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Quando Carlo Ancelotti foi contratado para dirigir a Seleção Brasileira, eu avisei neste espaço e no nosso JaeciCarvalhoEsportes, no meu canal de Youtube, que nada mudaria e que ele seria mais um Tite, Ramon Menezes, Dorival Júnior. Claro que sabemos que o italiano é o melhor técnico do mundo, mas eu também disse que ele fracassou quando pegou times fracos, que não são os gigantes europeus.
O problema da Seleção não é treinador e, sim, a geração ruim que temos, jogadores jovens como Paquetá, que, como muito bem disse o gênio Romário, “não serve nem para levar água aos jogadores que ficam no banco de reservas”. Paquetá na Seleção, assim como Ederson, Alysson, Danilo, Marquinhos, Alex Sandro, Casemiro, Fabinho, Richarlison, é uma grande aberração.
Só temos um jogador protagonista atuando na Europa, que é Vini Júnior. No mais, são todos meros coadjuvantes e eu nunca vi o Brasil ganhar Copas com figurantes.
Eu chego a questionar se quem faz a lista é mesmo Ancelotti, ou se ela é feita a várias mãos, sem a palavra final dele. Danilo é reserva no Flamengo, foi um dos piores laterais da história da Seleção, mas é convocado como zagueiro. Isso é um desrespeito com os demais zagueiros e laterais do país. Um ex-jogador em atividade, como Zé Elias definiu muito bem, usando uma linguagem usada pelos próprios jogadores.
Temos talentos como Rodrygo, Estevão, Endrick, mas é uma geração para estar pronta para ganhar em 2030, não no ano que vem. Como pode um técnico de qualquer seleção do mundo não convocar o artilheiro da principal competição do país? Kaio Jorge tem 17 gols no Brasileiro, faz um ano impecável, mas foi preterido por Richarlison, que tem cinco gols na temporada. Isso realmente é inconcebível. Não adianta explicar e justificar.
Para que perder tempo chamando Fabinho, veterano, que não joga mais em alto nível e está no mundo árabe? E Casemiro, que foi um grande volante com o próprio Ancelotti, no Real Madrid, onde tinha como companheiros dois gênios: Modric e Kroos? Na Seleção, Casemiro também foi um fracasso em dois Mundiais.
Não há como eu me empolgar com qualquer possibilidade de título em 2026. Temos Argentina, Portugal, Espanha, Inglaterra, Holanda e França voando, vários degraus acima da gente.
Como já escrevi outras vezes, Copa do Mundo começa nas quartas de final e lá, pelo menos, acho que estaremos, já que na primeira fase se joga contra ninguém e nas oitavas, se não pegar uma seleção forte que tenha ficado em segundo lugar no grupo, a gente avança. Mas nas quartas a gente volta para casa. Tem sido assim nos últimos tempos, exceto em 2014, quando avançamos às semifinais e tomamos 7 a 1 da Alemanha, não é Felipão?
Aliás, o treinador gaúcho ficou com raiva de mim e do Galvão Bueno porque dissemos a verdade, enquanto alguns, passavam pano. Felipão jogou seu título de 2002 no lixo com a maior vergonha que a Seleção Brasileira já passou.
Daquele fatídico 8 de julho de 2014 para cá, milhões de brasileiros largaram a Seleção e não se interessam mais por ela. A cada dia vejo torcedores se interessando somente por suas equipes e até torcendo contra o time brasileiro. Isso eu não faço. Posso não concordar com o técnico, com a convocação, com a escalação, mas qualquer um que ponha a Amarelinha, eu sou mais Brasil.
Ancelotti, assuma a Seleção de verdade, dê a ela a sua cara e prepare um time para 2030. Em 2026 as chances são remotas. Sei que você não quer assinar um contrato de cinco anos. Talvez tenha se arrependido de dirigir o Time Canarinho, talvez não tenha autonomia ou não confie nos mandatários. Fato é que a Seleção Brasileira e a CBF estão desmoralizadas, pois maltratam o povo há anos e ninguém quer ser “mulher de malandro”.
Adoro seu trabalho, mas sem um grupo qualificado você será apenas mais um a ocupar o cargo. Mas você leva vantagem sobre seus pares: é estrangeiro e, para este povo com complexo de “vira lata”, os técnicos estrangeiros podem tudo.
Você não fez nada de diferente dos outros técnicos recentes. Aliás, fez, sim: perdeu para o Japão por 3 a 2, em nossa única derrota para os asiáticos. Não falta mais nada. Já perdemos para Venezuela, Bolívia, seleções africanas e para os japoneses. O último que sair, apague a luz!
CPI DO APITO
O senador Romário está trabalhando para conseguir, junto aos seus pares, abrir a CPI do Apito e investigar a arbitragem brasileira, tão contestada, com erros crassos, alguns suspeitos. Não fosse essa péssima arbitragem e o Cruzeiro seria praticamente o campeão brasileiro, pois teve 15 pontos tomados na “mão grande”, ao passo que seu concorrente, Palmeiras, ganhou 16 pontos. É estranho ou não é?
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.
