Marcílio de Moraes
Marcílio De Moraes
Jornalista formado pela PUC Minas em 1988, com passagem pelos jornais Diário do Comércio e O Tempo. Trabalhou em coberturas de leilões de privatização e em feiras internacionais
NEGÓCIOS EM MINAS

Contrapartida de empresas gera desenvolvimento para as cidades

Em Conceição do Mato Dentro, um acordo feito pela Prefeitura e a mineradora Anglo American vai viabilizar obras de infraestrutura, educação e saúde

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Mais do que explorar recursos, as empresas que atuam no estado estão se aliando aos governos municipais para solucionar problemas das cidades e gerar contrapartida para a população. Em Conceição do Mato Dentro, um acordo feito pela prefeitura e a mineradora Anglo American vai viabilizar obras de infraestrutura, educação e saúde. “É um acordo histórico, de R$ 500 milhões. É o maior acordo de uma mineradora com uma prefeitura sem que houvesse um acidente”, comemora o prefeito de Conceição do Mato Dentro, Otacílio Costa (PSB). De acordo com ele, dos recursos – que exigiram negociação na matriz da empresa, em Londres, intermediadas pela presidente da Anglo no Brasil, Ana Sanches – R$ 100 milhões serão destinados à construção de uma avenida no contorno na cidade e R$ 100 milhões serão destinados à implantação de uma universidade federal no município. “A cidade mineradora tem que diversificar sua economia e Conceição pode ser uma cidade-universitária”, diz o prefeito. Ele informa ainda que R$ 140 milhões serão destinados à conclusão das obras e custeio do Hospital Municipal de Conceição e outros R$ 160 milhões serão destinados a projetos de segurança pública, esportes, como a construção de centros de cultura e esporte. Já em Serra do Salitre, no Triângulo Mineiro, a Eurochem, produtora de fertilizantes com fábrica na cidade, vai investir R$ 2 milhões em um projeto de segurança pública que receberá aporte de R$ 600 mil da prefeitura, totalizando R$ 2,6 milhões para modernizar a segurança na região por meio de sistema de videomonitoramento.

Com mais energia

A CMU Energia, comercializadora no Mercado Livre de Energia e atuando no segmento de geração distribuída, se prepara para dar um salto e mudar de patamar. A empresa mineira que atuava em parceria com a espanhola Solatio vendendo energia de fontes renováveis por intermédio da Solatio Energia Livre, vai deixar a parceria e se lançar no mercado com uma nova marca para ampliar sua atuação para os 26 estados brasileiros. A princípio, a nova empresa se chamará PopSol e a meta é chegar a 1 milhão de consumidores até o fim de 2027. Hoje, a CMU tem cerca de 160 mil consumidores em Minas e perto de 5 mil na Paraíba, primeiro estado a receber o serviço de energia da empresa fora de Minas. “Estimamos que com investimentos da ordem de R$ 2 milhões possamos chegar a todos os estados”, afirma o diretor da CMU, Walter Fróes. Sobre registrar um crescimento superior a 500% em dois anos, ele é ambicioso: “O Brasil tem 90 milhões de medidores de energia. Esse é o nosso mercado”.

Biotecnologia

Com investimentos de R$ 20 milhões, a Celer Biotecnologia, que atua no segmento de diagnóstico clínico humano e veterinário, inaugurou sua nova fábrica em Montes Claros com o objetivo de expandir sua atuação nacional no segmento de teste diagnósticos realizados no local onde o paciente está (point-of-care). Segundo o fundador e diretor da Celer Biotecnologia, o pesquisador e engenheiro Denilson Laudares Rodrigues, a fábrica foi instalada com recursos próprios e vai trazer inovação, tecnologia de ponta e expertise para o estado, consolidando Minas como um polo de excelência em biotecnologia e diagnóstico clínico. Nos próximos cinco anos a empresa projeta investimentos de até R$ 100 milhões.

Siderurgia

A CSN deve ter que se desfazer de sua participação na Usiminas, reduzindo de 13% para menos de 5% sua fatia no grupo siderúrgico mineiro. O desembargador Vallisney Oliveira proferiu, na quarta-feira, decisões que reforçam a exigência. Ele recusou recurso da CSN que pedia mais prazo, depois de ultrapassar o limite de 15 dias, e negou o envio do processo ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em 2014, o Cade determinou que a CSN vendesse suas ações da Usiminas para reduzir sua participação acionária na siderúrgica mineira, decisão confirmada em 2022, mas sem definição de prazo.


Boa leitura

Com a previsão de inaugurar mais sete lojas até o fim deste ano e efetuar a venda de 12 milhões de livros este ano, projetando um milhão de livros vendidos a mais do que no ano passado, a mineira Livraria Leitura completou 58 anos em junho. Fundada em 1967, na Galeria do Ouvidor, no Centro de Belo Horizonte, a rede é hoje “um império livreiro”, com 123 lojas instaladas em todo o país. “Estamos crescendo do jeito certo, sem fazer loucuras, sempre com capital de giro positivo”, afirma o presidente da Leitura, Marcus Teles. “Comemorar 58 anos é celebrar a paixão pela cultura e pela leitura”, acrescenta o empresário.


Nova direção

Com mais de 15 anos de experiência na indústria de sementes, e passagem por empresas globais, como Syngenta e GDM Seeds e em instituições de renome, como Tropical Melhoramentos & Genética e Fundação Mato Grosso, Jair Unfried é o novo diretor de Negócios da mineira Satis, especializada em nutrição vegetal. A intenção, segundo a Satis, que está no mercado há 26 anos, é que o executivo se soma ao desafio de impulsionar a trajetória de crescimento, inovação e entrega de soluções da companhia. Engenheiro agrônomo de formação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, o novo diretor possui doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas pela ESALQ/USP.

R$ 58.399

empresas foram abertas em Minas Gerais no primeiro semestre deste ano, com crescimento de 21,3% sobre igual período de 2024. Os dados são da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg)

“O Safety Center marca mais um passo na consolidação da América do Sul como uma região estratégica para a produção de veículos híbridos e elétricos”.


Emanuele Cappellano
Presidente da Stellantis para a América do Sul, sobre inauguração, em Betim, do centro dedicado a testes de colisão entre híbridos e elétricos

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