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Gabriel Guimarães
MINEIRAR

Anglo American e Conceição do Mato Dentro firmam acordo de R$ 500 milhões

Trata-se de um dos maiores acordos voluntários já firmados entre uma mineradora e um município brasileiro

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A Anglo American e a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro anunciaram um protocolo de intenções que prevê o investimento de R$ 500 milhões no município ao longo dos próximos dez anos. Trata-se de um dos maiores acordos voluntários já firmados entre uma mineradora e um município brasileiro, sem obrigação legal, com foco no desenvolvimento socioeconômico da região.

A assinatura foi realizada no Paço Municipal e contou com a presença de autoridades locais, representantes da empresa e lideranças comunitárias. Do total, R$ 340 milhões serão destinados às áreas de saúde, educação e infraestrutura viária. Entre os projetos previstos, estão a construção e equipagem de um novo hospital, a implantação de um centro de ensino superior e a execução de um anel viário para melhoria da mobilidade urbana. Também estão previstas obras na MG-010, em parceria com o DER-MG.



R$ 820 milhões

é o investimento previsto pela AngloGold Ashanti em Minas Gerais em 2025. Os recursos são parte de um total de R$ 1,2 bilhão para a América Latina. Em Minas, os valores serão destinados às operações Cuiabá (minas em Sabará e Caeté) e à planta de metalurgia Queiroz, em Nova Lima

 

Outros R$ 160 milhões serão investidos em projetos culturais, esportivos, de lazer, segurança pública, preservação do patrimônio histórico e ações sustentáveis, com destaque para o centro histórico do distrito do Sapo.


Para Ana Sanches, presidente da Anglo American no Brasil, o acordo reforça o compromisso da mineradora com o desenvolvimento sustentável da região: “Com esse novo investimento de R$ 500 milhões, reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e duradouro de Conceição do Mato Dentro, em linha com nosso propósito de reimaginar a mineração para melhorar a vida das pessoas.”


André Viana, conselheiro da Vale e presidente do Metabase destacou: “Mais de R$ 500 milhões injetados do setor mineral reforçam a força da mineração legal como alicerce do desenvolvimento econômico e social. Diferentemente do garimpo ilegal – que destrói e explora –, esse aporte gera empregos de qualidade, movimenta cidades inteiras e fortalece a balança comercial do Brasil. Um marco para a indústria e um exemplo de como a responsabilidade socioambiental e o progresso podem andar juntos. Parabéns a todos os envolvidos nesse projeto que coloca a região e país no caminho do futuro!"

Vale destrava projeto Bacaba com licença prévia no Pará

Nessa segunda-feira (16), a Vale anunciou que obteve a Licença Prévia Ambiental (LP) para o projeto de cobre Bacaba, em Canaã dos Carajás (PA), dentro do complexo de Sossego. A autorização, concedida pelo órgão ambiental estadual, atesta a viabilidade da localização e concepção do empreendimento, além de estabelecer exigências para as próximas fases de implantação.

O projeto Bacaba prevê um investimento inicial de cerca de US$ 290 milhões, com previsão de investimento total de US$ 500 milhões, e busca estender a vida útil do Complexo Sossego. A expectativa é produzir aproximadamente 50 mil toneladas de cobre por ano ao longo de oito anos, com início das operações estimado para o primeiro semestre de 2028.
Essa etapa corresponde à fase de implantação, em que serão atendidas todas as condicionantes estabelecidas pela licença.

A Vale considera o Bacaba o primeiro de uma série de empreendimentos no polo sul de Carajás. A mineradora planeja dobrar sua capacidade produtiva de cobre na próxima década como parte do programa estratégico “Novo Carajás”. Para o mercado financeiro, a conquista da licença prévia foi bem recebida: as ações da Vale (VALE3) subiram cerca de 3,2?%, refletindo a confiança dos investidores na continuidade dos projetos.

José Carlos Martins defende conciliação entre preservação de cavernas e mineração em evento do Correio Braziliense

Em 10 de junho de 2025, durante o painel “Brasil em Transformação: a mineração no Brasil e no exterior”, promovido pelo Correio Braziliense, dos Diários Associados, José Carlos Martins, membro do Conselho de Administração da Cedro Mineração, ressaltou a viabilidade de conciliar a preservação das cavernas com a atividade mineradora. Ao defender uma revisão da Lei de Proteção às Cavernas, ele afirmou: “É possível conciliar a preservação das cavernas com a atividade mineral”.

Segundo Martins, a regulação atual, implementada nos anos 1990, cria barreiras que prejudicam o desenvolvimento da mineração de ferro no Brasil, tornando urgente uma alteração legislativa para estimular investimentos sem abrir mão da proteção ambiental.

Em sua fala, Martins destacou que a legislação ambiental brasileira é rigorosa e comparável aos padrões internacionais, mas alertou que não se pode tratar o meio ambiente apenas por sua ótica isolada. “Nossa legislação é muito evoluída, normalmente a gente pega o que é mais rígido no mundo […] Mas você não pode deixar a questão ambiental somente pela ótica ambiental, é o patrimônio do país.”

Ele também traçou um panorama do setor, lembrando que, apesar de Brasil e Austrália responderem por cerca de 60% da produção global de minério de ferro, o país perde competitividade devido à distância da Ásia, regulamentações restritivas e os impactos na produção provocados por acidentes como os de Mariana e Brumadinho.

"Os números demonstram a importância do setor mineral e o seu desempenho consolida a mineração como um dos principais motores da nossa economia e da geração de divisas"

Vice-presidente Comercial e Institucional do Correio Braziliense



PREVIDÊNCIA

QUASE 4 MILHÕES NA FILA DE PEDIDOS DO INSS

São Paulo – A fila de pedidos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se aproxima de 4 milhões em maio, segundo dados do instituto levantados a pedido da reportagem. Ao todo, 3,906 milhões de segurados aguardam uma resposta do órgão a solicitações de aposentadoria, pensão, revisão, recurso e cumprimento de decisões judiciais.

Com as demandas internas, a fila sobe para 6,1 milhões de pendências. Queda no número de funcionários, falhas nos sistemas por conta da Dataprev (empresa de tecnologia do governo federal), resquícios de duas greves em 2024 – de servidores administrativos e peritos – e solicitações duplicadas seriam motivos da alta.

Dos quase 4 milhões de pedidos, 2,6 milhões são solicitações iniciais, número considerado como a "fila oficial" do órgão. Há ainda 715 mil pedidos de Seguro Defeso, benefício sazonal pago a pescadores artesanais durante o período em que a pesca é suspensa para preservação das espécies, chamado de defeso. O estoque inclui 285 mil pedidos de revisão, 208 mil recursos administrativos – que aguardam julgamento ou cumprimento de decisão pelo CRPS (Conselho de Recursos da Previdência Social) – e 136 mil cumprimentos de ações judiciais.

O instituto acumula também 2,243 milhões de processos relacionados a fluxos internos e procedimentos automáticos de manutenção de benefícios, dos quais 999 mil correspondem ao MOB (Monitoramento Operacional de Benefícios), programa responsável por identificar possíveis irregularidades e fraudes, e há outros 1,2 milhão referentes a atividades de manutenção dos benefícios ativos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINNSP), afirma que a fila do INSS é resultado de um acúmulo de tarefas após greves de servidores realizadas em 2024, aposentadorias de um número expressivo de funcionários nos últimos anos e falhas constantes nos sistemas de tecnologia, que são gerenciados pela Dataprev. "O que está acontecendo é que você tem uma demanda alta que entra, e a resolução dessa demanda é menor, você vai criando estoque em cima de estoque", diz.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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