Marcelo de Assis
Marcelo De Assis
Jornalista, pesquisador musical desde 1984, Marcelo de Assis já escreveu para grandes portais como o Terra, IG e Claro Notícias. Em sua carreira coleciona inúmeras entrevistas com grandes nomes da música nacional e internacional. Ele também é membro do Gr

Relembrando a trajetória de Chorão, a eterna voz do Charlie Brown Jr.

Artista foi símbolo de resistência e identidade para uma geração que o mantém vivo no imaginário brasileiro até hoje

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A história do rock brasileiro é marcada por ícones que representaram gerações, a exemplo de Renato Russo, Cazuza e Rita Lee. A chegada do século 21 revelou ao Brasil Alexandre Magno Abrão que se intitulava apenas Chorão, um apelido trazido da infância exatamente pela sua personalidade sensível e emotiva.

Em 1997, Chorão e a banda Charlie Brown Jr. lançaram Transpiração Contínua Prolongada pela gravadora EMI, álbum que escreveu um capítulo inédito na história do rock nacional e fortaleceu a cena da diversificada produção musical que ressoava de norte a sul do Brasil.

Se estivesse vivo, Chorão teria completado 55 anos na última quarta-feira (9). A fusão de rock, reggae, punk, rap e surf music de sua banda - eternizada em clássicos como Proibida pra Mim (Grazon), Ela Vai Voltar, Dias de Luta, Dias de Glória, Lugar ao Sol e Zoio de Lula -, transportou o artista para a timeline das lendas do rock brasileiro.

Chorão se tornou um ícone geracional por uma combinação de talento, autenticidade, identificação e resistência.

O sucesso do Charlie Brown Jr e a popularidade de Chorão já ganharam tese, livro, filme e série. Sua influência e legado deslizam velozmente até as gerações atuais. Hoje podemos rever a história ou escutar as músicas da banda em álbuns remasterizados, especiais históricos de TV (principalmente da MTV), podcasts, coletâneas, tributos, além de covers e samples de outros artistas, como Marcelo D2, Emicida, Filipe Ret e Criolo.

O CBJ foi um dos primeiros grupos de rock a dominar os charts nacionais de rádio e ultrapassar a casa dos três dígitos em venda de CD's, se igualando a grandes artistas pops da época. A morte de Chorão, em março de 2013, externou uma complexa teia de pressões trazidas pela fama, vulnerabilidade emocional e dependência química.

Apesar do desfecho trágico, suas frases carregadas de atitude, poesia e resistência ecoam até hoje na cultura jovem do Brasil.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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