDT), que foi seu líder de governo.


Aumento de salário: moeda de troca

 


Para viabilizar sua candidatura a presidente da Câmara de BH, Juliano Lopes recorre a pautas corporativas para se eleger. Entre elas, o aumento de salários de vereadores, de R$ 18 mil para R$ 25 mil, e outros benefícios, como o retorno da chamada verba indenizatória de R$ 15 mil, para gastos com o mandato. As medidas encontram obstáculos na atual Mesa Diretora, onde não têm maioria.


TCE atua com 4 dos 7 titulares

 

 

Com três vagas abertas, o Tribunal de Contas do Estado chegará à quarta com a aposentadoria do conselheiro Mauri Torres em abril do ano que vem. Hoje, o órgão está em atividade com apenas quatro conselheiros titulares: Agostinho Patrus, Durval Ângelo, Gilberto Diniz (atual presidente) e Mauri Torres. Os outros três, que completam a Corte de sete, são conselheiros substitutos após a aposentadoria de José Alves Viana, Wanderley Ávila e Cláudio Terrão. A interinidade dos substitutos é amparada no regimento interno e não afeta o desempenho do tribunal.

 

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A indicação de três novos conselheiros será feita pela Assembleia Legislativa, onde circula a informação de que a eleição seria feita em um pacotão. Pelo menos, quatro deputados estão em campanha: Alencar Silveira, Thiago Cota, Ione Pinheiro e Arnaldo Silva. Eles acreditam que, após a reeleição do presidente da Casa, Tadeu Leite (MDB), o processo eleitoral ao TCE poderá ser aberto. Tudo somado, a partir de abril de 2026, a Assembleia terá três novos deputados com a eleição dos novos conselheiros. A quarta indicação é do Ministério Público de Contas em processo que está judicializado.


Fim do ano fiscal e arrocho

 

 

O governo mineiro encerra, amanhã, o ano fiscal para evitar novas despesas e não contrariar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para renegociar a dívida do Estado com a União. Com isso, o dinheiro sumiu, incluindo o do Fundo Estadual de Cultura. O secretário da pasta, Leônidas Oliveira, foi convocado a dar explicações.