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Jaeci Carvalho
Jaeci Carvalho

Troca treinador e o time não engrena. Onde estão os erros?

Não há como ficar mudando de técnico e, se tiver que mudar alguma coisa, que saiam jogadores, pois o torcedor merece respeito

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Sou um otimista por natureza e considero o grupo do Cruzeiro de alto nível, com jogadores campeões, experientes e respeitados. Entretanto, o que temos visto é um time sem rumo, sem norte, mesmo com as constantes trocas de treinadores, o que mostra que o problema é mais o grupo e não os técnicos. Vanderlei Luxemburgo sempre me disse: “time para ser campeão tem que ter jogadores vencedores, que passem sua experiência aos mais jovens”. E o Cruzeiro foi buscar no mercado essas peças. Cássio foi um gigante no Corinthians, onde ganhou tudo. Gabigol, artilheiro que, em 17 finais, marcou 16 gols, levando o Flamengo aos títulos importantes. Dudu, do mesmo jeito, ganhou tudo no Palmeiras. Fagner tem a mesma história, Eduardo acabou de ganhar Brasileiro e Libertadores no Botafogo, enfim, jogadores mais que vencedores. O que está acontecendo então? O último grande jogo do Cruzeiro foi em julho passado, contra o Botafogo, no turno do Brasileirão. De lá para cá, é um circo de horror, com jogos abaixo de qualquer crítica.
Matheus Henrique foi contratado ano passado e tem dado o retorno esperado. É o único dos contratados que o torcedor aprova. Wallace, que custou mais de R$ 30 milhões, é um jogador sem a menor condição de vestir a camisa azul. Lento, pesado, sem recuperação, não consegue desenvolver nada. E pensar que foi considerado o melhor volante da Europa nos últimos três anos. Não é possível, pois o futebol europeu está anos-luz à frente do brasileiro. Ou Wallace deixou todo o seu futebol lá ou os analistas erraram na análise. Não é possível um jogador ser tão apático, sem nenhuma qualidade, sem a menor expressão. E olha que já estamos em abril e ele foi contratado em julho, 10 meses depois e seu futebol está abaixo de qualquer crítica. Com ele, parece que o Cruzeiro entra com um jogador a menos.
E o que dizer de Matheus Pereira, que também não joga bola há 10 meses? Seu último grande jogo foi contra o Botafogo. De lá para cá, insinuações de que queria jogar na Europa, proposta quase aceita do Zenit, da Rússia, única proposta que chegou, e a desistência em cima da hora. Como seu primeiro filho vai nascer, tem a regalia de não jogar e ficar à espera do primogênito. Desejo que nasça com muita saúde. Sei que o nascimento de um filho e poder assistir ao parto é um momento único na vida de um pai, mas ele não pode simplesmente se desconectar do clube e ficar esperando. Se for parto normal, pode nascer a qualquer momento, mas se for cesariana, o médico marca o dia e a hora. Qual é o problema de estar com o grupo, ajudando o Cruzeiro a se recuperar? Um cara que todos nós apontamos com uma grande qualidade, mas que não confirma isso nos jogos. O torcedor está de saco cheio dele. Talvez uma troca no mercado interno seja a melhor solução.
O torcedor não gostou da contratação de Gamarra, que nos dois jogos em que atuou falhou demais. Rodriguinho não é aproveitado e Christian ainda não se firmou. Enfim, são tantos os problemas que a gente fica triste, pelo investimento feito pela diretoria. Lutei contra o Brasil todo, quando colegas diziam que o Cruzeiro buscou refugos de outros times e que não daria certo. Ainda acredito que vai engrenar, que vai mudar o quadro, mas, a cada partida, esses atletas me convencem do contrário. Não quero dar razão aos colegas de Rio e São Paulo, mas vou acabar tendo que dar a mão à palmatória. A sequência do Cruzeiro no Brasileirão é pedreira, a começar pelo Inter, domingo, em Porto Alegre. O time gaúcho está voando e temos até pelo pior, uma goleada.
O técnico é português, tem conceitos modernos e um estilo de trabalho em que a prioridade é rodar o grupo. Me perdoe, Leonardo Jardim, o Cruzeiro precisa, neste momento, de firmar um time titular, dar a ele o máximo de jogos e fazer as alterações que os jogos exigem. Não dá para começar cada partida com quatro trocas. Desse jeito, o time não encaixará nunca. Vou continuar com meu otimismo e com os pés no chão. A diretoria foi ao mercado e buscou jogadores vencedores, experientes, consagrados, não é possível que eles não possam dar o resultado esperado em campo. Não há como ficar mudando de técnico e, se tiver que mudar alguma coisa, que saiam jogadores, pois o torcedor merece respeito. Se eu fosse esse grupo, teria vergonha dessa pouca entrega e me desculparia com o presidente Pedro Lourenço, que não mede esforços para manter salários em dia, estrutura e tudo aquilo que é pedido. Sei que nenhuma diretoria acerta 100% nas contratações, nem no Real Madrid, isso acontece, mas ela foi ao mercado, gastou milhões de reais apostando em cada atleta. Portanto, honrem a camisa azul, talvez ela esteja pesada demais para certos atletas. Se não estiverem em condições, rescindam seus contratos, é mais digno e mais correto com a torcida e com o presidente. Tenham mais amor ao clube e à China Azul!

 

Níver Josemar

Hoje é aniversário do nosso Josemar Gimenez de Resende, atual presidente dos Associados. Temos uma relação fraternal e desejo a ele muita saúde, mais sucesso e força para os desafios do dia a dia. Feliz Aniversário, irmão. Que Santa Rita te proteja e guarde. Vida longa!

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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