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Os 14 milhões da China Azul não gostaram dessa parada que o Campeonato Brasileiro terá, com receio de o Cruzeiro perder o embalo em que está, com jogos espetaculares e um time muito sólido. Posso garantir a vocês – como garanti lá na Flórida, durante a pré-temporada, que o time celeste brigaria pelos títulos em 2025 – que o Cabuloso vai voltar mais forte ainda, e que a parada é para todos os clubes, exceto para Flamengo, Botafogo, Fluminense e Palmeiras, que estarão se desgastando no Mundial de Clubes.
Aliás, ótimo para o time azul, pois neste período de 30 dias vai se reciclar, se preparar melhor ainda, para voltar mais competente e abrindo vantagem para seus concorrentes. Existe a possibilidade da contratação de reforços pontuais, como muito bem colocaram o presidente Pedro Lourenço e o vice Pedro Júnior, homem-forte do futebol do clube. O Cruzeiro tem time, grupo e banco; uma diretoria entrosada e competente, e um técnico dos melhores da atualidade.
Leonardo Jardim conseguiu ajustar todos os setores da equipe, que é sólida, não há ciumeira, não há “eu” e sim “nós”! Aí está o segredo de esta equipe praticar o melhor futebol do Brasil. Todos se doam, correm pelos companheiros e entenderam o que é o Cruzeiro Esporte Clube.
Não me preocupo, também, com as críticas de outros jornalistas, pois cada um tem o direito de pensar o que quiser. O Cruzeiro pratica um futebol de alto nível, e aquele que disser o contrário não precisa ser julgado por nós, mas, sim, pela China Azul, que conhece a má vontade com os times fora do eixo. O Cruzeiro sempre se impôs e furou essa “bolha” com conquistas nacionais e internacionais, então, eles sabem muito bem da força desse gigante das Minas Gerais.
Conforme antecipei, o Cruzeiro vai disputar um torneio no Espírito Santo, onde o nosso Supermercados BH está conquistando os capixabas, para manter o ritmo de jogo. Matheus Henrique está prestes a voltar e os jogadores que ainda não conseguiram recuperar seu futebol, caso de Wallace, terão mais uma chance de fazê-lo.
Está tudo azul pelos lados do Cabuloso, e não será uma parada na competição que abalará isso. O Cruzeiro vai voltar mais forte ainda e brigar pelo Brasileirão até a última rodada, com grandes chances de ser campeão, e, é claro, pela Copa do Brasil, na qual é o “Rei de Copas”. É o que digo há tempos: quem não gosta do Cruzeiro, “atura ou surta”!
ANCELOTTI
O técnico Carlo Ancelotti estreará como técnico da Seleção Brasileira hoje, contra o Equador, em Quito. Parada indigesta. Muita gente acha que o italiano tem uma vara de condão e que fará o Brasil mudar da água para o vinho. A coisa não funciona assim. O favorito é o Equador, que vive melhor momento e só perde, na América do Sul, para a Argentina.
Assim como não acredito mais em Neymar, para mim um ex-jogador em atividade, não acredito em Alisson, Danilo, Marquinhos, Alex Sandro, Casemiro, Richarlison e outros jogadores fracassados em Mundiais. Ancelotti precisa entender que a renovação é necessária, não para ganharmos em 2026, mas para termos chances em 2030.
Do meio para frente temos jogadores espetaculares. Nosso grande problema é o meio-campo, que não tem nenhum jogador atuando em grandes times europeus, e nossa defesa, o que significa dizer que o novo treinador terá o desafio de encontrar bons laterais, zagueiros e um goleiro de verdade. Alisson entregou o Brasil em dois Mundiais, pois não fez uma defesa importante.
Quanto aos jogadores de meio, a solução pode estar aqui mesmo no país. Matheus Pereira é o melhor camisa 10 brasileiro, joga no gigante Cruzeiro, e deveria estar na Seleção. Jogadores medianos, que atuam em clubes médios da Europa, convocados agora, não darão conta do recado.
Tenho uma máxima de que não importa quem seja o treinador ou quem sejam os jogadores. Vestiu a amarelinha, sou mais Brasil. Porém, como analista, não posso mentir. O trabalho de recuperação do nosso futebol será gradativo e de médio prazo. Embora a possibilidade exista, não acredito em título em 2026. Prefiro imaginar uma grande Seleção Brasileira para 2030.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.