
Atlético: um time horrendo, sem inspiração e um técnico medonho
O Atlético não será rebaixado. Não por sua competência, mas pela incompetência e fragilidade de Juventude, Vitória, Sport e Fortaleza
Mais lidas
compartilhe
SIGA NO

Assisti a Atlético 1 x 0 Bolívar e confesso que fiquei ainda mais decepcionado com o time atleticano. Eu esperava uma goleada, sabedor que sou que o time boliviano só consegue jogar na desumana altitude de 3.600 metros acima do nível do mar, onde ele é um “leão”, ao passo que aqui embaixo torna-se um gatinho.
Porém, o que vimos foi um Atlético destroçado, sem imaginação, sem esquema tático, com um técnico medonho, que fica andando de um lado para o outro como uma barata tonta, mostrando a falta de liderança e o desequilíbrio.
O gol da vitória aconteceu quase no último lance, quando o contestado Bernard, baixinho, e de cabeça, pôs a bola na rede. Virou “herói” para os fanáticos torcedores, que só se importavam com a classificação. Bernard é mais um ex-jogador em atividade, contratado a peso de ouro. Já escrevi e falei várias vezes que ele deveria “acender uma vela” para Ronaldinho Gaúcho, todos os dias, pois foi o “bruxo” quem fez de Bernard um bom jogador, e campeão da Libertadores em 2013. No ano seguinte, Bernard, Hulk e cia protagonizaram o maior vexame do esporte mundial, os 7 a 1 aplicados pela Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo do Brasil. Se vocês perdoam, eu não perdoo jamais!
O Atlético fez péssimas contratações, como Júnior Santos, Rony, Menino, Natanael, Bernard, Dudu e outros menos votados. Jogadores que não conseguem mais atingir o nível competitivo que o torcedor deseja. Contratações caras, que deixam as finanças do clube à deriva. Reafirmo que a saída de Rodrigo Caetano foi uma “tragédia”, já que era o cara que mais entendia de futebol.
Leia Mais
O atual homem-forte do futebol, o ex-goleiro Victor, está na história pela defesa no pênalti cobrado por Riascos, mas como diretor de futebol ainda está muito verde. É um cara íntegro, de ótimo caráter, mas muito fraco na função. Mapeou “ex-jogadores em atividade”, que não têm culpa de nada, já que foram procurados. Além disso, o Atlético contratou um técnico fracassado, que nada ganhou, problemático e que, até aqui, nada mostrou. O Galo ocupa a décima sexta posição, apenas uma acima do primeiro da zona do rebaixamento, lembrando, porém, que tem dois jogos a menos.
O Atlético não será rebaixado. Não por sua competência, mas pela incompetência e fragilidade de Juventude, Vitória, Sport e Fortaleza, que fazem campanhas pífias. Não fosse isso e o alvinegro estaria no Z-4, com sérios riscos.
A classificação para a semifinal da Copa Sul-Americana, que os atleticanos tanto desprezaram ano passado, quando o Cruzeiro disputou a final, virou o grande trunfo. O adversário será o Independiente Del Valle, do Equador, em 22 e 29 de outubro, sendo que o alvinegro decidirá em casa.
Não é possível que em um mês o técnico Sampaoli não consiga dar o mínimo de padrão ao time! Ele precisa mostrar alguma coisa, alguma construção de jogada, algum esquema tático que faça os jogadores renderem mais. É sabido que ele foi a última opção da diretoria, que recebeu vários “nãos” de outros técnicos. Pior que isso é saber que ele tem dois anos de contrato, um técnico que nunca ficou mais de 8 meses dirigindo uma equipe!
O Atlético é uma SAF com donos apaixonados e deveria ser mais bem-tratado no quesito time. O clube deveria ir ao mercado, buscar um diretor de futebol respeitado e consciente de que a contratação de jovens capazes de dar retorno técnico e financeiro, num futuro, é o ideal. Ficar apostando em jogadores veteranos, mandados embora de outros clubes, não é um bom caminho. Se Rony e Júnior Santos não serviram mais para Palmeiras e Botafogo, por qual motivo serviriam para o Atlético? Aliás, Júnior Santos foi aquele que gozou os atleticanos quando ganhou a Libertadores, ano passado, em cima do time mineiro. Gozou, debochou e acabou contratado. Os jogadores deveriam ser mais profissionais e aprenderem a comemorar entre si, sem agredir o perdedor.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
É preocupante o momento do Galo na temporada, mas ainda há esperança de que a Copa Sul-Americana salve o ano. Mesmo sendo a segunda divisão da Libertadores, ela dá uma boa grana ao campeão e uma vaga na Libertadores de 2026. Que o Atlético aposte todas as suas forças nessa competição, mas que não se esqueça de pontuar no Brasileirão, pois, mesmo com toda a mediocridade dos times que estão no Z-4, todo cuidado é pouco. Não adiantará nada voltar à Libertadores se o clube estiver na segunda divisão na temporada que vem. O torcedor quer de volta aquele Atlético de 2021. Esse de agora não representa um clube que tem objetivos de conquistar taças e entrar no patamar dos seus pares.
Pensar no Brasil
A mim não importa se é esquerda ou direita. Se o presidente Donald Trump acenou de forma positiva para negociar as tarifas impostas ao nosso país, que ótimo. É preciso pensar no Brasil e no povo brasileiro. Não tenho “político de estimação”. Não gosto do atual presidente, que saiu da cadeia para governar o país, mas acordos que beneficiem o povo brasileiro e o Brasil serão sempre bem-vindos.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.