Até o fim do ano, indústria deve se beneficiar das condições de crédito e dos investimentos de programas do governo
 -  (crédito: Eugênio Sávio/Divulgação – 14/2/22)

Até o fim do ano, indústria deve se beneficiar das condições de crédito e dos investimentos de programas do governo

crédito: Eugênio Sávio/Divulgação – 14/2/22

 

Mesmo com as taxas de juros elevadas, a economia brasileira mostra resiliência e vai crescer muito acima do que economistas e analistas previam no início deste ano. O desempenho no terceiro trimestre vai ser divulgado apenas em 3 de dezembro, mas dados de julho mostram o setor de serviços, que responde por cerca de 70% do PIB, registrando crescimento, enquanto a indústria teve queda. O desemprego estável em patamar baixo e o aumento da renda dos trabalhadores devem garantir o crescimento do consumo das famílias, com os dois fatores dando sustentação a uma estabilidade da expansão da economia entre julho e setembro.

 


A dinâmica econômica deve ganhar tração nos três últimos meses do ano, com o ingresso de recursos do 13º salário e a abertura de vagas temporárias e com investimentos previstos e que começaram a sair do papel. E não será improvável que a economia brasileira possa ter um crescimento econômico acima de 3%, ou muito acima das previsões em janeiro. O aumento das projeções em relação ao PIB mostram exatamente essa perspectiva.

 

Governo regulamenta uso de recursos de previdência como garantia em empréstimos


O Boletim Focus divulgado na segunda-feira mostra os economistas e analistas do mercado prevendo uma expansão de 3% para o PIB este ano. Também nesta semana, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou a projeção de crescimento do PIB deste ano de 2,5% em julho para 3,2% agora. E na rodada de revisões para a economia brasileira este ano, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elevou a sua projeção de 1,9% em maio para 2,9% agora, elevando ainda a projeção para o próximo ano para 2,6%.


A explicação é simples. A divulgação do PIB do segundo trimestre, com expansão de 1,4%, e o efeito carregamento que ele produz, levará o PIB de 2024 a 2,5%. Se não houver nenhum crescimento de julho a dezembro, essa será a expansão da economia. “A marca de 2,5% seria, então, o crescimento de 2024 se nos próximos dois trimestres a economia do Brasil ficasse estagnada. Porém, vislumbramos mais crescimento pela frente, ainda este ano”, apontou a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal, ao divulgar as novas projeções.

 

Inadimplência em Minas Gerais cai pelo segundo mês consecutivo


Nas contas do Ministério da Fazenda, estão exatamente os fatores mencionados acima. O setor de serviços será alavancado pela geração de postos de trabalho com aumento da renda e também pelas condições de crédito das famílias, que melhoraram com os programas de renegociação de dívidas. Já a indústria, principalmente a de transformação, será beneficiada pelas condições de crédito e pelos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os destravados pela Nova Indústria.


Ainda é incerto o impacto da seca e das queimadas que atingiram o país nos últimos meses sobre o agronegócio, mas a pecuária está com resultados positivos e a expectativa é de que a até mesmo a quebra da safra agrícola seja menor do que o projetado inicialmente, o que contribuirá para o desempenho da economia no segundo semestre.Detalhe. Caso efetivamente cresça acima de 3%, o Brasil está dentro da média global de crescimento, que nas projeções da OCDE será de 3,2%, e ainda haverá um carregamento estatístico para 2025, elevando as previsões para o próximo ano, quando efetivamente a alta das taxas de juros agora começarão efetivamente a surtir efeito.

 

Florestas

R$ 31,7 bi

Foi o valor da produção florestal brasileira em 2023, o que representa um crescimento de 11,2% e um recorde histórico, segundo o IBGE

 

Energia livre

Pelo menos 2.500 consumidores por mês devem migrar para o mercado livre de energia entre este ano e 2025, segundo a Abraceel. A entidade considera dados da Aneel que mostram que mais de 35 mil consumidores do Grupo A, de pequeno porte, já manifestaram às distribuidoras a troca de fornecedor de energia elétrica neste período Há 202 mil consumidores nessa faixa e 54 mil já migraram para o mercado livre até agora.

 

Começa consulta ao último lote de restituição do Imposto de Renda 2024

 

Transportes

Com a previsão de movimentar R$ 480 milhões e receber 72 mil pessoas, começou ontem em São Bernardo do Campo, São Paulo, a 24ª Expo de Transportes do ABCD, a Feira dos Cegonheiros. Segundo os organizadores, a previsão é de que haja um crescimento de 20%. O evento, um dos maiores do países no setor de transportes, terá a exposição de caminhões pesados de marcas como Iveco, Scania, Mercedes-Benz, Volkswagen e Volvo.