O objetivo do levantamento é incentivar a discussão e colaborar para que o fato de as mulheres sentirem prazer no sexo seja naturalizado -  (crédito: Freepik)

Muitas mulheres, especialmente após os 30 anos, cresceram sem a oportunidade de aprender sobre a importância de explorar o próprio corpo

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A genitália feminina, embora central para a sexualidade e saúde da mulher, continua cercada por mistérios e tabus. No entanto, o autoconhecimento dessa região não apenas promove a saúde física, mas também contribui para o fortalecimento da autoestima e para uma vivência sexual plena. Conhecer o próprio corpo é uma ferramenta poderosa, capaz de transformar a relação da mulher com sua sexualidade e, por consequência, sua intimidade com o parceiro.


Muitas mulheres, especialmente após os 30 anos, cresceram sem a oportunidade de aprender sobre a importância de explorar o próprio corpo. Desde a infância, a criação de meninos e meninas tende a ser diferente no que diz respeito à permissão para o toque e a descoberta do prazer. Esse contraste influencia diretamente na percepção que a mulher tem do próprio corpo, afetando sua relação consigo mesma e com o parceiro. Além disso, as influências culturais e religiosas podem reforçar tabus que limitam a expressão plena da sexualidade feminina.

 


Pesquisas na área de sexologia clínica indicam que a falta de conhecimento sobre o prazer feminino pode gerar frustração sexual para as mulheres e seus parceiros. O orgasmo vaginal, frequentemente idealizado, não é a única forma de prazer. Para muitas mulheres, a estimulação clitoriana é a principal via para alcançar o orgasmo. Cada mulher responde ao prazer de maneira única, e compreender essas variações é crucial para uma vivência sexual satisfatória.

 


Estudos sobre neurociência demonstram que o prazer sexual resulta de uma combinação de estímulos físicos e respostas cerebrais. O cérebro desempenha um papel fundamental na resposta sexual, influenciando diretamente a intensidade do prazer e a experiência do orgasmo. A relação que a mulher tem com seu corpo, sua autoestima e seu bem-estar emocional podem potencializar ou inibir essas respostas.

 


Conhecendo a genitália feminina

 

A genitália feminina externa, composta pela vulva, inclui os grandes lábios, pequenos lábios, o clitóris, o vestíbulo e a abertura vaginal. O clitóris, com mais de 8 mil terminações nervosas, é um órgão exclusivamente dedicado ao prazer sexual, sendo um dos mais sensíveis do corpo humano. Apesar disso, muitas mulheres desconhecem seu funcionamento completo.

 

 

 

A renomada urologista australiana Helen O'Connell, conduziu, entre 1998 e 2005, uma pesquisa inovadora que revolucionou a compreensão da anatomia feminina. O estudo revelou que o clitóris tem uma estrutura muito mais extensa do que se conhecia, incluindo uma parte interna que contribui significativamente para o prazer sexual. O'Connell destacou a importância de conhecer a anatomia feminina para uma vivência sexual mais plena, mostrando que o conhecimento do próprio corpo é essencial para a satisfação e o bem-estar. Suas descobertas, publicadas no Journal of Urology, mudaram a abordagem da medicina em relação à sexualidade feminina.


Saúde genital e autocuidado


A saúde íntima feminina exige atenção constante. Cuidar da higiene genital, preservar a flora vaginal e realizar exames ginecológicos periódicos, como o Papanicolau, são fundamentais para garantir o bem-estar da mulher. Além disso, escolher produtos de higiene íntima adequados e manter uma dieta equilibrada contribuem para a prevenção de infecções e a saúde geral da região.



Esses cuidados simples podem fazer uma enorme diferença, tanto na saúde quanto na autoconfiança da mulher. Ao conhecer e cuidar do próprio corpo, a mulher se sente mais segura e capaz de viver plenamente sua sexualidade.


Para finalizar, parabéns, mulher, por ser imagem e semelhança de Deus, criada com perfeição e beleza. Cada detalhe do seu corpo foi pensado com cuidado, refletindo a grandeza do Criador. Quando você conhece seu corpo e aceita sua sexualidade, celebra essa criação divina em sua plenitude. Lembre-se de que o autoconhecimento é uma forma de honrar essa perfeição e viver de maneira mais autêntica, livre e poderosa. Valorize-se, cuide-se e ame-se. Você é completa, única e digna de viver sua sexualidade com verdade e confiança.