Marcílio de Moraes
Marcílio De Moraes
Jornalista formado pela PUC Minas em 1988, com passagem pelos jornais Diário do Comércio e O Tempo. Trabalhou em coberturas de leilões de privatização e em feiras internacionais
BRASIL EM FOCO

Temperaturas baixas e bandeira vermelha preservam hidrelétricas

Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, que respondem por 70% da capacidade hídrica de geração de energia do país estão com 57,48% de armazenamento

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A ocorrência de dias mais frios, que reduzem a necessidade de uso de ar-condicionado, a manutenção da Bandeira Vermelha patamar 2, que encarece a energia e força a redução do consumo, e a desaceleração da atividade econômica estão contribuindo para a queda no consumo de energia no país e para a preservação de água nos reservatórios das hidrelétricas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, que respondem por 70% da capacidade hídrica de geração de energia do país estão com 57,48% de armazenamento, situação muito melhor do que a registrada em 2021, quando chegaram a setembro com apenas 22,7% da capacidade, precipitando o país em uma crise energética.

Nesse momento, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste estão com o menor nível em relação aos outros sistemas de geração hídrica de energia. No Sul, as usinas estão com 89,70% de água, enquanto no Norte o nível é de 87,74% e no Nordeste, de 59,29%. Em cada sistema os maiores reservatórios estão com mais de 50% da capacidade de armazenamento. É o caso da usina de Furnas, com 53,13%. Sozinha, a hidrelétrica responde por 17,12% da capacidade de geração hídrica do Sudeste/Centro-Oeste. Já a hidrelétrica Serra da Mesa, que responde por 17,24% do sistema está com 63,57% da capacidade de armazenamento. Juntas, elas respondem por um terço da capacidade de geração do maior parque gerador do país.

Com as hidrelétricas preservadas, o país chega às vésperas do período chuvoso em uma situação confortável do ponto de vista de atendimento à demanda e sem o risco de elevação considerável do valor da energia ou possibilidade de restrições. Isso porque o consumo de energia está em queda no país. Segundo o Boletim do Programa Mensal da Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a carga no Sistema Interligado Nacional e no Sudeste/Centro-Oeste deve ter retração de 1% e 3,3% respectivamente, enquanto no Sul (4,7%), no Nordeste (0,9%) e no Norte (0,3%) haverá crescimento. As projeções são para esta semana.

“As projeções estão dentro do esperado para o período tipicamente seco em curso. Continuamos monitorando os cenários e adotando as medidas operativas necessárias para garantir que o SIN continue atendendo plenamente a demanda da sociedade”, afirma Marcio Rea, diretor-geral do ONS. Segundo o ONS, “as perspectivas para a Energia Armazenada (EAR) em 30 de setembro são de que dois subsistemas estejam com patamares superiores a 80%: o Norte (80,7%) e o Sul (82,1%). Os percentuais do mesmo indicador estimados para o Nordeste e para o Sudeste/Centro-Oeste são de 53,8% e 52,4%, respectivamente”.

E o consumo de energia já vem em queda, segundo levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que acompanha o comportamento do setor em tempo real. Em julho, pelo quinto mês consecutivo, a demanda por energia elétrica caiu. “Foram utilizados 65.957 megawatts médios no último mês, declínio de 1,5% atribuído principalmente às temperaturas mais baixas na maior parte das regiões, sobretudo no Sudeste, Centro-Oeste e parte do Norte”, diz a CCEE.

 

Segundo a CCEE, o maior impacto foi registrado no mercado regulado, formado principalmente por residências e abastecido pelas distribuidoras locais, com queda de 2,6% em relação a julho de 2024. “Já no mercado livre, segmento em que as empresas têm liberdade para escolher fornecedores, negociar contratos e otimizar custos, o volume se manteve praticamente estável, somando 29.171 MW médios, com variação negativa de apenas 0,1%”, diz nota da CCEE. A redução da demanda ajuda a preservar água nos reservatórios até a entrada do período chuvoso.


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Famílias ricas

Estrutura de gestão patrimonial da One Holding, a One Wealth Management alcançou R$ 4,1 bilhões em recursos sob gestão este ano, o que representa um crescimento de 194% nos últimos 12 meses. Somente neste ano, o patrimônio administrado avançou R$ 1 bilhão. “Acreditamos que o sucesso no ecossistema de Wealth Management passa por construir relações duradouras”, diz Pedro Vendramini, Sócio da One Wealth.


Varejo

O setor supermercadista registrou um crescimento de 4% em julho na comparação com o mesmo mês de 2024, segundo novo levantamento produzido pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Em relação a junho, a alta foi de 2,41%, enquanto no acumulado do ano o indicador apresenta avanço de 2,66%. Para Leandro Rosadas, especialista em gestão de supermercados, o cenário positivo foi, principalmente, impulsionado pelas cestas perecíveis, mercearia e mercearia básica.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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