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As denúncias de Revista Piauí contra o atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o ministro Gilmar Mendes, seu filho, Francisco, Arthur Lira (ex-presidente da Câmara dos Deputados), senadores, como Jaques Wagner, e advogados, são muito graves e mostram o descaso com a entidade, com o futebol brasileiro e com os torcedores. A revista traz, na reportagem de ontem, que estava sendo feita há meses, com detalhes e provas, que a “CBF está envolvida com partidos políticos de esquerda, com cargos, dentro da entidade gente ligada aos partidos, negociatas, envolvimento de advogados, recebendo milhões, e participação do ministro Gilmar Mendes e seu filho, Francisco Mendes, contratados pela entidade para o IDP, e diretor-geral do instituto”. Enfim, uma sujeirada só, que deixa o torcedor ainda mais descrente em tudo o que vê. A maioria acha que não vai dar em nada, pois o ministro Gilmar Mendes foi o mesmo que manteve Ednaldo no cargo, baseado numa liminar, como é sabido por todos.
A denúncia prova que a CBF, através do atual presidente, “aumentou de R$ 50 mil para R$ 215 mil a chamada mesada para as federações, que, curiosamente, elegeram Ednaldo, por unanimidade, para o mandato de 2026 a 2030, tudo feito na véspera de Argentina x Brasil, antes do vexame dos 4 a 1, fora o baile. A farra não parou por aí, pois as denúncias mostram que o atual presidente, com o dinheiro da CBF, pagou estadias, passagens em primeira classe para toda a sua família para a Copa do Catar, políticos e presidentes de federações.” Um escárnio. A CBF está na lama, com a pior gestão da história e com a Seleção Brasileira muito mal nas Eliminatórias. Vale lembrar que a CBF tem caráter privado, mas é de direito público, pois o time canarinho é o maior patrimônio do povo no campo esportivo. A sociedade de bem está estarrecida com as denúncias, repercutidas em todos os veículos de imprensa do país, exceto a TV Globo, por que será?
Vivemos um momento de instabilidade no país, onde o povo brasileiro vai perdendo a credibilidade nas instituições, que deveriam dar sustentação. A pergunta do torcedor brasileiro é a seguinte: “como pode um ministro da suprema corte se sentir apto a dar uma liminar beneficiando o atual presidente, sendo que seu filho e seu escritório prestam serviço à entidade através do IDP, com faturamento de milhões anuais?” Todos os citados na matéria da Revista Piauí têm que vir a público e se defender, pois são denúncias gravíssimas, que tiram a credibilidade da entidade e do futebol brasileiro. No programa “Galvão e Amigos”, Ronaldo Fenômeno foi taxativo ao dizer que “o sistema não me permitiu ser candidato”. Aí Galvão Bueno completou: “o sistema”, fazendo com os dedos o gesto de dinheiro, já que as federações votaram e receberam aumento na mesada mensal.
Segundo a revista Piauí, “a CBF virou um grande balcão de negócios, de benefícios a amigos, políticos e cartolas”. Não é difícil perceber o motivo de o futebol brasileiro estar na lama, com essa gente despreparada e maléfica. As últimas esperanças do povo brasileiro são o Ministério Público e a Polícia Federal, órgãos da maior credibilidade e respeito do país. Intervenção já na CBF, afastamento de Ednaldo Rodrigues e a instauração de um inquérito imediato. As denúncias da revista Piauí são graves, sérias e cobertas de provas. Não é possível que isso vá “terminar em pizza”, como afirma a maioria do povo brasileiro, tão descrente ultimamente.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.