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Seminário "Fronteiras da Mineração" reuniu importantes nomes do setor em São Paulo

crédito: Carmen Fernandes/Divulgação

O seminário “Fronteiras da Mineração”, realizado nesta terça-feira (20/8) no Teatro B32, em São Paulo, contou com os principais nomes do setor mineral brasileiro. O painel “Desafios da Produção” teve a participação de Lucas Kallas, CEO da Cedro Mineração; Ana Sanches, CEO da Anglo American; Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale; e Raul Jungman, presidente do Ibram.

 

 

O CEO da Cedro Mineração, Lucas Kallas, destacou a importância dos financiamentos estruturados para a reindustrialização do Brasil. Ele ressaltou que as debêntures incentivadas e o apoio de bancos de fomento são fundamentais para viabilizar os investimentos necessários à produção de minério de ferro de redução direta. Esses investimentos não apenas geram emprego e renda, mas também contribuem para a redução de 50% nas emissões de carbono na siderurgia. Raul Jungman, presidente do Ibram, destacou a baixíssima participação do mercado de capitais no setor mineral, justamente pela falta de incentivos.

 

A CEO da Anglo American, Ana Sanches, ressaltou o descompasso entre a oferta e a demanda de minério de ferro, que tem impactado o valor do Platts. Ela enfatizou a necessidade de buscar a excelência operacional e otimizar o uso dos recursos disponíveis para produzir minério de ferro de altíssima qualidade. Ana Sanches também destacou a relevância das parcerias entre mineradoras, citando como exemplo a colaboração entre a Anglo American e a Vale no Projeto Serpentina.

 

 

Eduardo Bartolomeo corroborou a necessidade de mudar a percepção da mineração por parte da população brasileira, que, segundo ele, até considera o setor necessário, mas não o compreende.

 

No painel “Descarbonização e Transição Energética”, destaque para Gustavo Pimenta, vice-presidente da Vale, que apresentou as ações da mineradora para a redução das emissões de carbono. Também participaram do painel, Eduardo Couto, presidente da Comissão de Direito Minerário da OAB Nacional, e Luciano Alves, CEO da CBA. Os painelistas debateram sobre a importância do alumínio e do minério de ferro (aço) na transição energética. Gustavo Pimenta e Eduardo Couto foram uníssonos ao destacar a importância do minério de ferro de redução direta para a descarbonização da indústria siderúrgica.

 

O seminário teve a participação no painel “Cenário Global e a Demanda por Minerais” de Rafael Barcellos, head de análise de metais do Bradesco BBI, Ana Cabral, CEO da Sigma, e Eduardo de Come, CEO da Ero Cooper Brasil e Pedro Oliva, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da CSN.

 

Setor mineral apoia Mário Penna

O Instituto Mário Penna, instituição filantrópica de saúde com especialidade em tratamento ao câncer, presidida pelo gestor Marco Antonio Viana Leite, teve uma importante demonstração de solidariedade vinda de grandes empresas do setor mineral, que aportaram recursos relevantes para as reformas da quimioterapia e das áreas administrativas do Hospital Luxemburgo.
 
Dentre outras companhias, financiaram as referidas obras as empresas mineradoras Cedro Mineração (do Grupo Cedro Participações), Herculano Mineração, Itaminas Comércio de Minérios e Vale. Muito importante essa interação entre a direção do hospital e as empresas com atuação no estado, sobretudo por ser o Mário Penna o maior prestador de serviços em oncologia do SUS em MG. Uma verdadeira parceira ganha-ganha, em que ganha o hospital com o fortalecimento de suas estruturas; ganham as empresas, com a oportunidade de deixar um legado na saúde, por meio de suas ações; e, principalmente, ganham os usuários, com a melhoria das condições de seus atendimentos, em uma área (a oncológica) tão estratégica da medicina.

Vale comunica conclusão de aquisição de participação na Aliança Energia

Por meio de “Comunicado ao Mercado”, assinado por seu vice-presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores, Gustavo Pimenta, a Vale anunciou em 13 de agosto que concluiu a aquisição da totalidade da participação de 45% da Cemig Geração e Transmissão S.A. (CEMIG GT), na companhia Aliança Geração de Energia S.A. (Aliança). 
 
Pelas informações constantes do documento, a Vale cientificou que as condições precedentes para finalização do negócio foram cumpridas. Com esse fechamento, a Vale passa a deter 100% do capital da Aliança.
 
 
A transação foi inicialmente anunciada por meio do “Fato Relevante” em 27 de março de 2024, em que o negócio foi justificado no contexto do plano de desinvestimento da Cemig; e, pelo fato de grande parte da energia gerada pela Aliança ser consumida pela Vale. Tal contexto fez com que a Vale exercesse seu direito de preferência, na condição de sócia.
 
A Vale pagará R$ 2,7 bilhões pela aquisição, e o volume de energia gerado pela Aliança é estratégico para a compradora, pois permite a manutenção da matriz energética baseada em fontes renováveis da empresa no Brasil. A soma das gerações de energia dos ativos da Aliança alcança o volume de 1.438 MW em capacidade instalada e 755 MW médios de garantia física.
 

"O Brasil perdeu o pico da demanda chinesa por minério de ferro. Os australianos duplicaram a produção, e a produção brasileira permaneceu estagnada. A demanda atual é por minério de altíssima qualidade e o Brasil precisa se adaptar rapidamente para aproveitar esta nova chance"

José Carlos Martins, conselheiro da Cedro Mineração e ex-diretor executivo da Vale

 

R$ 493.477.751,91 

foi o montante distribuído pela Agência Nacional de Mineração. O valor é referente à cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) arrecadada em julho. Do total a ser distribuído, R$ 98.695.544,45 vão para os estados e o Distrito Federal e R$ 394.782.207,46, para 2.171 municípios.