Proposta de reforma feita pelo prefeito Fuad Noman estão em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal, segundo a PBH -  (crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Proposta de reforma feita pelo prefeito Fuad Noman estão em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal, segundo a PBH

crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press

Será entregue ao prefeito reeleito, Fuad Noman (PSD), nos próximos dias, uma lista dos falsos aliados, vereadores eleitos e derrotados, que não o apoiaram no 1º e no 2º turnos. A lista faz parte de um extenso relatório construído com base no monitoramento permanente dos ditos “aliados” nas redes sociais.

 

O documento irá guiar as decisões do prefeito reeleito contra o assédio que vem sofrendo, desde a vitória no domingo, por cargos na montagem do novo secretariado. Ou seja, os dados vão influenciar a formação da nova gestão que tomará posse em 1º de janeiro próximo.

 



À exceção do rival derrotado Bruno Engler (PL), todos, agora, dizem ter apoiado e trabalhado com afinco por Fuad, mas não é o que o dossiê irá demonstrar. Oitenta por cento dos integrantes da chapa de oito partidos (Solidariedade, União, PRD, PSD, Agir, Avante, PSDB e Cidadania) se omitiram e não compartilharam o material de Fuad.

 



A infidelidade não ocorreu por falta de recursos. Os candidatos a vereador (a) receberam R$ 7 milhões para a campanha deles e deveriam, em troca, dar reciprocidade e parceria. Não foi o que aconteceu.



“A maioria não ajudou. O relatório terá como efeito fazer barata voar”, antecipou um dos responsáveis pela iniciativa, indignado com a omissão da área política da campanha que fingiu não ver. Os coordenadores estavam mais preocupados em ficar bem com os vereadores que poderiam ser eleitos/reeleitos para contar com o apoio deles nas eleições para deputados.



Com a internet, não há como contestar o que foi feito e o que foi omitido. Está tudo registrado. Pela primeira vez, de maneira inédita, um candidato vitorioso terá em mãos o mapeamento do comportamento dos ditos aliados em sua campanha nos dois turnos.


Ao contrário do atual governo, que herdou do antecessor Alexandre Kalil, Fuad fez mudanças pontuais na atual gestão para garantir a governabilidade. Experimentou turbulências por conta disso.

 

Agora, tudo indica que será diferente, pois, apesar da falta de experiência em disputa eleitoral, Fuad conquistou o mandato pra chamar de seu, o 1º em toda a sua vida pública de mais de 50 anos. Vai exercer a influência política que até então buscava em outras fontes.

 

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Natureza do escorpião


Apesar do medo de perder e a consequente estratégia de fujão, Fuad venceu Engler no último e mais importante debate do 2º turno (TV Globo). De acordo com o instituto Quaest, 21% avaliaram que o candidato do PSD venceu o candidato do PL, que teve aprovação de 17%. Engler perdeu o debate e a eleição porque foi fiel à origem de sua formação bolsonarista, a exemplo daquela conhecida fábula do escorpião e do sapo, atribuída a Esopo. Quanto estava perto de chegar ao outro lado do rio, o escorpião não resistiu e picou o sapo. “Vamos morrer”, disse o sapo; “desculpe, mas essa é a minha natureza”, respondeu o artrópode.

 

Engler: mau perdedor

Mal ou comparando, Engler seguiu o mau exemplo do chefe. Derrotado, Bolsonaro ignorou o resultado eleitoral e, arrogantemente, não passou a faixa presidencial a Lula. Na mesma linha, Engler também não reconheceu a derrota, ao contrário, não ligou para o vitorioso e ainda pôs a culpa no sistema, que, segundo ele, é corrupto e podre.