Jaeci Carvalho
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Dembélé substituiu Neymar no PSG e é o melhor jogador do mundo

O francês foi atleta de verdade, se dedicou, entendeu a filosofia do técnico Luiz Henrique e se tornou o principal jogador do time de Paris

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Ousmane Dembélé foi eleito pela revista France Football o melhor jogador do mundo, segunda-feira, em Paris, deixando para trás Lamine Yamal, que tem muito talento e, aos 18 anos, aparece como um novo gênio da bola. Dembélé, campeão do mundo com a França em 2018, atuando em quatro jogos no Mundial do Catar, foi protagonista do PSG na temporada passada, que culminou com a inédita conquista da Champions League, e isso teve um peso gigantesco na escolha. Mesmo tendo sido goleado pelo Chelsea, na final do Mundial de Clubes, nos Estados Unidos, o brilho de Dembélé na temporada não foi apagado e ele ganhou disparado. Muitos reclamam do fato de o brasileiro Raphinha ter ficado em quinto lugar. Não vejo problema nisso, pois o jogador do Barcelona fez ótima temporada, mas é um jogador bem comum. A carência de gênios da bola transforma qualquer jogador acima da média em “craque”.

Curiosamente, Dembélé chegou ao PSG para substituir Neymar, e foi até gozado pelo jogador brasileiro com um “emoji”. Mas o francês foi atleta de verdade, se dedicou, entendeu a filosofia do técnico Luis Enrique e se tornou o principal jogador do time de Paris. Ele não tem a técnica e a genialidade de Neymar, mas é um atleta de verdade, que treina, se dedica e que não aparece nas colunas sociais, nas baladas ou mesmo no Instagram. Seu mundo é real, de chegar aos gramados cedo, de se dedicar ao máximo, de aprender. E para ser o melhor jogador do mundo basta isso. O deboche de Neymar, quando Dembélé foi contratado pelo PSG, deve ter se transformado em rancor, pois ao invés de enaltecer o feito do francês, o brasileiro preferiu lamentar que Raphinha tenha sido o quinto colocado. A “inveja é uma merda”.

É o preço que se paga quando não se quer focar na carreira, nos gramados, na responsabilidade de querer ser o melhor do mundo. Ousmane Dembélé fez por onde, se integrou ao coletivo e destacou-se como o “cara” do time, mesmo sem ser brilhante, mas muito eficiente. Aliás, o Balão de Ouro tem premiado jogadores que privilegiam o coletivo e não a individualidade. Ano passado foi Rodri, do City, o vencedor. Em seu discurso, Dembélé não esqueceu dos seus companheiros, do técnico Luiz Henrique, seu empresário e, principalmente, sua mãe, a quem ele agradeceu e mostrou que graças a ela chegou a este momento. Não falou sobre o pai – talvez tenha sido abandonado –, não conheço sua história, mas, ao homenagear sua mãe, me deixou emocionado, pois o filho que é grato a mãe ou aos pais terá sempre meu afeto. Parabéns Dembélé, você é um exemplo a ser seguido pelos jovens, por sua disciplina, caráter e, acima de tudo, espírito coletivo. Aqueles que são egoístas, mimados e que acham que o mundo gira em torno deles jamais chegarão onde você chegou. Em Nova York, no dia da final entre PSG e Chelsea, a música que mais ouvi dos franceses foi “Balon d’or, Dembélé, Dembélé, Balon d’or”. O canto dos torcedores se tornou realidade. Aos 28 anos, o francês, campeão do mundo em 2018 e campeão da Champions League na temporada 24/25, é o dono do planeta bola!


Crise técnica e financeira

O clube passa por uma crise técnica sem precedentes, com a pior campanha entre os 20 clubes da Série A depois do Mundial de Clubes. Correndo risco de rebaixamento no Brasileirão, tem na Copa Sul-Americana a esperança de salvar o ano. Possibilidade existe, mas com esse “futebol medíocre”, como bem colocou o atleticano e grande jornalista, meu amigo, Roberto Abras, fica difícil acreditar. O Atlético precisa de um diretor de futebol, de verdade, pois Victor, ex-goleiro, ainda está aprendendo a nova função. Deveria ter procurado um treinador mais competente do que Sampaoli, e investido em jogadores jovens e não em “ex-jogadores em atividade”. A crise financeira é grave, mas o clube tem donos bilionários, que podem aportar dinheiro na hora que bem entenderem. O ano de 2025 está praticamente perdido, e o planejamento para 2026 deveria começar imediatamente.

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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