Léo Drummond
Léo Drummond
Homem LGBTQIAP e coordenador e professor da pós-graduação em Diversidade e Inclusão nas Organizações da HSM University (São Paulo)
DIVERSIDADE

Documentário apresenta a realidade e o amor de famílias LGBTQIAPN+

"LAR", de Leandro Wenceslau, estreia dia 13 de novembro com sessão seguida de debate no Cine Belas Artes

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O documentário LAR propõe um mergulho sensível em diversas formas de amar, cuidar e construir família. A partir do olhar dos filhos e filhas de três famílias LGBTIAPN+, o longa revela o cotidiano desses lares, seus desafios e alegrias. O documentário não se limita a retratar apenas os momentos de harmonia, mas também aborda os conflitos, dúvidas e obstáculos enfrentados por estas famílias.

Desde questões legais de reconhecimento parental até situações de discriminação nas escolas, LAR não se esquiva das complexidades que estas famílias enfrentam. No entanto, o filme encontra sua força ao mostrar como o amor, o respeito mútuo e o cuidado genuíno superam as adversidades.

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Em paralelo às histórias retratadas, Wenceslau entrelaça sua própria jornada de auto descoberta, revisitando lembranças de infância e a busca por um lugar no mundo. “O desejo de formar uma família estava presente na vida adulta e, junto com meu companheiro, pensava em ter filhos, mas não sabia como. Em 2015, conversei com um casal de professoras que adotaram dois irmãos. Elas mostraram de forma muito direta e sincera que o amor não tem fórmula estabelecida. Entendi que a família se construía com cuidado e presença, muito além dos formatos convencionais”, conta o diretor que, após essa conversa, decidiu conhecer mais famílias LGBTQIAPN+ e teve, então, a ideia de filmar LAR.

Dados sobre a adoção por famílias LGBTQIAPN+

Entre as famílias retratadas no documentário, há dois casos de adoção. Nos últimos cinco anos, o número de adoções por famílias homoafetivas triplicou no Brasil. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, foram de 149, em 2019, para 458, em 2024.


No país há quase 5 mil crianças e adolescentes à espera de adoção atualmente, sendo que há mais de 30 mil adultos na fila da adoção, esperando a hora de adotar esses jovens. Por que, então, há fila e demora para que essas famílias sejam formadas? Uma das respostas está no perfil buscado: a maioria das pessoas busca o mesmo perfil - bebês ou crianças de até três anos, brancas e sem deficiência, têm um número grande de pretendentes. Outros perfis são menos desejados por quem busca a adoção.

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Na contramão de grande parte dos casais heterossexuais e cisgênero, os casais LGBTQIAPN+ tendem a adotar crianças com idades mais elevadas, negras e com irmãos, que, em geral, enfrentam maiores obstáculos para serem acolhidos por outras famílias. De acordo com Silvana do Monte Moreira, presidente da Comissão Nacional de Adoção do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), essa abertura a mais perfis para adoção acontece porque os casais que foram marginalizados “dentro do armário” procuram crianças e adolescentes que também são menos vistas pela sociedade, que encontram mais barreiras.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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