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Alguém tinha dúvidas de que na hora H as federações iriam apoiar o atual mandatário da CBF, Ednaldo Rodrigues, e não Ronaldo Fenômeno na candidatura à presidência da entidade? Eu não tinha dúvida alguma e acho difícil, para não dizer impossível, que o Fenômeno consiga quatro federações para apoiá-lo, para lançar a chapa, o que é uma exigência do estatuto, criado pela própria CBF e seus dirigentes. Uma vergonha o que acontece no país e no futebol brasileiro. A CBF está fatiada entre partidos políticos de esquerda e seu presidente é apenas um fantoche nas mãos de Gilmar Mendes, cujo filho tem negócios com a entidade, segundo denúncias, e fatura R$ 15 milhões anuais com a CBF Academy. A última esperança do povo brasileiro para dias melhores no nosso futebol seria uma ruptura total do que acontece atualmente, mas, pelo jeito, Ednaldo será aclamado presidente para mais 4 anos de desgoverno e de vergonha para o nosso futebol.
Pela Liga e fim das federações
Se os clubes conseguirem se unir de verdade e formarem uma única Liga, que comande os destinos do futebol brasileiro, teremos dado um grande passo para o fim das federações e para que a CBF cuide única e exclusivamente da Seleção Brasileira. Assim, acabaria também com as chamadas “mesadas” que a entidade dá aos presidentes de federações, para que as entidades sobrevivam. Elas só existem porque há também os campeonatos estaduais (rurais), que são competições ultrapassadas, sem rentabilidade e sem apelo técnico. A Liga Forte do Futebol e a Libra já conversam para se unirem em prol do comando dos destinos dos clubes, que não precisarão mais da CBF para negociar contratos com TVs ou mesmo formular o calendário e regulamento das competições. Se conseguirmos isso, daremos um passo gigantesco para tornar a própria CBF uma entidade sem a menor importância, haja vista que, com o atual presidente, o futebol pentacampeão do mundo chegou ao fundo do poço, e hoje ocupamos o quinto lugar nas Eliminatórias. Nada tão ruim que não possa piorar, pois vem aí os jogos contra Colômbia e Argentina.
Fenômeno que só acontece no Brasil
Neymar continua em alta no mundo publicitário. Mesmo com a falta de futebol, com as mancadas que dá e com a falta de profissionalismo, ele se mantém no topo das “celebridades”, vendendo sua imagem a preço de ouro. Quem gostaria de ter sua marca ligada a um jogador que quase não entra em campo, que troca o tratamento médico de uma contusão por uma noite na Sapucaí e outras coisas mais? Resposta: o mercado brasileiro. Isso é uma coisa a ser estudada, pois os ídolos serão sempre exemplo de coisa certa, correta e uma imagem íntegra. Pelé, Zico, Gérson, Rivelino sempre mantiveram uma bela imagem, dentro e fora de campo, e deram grandes exemplos para a minha geração. Hoje, os “Neymarzetes” apoiam tudo de errado que o craque faz, e ainda compram briga com quem condena determinadas atitudes. Se eu tivesse uma marca, jamais a associaria a um atleta perdedor em campo, com péssimos exemplos em sua vida como atleta. E você, o que pensa disso?
Mata-matas são terríveis
Em qualquer competição por pontos corridos, a melhor equipe será sempre a premiada, a campeã, com raríssimas exceções. Já nos mata-matas a coisa se inverte e uma equipe mais fraca pode eliminar a favorita. Peguemos como exemplo o Liverpool, que sobrou na primeira fase da Liga dos Campeões da Europa, com grandes jogos, clássicos e uma campanha impecável. No sorteio, pegou o PSG. Venceu o jogo de ida, quando não merecia, pois foi massacrado, mas perdeu o de volta, em sua casa. Nas penalidades, foi eliminado. O melhor time da nova Champions foi eliminado. Esse é o futebol mundial. Eu gostaria que todas as competições fossem disputadas em turno e returno, sendo campeão aquele clube mais regular e competente. Mas isso é uma utopia da minha parte. As injustiças no futebol vão continuar acontecendo e não restará mais nada a não ser lamentar que uma equipe tão forte e brilhante, caia nas oitavas de final. Uma pena, mas a vida segue. E o PSG, sem Neymar e sem estrelas, joga futebol de alto nível, competitivo, onde os jogadores se doam uns pelos outros. Coletividade é tudo numa equipe.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.