Marcílio de Moraes
Marcílio De Moraes
Jornalista formado pela PUC Minas em 1988, com passagem pelos jornais Diário do Comércio e O Tempo. Trabalhou em coberturas de leilões de privatização e em feiras internacionais
BRASIL EM FOCO

Mercado de trabalho dá pequenos sinais de desaceleração

Em maio, cerca de 20% dos 815 reajustes registrados no Mediador (sistema de negociações salariais) até 9 de junho ficaram abaixo da variação do INPC

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Com o desemprego num patamar baixo, o mercado de trabalho ainda mostra resiliência diante de uma taxa de juros elevada, mas alguns sinais já apontam para um enfraquecimento no universo do trabalho no Brasil. Levantamento do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) mostra que desde abril há uma maior frequência de reajustes salariais abaixo da inflação. Em maio, cerca de 20% dos 815 reajustes registrados no Mediador (sistema de negociações salariais) até 9 de junho ficaram abaixo da variação do INPC, ou abaixo de 5,32%.

“Desde outubro de 2023, o percentual de reajustes abaixo da inflação em uma data-base não ultrapassa 10%. A última vez em que se verificou percentual próximo a 20% foi em setembro de 2022”, revela o Dieese no relatório “De olhos nas negociações”. De acordo com o Dieese, os reajustes iguais ou acima da inflação predominaram no mês passado, com 67,9% dos casos obtendo ganhos reais e 12% igualando com a inflação. Com isso, a variação real média em maio foi positiva em 0,78%, muito próxima aos dois meses anteriores.

Na avaliação do Dieese, “o desempenho das negociações de maio pode estar refletindo o aumento da inflação. Nessa data-base, o valor do reajuste necessário dos salários para recomposição dos salários foi de 5,32%, o maior para o período considerado”. O órgão destaca que para as negociações de junho o reajuste necessário para recomposição salarial será menor, de 5,20%.

Em relação aos reajustes salariais em maio, o Dieese revela que de 553 negociações feitas em maio que conseguiram reajuste acima da inflação, com uma variação média de 1,31% de ganho real, enquanto para as 164 negociações com resultados abaixo da inflação, as perdas reais foram em média de -0,54%. Ainda de acordo com o estudo do Dieese, em maio, apenas 1,1% das negociações analisadas tiveram reajustes parcelados, enquanto os reajustes escalonados foram verificados em 10,3% das negociações.

O Dieese mostra também como estão as negociações salariais no acumulado deste ano. De janeiro a maio, 78,4% dos reajustes analisados apresentaram ganhos reais, enquanto em 12,6% os aumentos salariais foram iguais à inflação e 9% ficaram abaixo do índice de preços. A variação média real até maio foi de 1,07%. Já em relação aos 12 meses encerrados em maio, o percentual de negociações com ganhos reais é igual a 79,4%. Já os reajustes iguais à inflação ocorreram em 14,4% e aqueles abaixo do índice de inflação foram 6,2%.

Outro indicador que aponta para uma desaceleração do trabalho em maio é o balanço divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em maio, o índice de evolução da produção industrial ficou em 52 pontos, indicando recuperação em relação a abril, mas, por outro lado, o índice que mede a evolução do número de empregados registrou 49,6 pontos. “Foi o terceiro mês consecutivo em que o indicador ficou abaixo da linha de 50 pontos, demonstrando que os empresários percebem queda na quantidade de trabalhadores frente ao mês anterior”, diz nota da CNI.

 
Porto

R$ 589 milhões

é o valor que a Liquipar Operações Portuárias vai aplicar no Porto de Paranaguá (PR) para elevar a capacidade para 2 milhões de toneladas por ano de granéis líquidos


Mauá Group

O Mauá Group anunciou a aquisição do Grupo RT Multi Serv, referência na fabricação de mangueiras hidráulicas, fabricação e reforma de cilindros hidráulicos e serviços especializados em centros de usinagem. O grupo tem ainda uma estrutura logística com uma frota própria de mais de 450 caminhões, operando através das empresas BES, RT Transportes, FCA Logística e RS Logística. Os valores da transação não foram revelados.


Fundo

A Kiara Capital, fundada por brasileiros e com sede em Miami, capta até R$ 230 milhões para investimentos em fintechs B2B de alto potencial, com foco em empresas do Brasil, América Latina. A Kiara já analisou mais de 160 oportunidades e realizou investimentos em cinco empresas inovadoras, como Astride, fintech americana de contabilidade. O portfólio atual inclui startups no Brasil, México, Colômbia e Estados Unidos.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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