
Contrapartida de empresas gera desenvolvimento para as cidades
Em Conceição do Mato Dentro, um acordo feito pela Prefeitura e a mineradora Anglo American vai viabilizar obras de infraestrutura, educação e saúde
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Mais do que explorar recursos, as empresas que atuam no estado estão se aliando aos governos municipais para solucionar problemas das cidades e gerar contrapartida para a população. Em Conceição do Mato Dentro, um acordo feito pela prefeitura e a mineradora Anglo American vai viabilizar obras de infraestrutura, educação e saúde. “É um acordo histórico, de R$ 500 milhões. É o maior acordo de uma mineradora com uma prefeitura sem que houvesse um acidente”, comemora o prefeito de Conceição do Mato Dentro, Otacílio Costa (PSB). De acordo com ele, dos recursos – que exigiram negociação na matriz da empresa, em Londres, intermediadas pela presidente da Anglo no Brasil, Ana Sanches – R$ 100 milhões serão destinados à construção de uma avenida no contorno na cidade e R$ 100 milhões serão destinados à implantação de uma universidade federal no município. “A cidade mineradora tem que diversificar sua economia e Conceição pode ser uma cidade-universitária”, diz o prefeito. Ele informa ainda que R$ 140 milhões serão destinados à conclusão das obras e custeio do Hospital Municipal de Conceição e outros R$ 160 milhões serão destinados a projetos de segurança pública, esportes, como a construção de centros de cultura e esporte. Já em Serra do Salitre, no Triângulo Mineiro, a Eurochem, produtora de fertilizantes com fábrica na cidade, vai investir R$ 2 milhões em um projeto de segurança pública que receberá aporte de R$ 600 mil da prefeitura, totalizando R$ 2,6 milhões para modernizar a segurança na região por meio de sistema de videomonitoramento.
Com mais energia
A CMU Energia, comercializadora no Mercado Livre de Energia e atuando no segmento de geração distribuída, se prepara para dar um salto e mudar de patamar. A empresa mineira que atuava em parceria com a espanhola Solatio vendendo energia de fontes renováveis por intermédio da Solatio Energia Livre, vai deixar a parceria e se lançar no mercado com uma nova marca para ampliar sua atuação para os 26 estados brasileiros. A princípio, a nova empresa se chamará PopSol e a meta é chegar a 1 milhão de consumidores até o fim de 2027. Hoje, a CMU tem cerca de 160 mil consumidores em Minas e perto de 5 mil na Paraíba, primeiro estado a receber o serviço de energia da empresa fora de Minas. “Estimamos que com investimentos da ordem de R$ 2 milhões possamos chegar a todos os estados”, afirma o diretor da CMU, Walter Fróes. Sobre registrar um crescimento superior a 500% em dois anos, ele é ambicioso: “O Brasil tem 90 milhões de medidores de energia. Esse é o nosso mercado”.
Biotecnologia
Com investimentos de R$ 20 milhões, a Celer Biotecnologia, que atua no segmento de diagnóstico clínico humano e veterinário, inaugurou sua nova fábrica em Montes Claros com o objetivo de expandir sua atuação nacional no segmento de teste diagnósticos realizados no local onde o paciente está (point-of-care). Segundo o fundador e diretor da Celer Biotecnologia, o pesquisador e engenheiro Denilson Laudares Rodrigues, a fábrica foi instalada com recursos próprios e vai trazer inovação, tecnologia de ponta e expertise para o estado, consolidando Minas como um polo de excelência em biotecnologia e diagnóstico clínico. Nos próximos cinco anos a empresa projeta investimentos de até R$ 100 milhões.
Siderurgia
A CSN deve ter que se desfazer de sua participação na Usiminas, reduzindo de 13% para menos de 5% sua fatia no grupo siderúrgico mineiro. O desembargador Vallisney Oliveira proferiu, na quarta-feira, decisões que reforçam a exigência. Ele recusou recurso da CSN que pedia mais prazo, depois de ultrapassar o limite de 15 dias, e negou o envio do processo ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em 2014, o Cade determinou que a CSN vendesse suas ações da Usiminas para reduzir sua participação acionária na siderúrgica mineira, decisão confirmada em 2022, mas sem definição de prazo.
Boa leitura
Com a previsão de inaugurar mais sete lojas até o fim deste ano e efetuar a venda de 12 milhões de livros este ano, projetando um milhão de livros vendidos a mais do que no ano passado, a mineira Livraria Leitura completou 58 anos em junho. Fundada em 1967, na Galeria do Ouvidor, no Centro de Belo Horizonte, a rede é hoje “um império livreiro”, com 123 lojas instaladas em todo o país. “Estamos crescendo do jeito certo, sem fazer loucuras, sempre com capital de giro positivo”, afirma o presidente da Leitura, Marcus Teles. “Comemorar 58 anos é celebrar a paixão pela cultura e pela leitura”, acrescenta o empresário.
Nova direção
Com mais de 15 anos de experiência na indústria de sementes, e passagem por empresas globais, como Syngenta e GDM Seeds e em instituições de renome, como Tropical Melhoramentos & Genética e Fundação Mato Grosso, Jair Unfried é o novo diretor de Negócios da mineira Satis, especializada em nutrição vegetal. A intenção, segundo a Satis, que está no mercado há 26 anos, é que o executivo se soma ao desafio de impulsionar a trajetória de crescimento, inovação e entrega de soluções da companhia. Engenheiro agrônomo de formação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, o novo diretor possui doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas pela ESALQ/USP.
R$ 58.399
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