Mineração teme prejuízo bilionário com retaliação ao tarifaço
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Gabriel Guimarães e Eduardo Couto
A indústria da mineração brasileira estima um impacto adicional de até US$ 1 bilhão por ano caso o governo Lula adote a Lei da Reciprocidade Econômica em resposta ao tarifaço de 50% imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros. O alerta foi feito por mais de 100 representantes do setor em reunião virtual com o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, na segunda-feira (21).
Segundo Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o principal temor recai sobre as importações, especialmente de máquinas e equipamentos de grande porte provenientes dos EUA, que são essenciais para a operação das mineradoras no Brasil. “Grande parte do consumo de tecnologia do setor vem dos Estados Unidos”, afirmou.
Jungmann relatou que Alckmin adotou tom cauteloso ao tratar da possível reciprocidade e sinalizou que o governo ainda considera a questão como parte de uma “perspectiva negocial”. A adoção imediata de tarifas retaliatórias, segundo o Ibram, deve ser evitada para não comprometer ainda mais a competitividade do setor.
Embora os EUA representem apenas 3,5% das exportações minerais do Brasil, são o maior fornecedor de produtos minerais importados pelo país, com quase 20% de participação. O Ibram defende que a disputa seja resolvida por vias diplomáticas e busca, com apoio do governo, negociar alternativas para evitar prejuízos ao setor. (Com informações de Notícias de Mineração).
CBMM reforça presença global ao destacar
aplicações de Nióbio na PCIM Europe 2025
A CBMM participou da PCIM Europe 2025, em Nuremberg, Alemanha, no primeiro semestre do ano, onde apresentou os avanços no uso de materiais magnéticos nanocristalinos com Nióbio voltados a setores estratégicos como veículos elétricos e geração de energia. A empresa destacou os benefícios desses materiais em aplicações de alta frequência, com ganhos de eficiência e desempenho.
Durante o evento, a CBMM realizou uma demonstração prática comparativa entre CMCs (Common Mode Chokes) com ferrite e com materiais nanocristalinos, evidenciando vantagens como redução de peso e melhor performance em altas frequências. A atuação incluiu ainda participação no Palco dos Expositores, sessões de pôsteres e diálogos técnicos com fabricantes globais como VAC, Magnetec, Antai, Yunlu e YNTech.
A presença na PCIM Europe reforça o papel da CBMM na promoção da inovação com Nióbio e na construção de parcerias técnicas e comerciais no campo da eletrônica de potência.
Compromisso com diálogo e trabalho digno marca a
trajetória de Carlos Calazans, também no setor mineral
Ao longo de sua trajetória como líder sindical e, atualmente, como Superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, Carlos Calazans tem se destacado pela atuação pautada pelo diálogo como meio para a construção de soluções coletivas. Essa postura orienta também sua interlocução com o setor mineral, onde busca conciliar desenvolvimento econômico com a garantia de direitos sociais.
Recentemente, compartilhou com a sociedade o orgulho de completar 50 anos de carteira assinada, destacando a importância simbólica e concreta dessa conquista.
“Há 50 anos, algo marcou profundamente a minha vida: a primeira assinatura na minha carteira de trabalho. Ali começava não apenas uma trajetória profissional, mas o reconhecimento de direitos, a entrada no mundo do trabalho com dignidade e a certeza de que a luta vale a pena. Hoje, como Superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, sigo comprometido com a defesa da Carteira de Trabalho, da CLT e de tudo o que elas representam para o povo brasileiro. Em um momento em que nossos direitos vêm sendo colocados em risco, precisamos reafirmar a centralidade do trabalho digno e da proteção social. Que essa memória inspire a nova geração a seguir acreditando no valor do trabalho, na força da organização coletiva e na construção de um Brasil mais justo para todos.”
“Em tempos de transformação ecológica, os minerais críticos e estratégicos estão no centro dos debates internacionais. Uma avaliação das políticas energéticas em vigor indica que a demanda por esses insumos tende a quadruplicar até 2040 e pode crescer até seis vezes para que o mundo atinja emissões líquidas zero até 2050”
Arnaldo Jardim (Deputado Federal)
Presidente da Comissão Estadual Sobre Transição Energética e Produção de Hidrogênio Vede)
R$ 1,1 bilhão
Foi o valor captado pela Aura Minerals com sua Oferta Pública
Inicial (IPO), nos Estados Unidos na semana passada
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.