
Um jogo que vai ficar na história
O Flamengo vai enfrentar uma verdadeira seleção, o Bayern de Munique, que pratica um belíssimo futebol
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Flamengo e Bayern de Munique decidem, hoje, quem avança para as quartas de final da Copa do Mundo de Clubes. São duas equipes que praticam futebol de alto nível, mesmo o Bayern, que estava em férias e teve que juntar seu grupo para essa disputa. Já o Flamengo está no meio da temporada, voando, e lidera o Brasileirão, ao lado do Cruzeiro, com 24 pontos. Aliás, o Cruzeiro ganhou de Flamengo e Palmeiras, só para que os “inocentes” não se esquecerem. E se houvesse um ranqueamento, Cruzeiro, São Paulo e Grêmio estariam aqui no Mundial, mas os critérios da Fifa a gente nunca vai entender. Voltando a Bayern e Flamengo, o time alemão perdeu para o Benfica e ficou em segundo lugar. Mas entrou com o time reserva, tomou um gol e, quando tentou pôr os titulares, já era. O time português se fechou e conseguiu a primeira vitória sobre os alemães, em jogos oficiais. Já o Porto, outro português, desembarcou na sua cidade sob vaias e ameaças da torcida, pelo vexame que deu neste Mundial.
A torcida do Flamengo é gigantesca, aqui ou em qualquer lugar do planeta bola. O técnico Filipe Luis jogou na Europa por 16 anos e tem uma mentalidade bem europeia. A cada jogo faz uma ou duas alterações, para colocar em campo o esquema que deseja. Pedro não tem feito gols e isso incomoda o atacante e a torcida. É dos melhores centroavantes que temos, mas o esquema implantado pelo treinador rubro-negro não o beneficia. Bruno Henrique tem sido o destaque, mesmo sob indiciamento pela PF, por questões de falcatruas em apostas. Num país sério, seria afastado até que as investigações fossem concluídas, mas isso é outra história. O Bayern tem em Kompany, um ex-zagueiro, seu treinador, com conceitos bem modernos e um time inspirador. Kimich é um colírio para os olhos. Olise é um ponta à moda antiga e destrói qualquer defesa. Sané, Gnabri e o veterano, Muller, que está deixando o clube, depois de quase 800 jogos e 20 anos de futebol no time bávaro, são jogadores excepcionais. Ou seja: o Flamengo vai enfrentar uma verdadeira seleção, que pratica um belíssimo futebol.
Claro que os rubro-negros estão esperançosos em avançar, e, se isso acontecer, pegarão pela frente PSG, Real Madrid, City. Caso o Flamengo ganhe esse Mundial, será realmente o grande título da história para os flamenguistas, pois teriam vendido os principais clubes europeus. Mas, entre esse sonho e a realidade, há uma distância abissal, que só não existe aos olhos da TV Globo, que continua a querer iludir o torcedor. Os jogos são tão importantes, que meus amigos Júnior (Maestro) e Luis Roberto estiveram ontem, em Filadélfia, para fazer Botafogo x Palmeiras, e em Miami para Fla x Bayern. É a hora de ela vender o produto, mais do que nunca e eu aposto na maior audiência das últimas décadas. Embora eu, particularmente, não valorize esse Mundial, os flamenguistas e todos os participantes brasileiros estão dando uma importância gigantesca. O torcedor está no seu papel, mas eu, como analista de futebol, preciso sempre dizer a verdade. Uma competição feita a toque de caixa, que a Fifa empurrou goela abaixo dos clubes, principalmente europeus, realizada num país que não gosta do futebol praticado no mundo. Neste domingo, porém, em homenagem ao meu filho mais novo, estarei no Hard Rock, acompanhando o jogo e torcendo para o Flamengo. Nem eu mesmo sabia que ele torcia para o rubro-negro, pois aqui em casa nunca exigi esse tipo de coisa. A liberdade de escolha, nesse quesito, é total. Achei que o Lorenzo torcia somente para o Real Madrid, mas fiquei surpreso ao vê-lo me pedir para levá-lo ao estádio hoje. Lá estarei, pois sou um pai participativo e que procuro estar ao lado dos meus filhos em tudo. Claro, como flamenguista que sou, vou torcer muito, mas, com os pés no chão, sabendo que o grande favorito é o time alemão. Ao contrário da Globo, não preciso mentir, nem iludir torcedor nenhum. A distância do futebol brasileiro para o europeu continua abissal, independentemente do que possa acontecer hoje!
O melhor prefeito de BH
Conheço Álvaro Damião há três décadas, repórter dos bons, apresentador de qualidade. Hoje ele é o prefeito de Belo Horizonte, e, na minha visão, entrará para a história como um dos melhores. Nasceu na Concórdia, sempre foi um cara do povo, e tem ido às ruas, às comunidades, ao encontro dos seus. É isso que um político tem que fazer, governar para o povão. Terá meu apoio integral, pois a política brasileira precisa de jovens sérios, comprometidos e transparentes. Apoiado pelo deputado João Vítor Xavier, que tem mandatos de alto nível, Damião vai se consolidar e fazer as obras que BH tanto precisa. Conte comigo, Álvaro, meu elogio será sempre do mesmo tamanho da crítica, mas confesso que estou muito entusiasmado com o seu começo de gestão. Sucesso e Deus sempre no comando!
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.