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Jaeci Carvalho
Jaeci Carvalho
coluna do Jaeci

A diretoria faz a parte dela. Jogadores, façam a de vocês, que é jogar bem

Jogador desinteressado pelo clube pode arrumar as malas e partir. Ou ele está no Cabuloso, de corpo e alma, ou então desiste

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A torcida do Cruzeiro anda chateada com os jogadores. Depois de um belo jogo contra o América, e de dominar o Atlético até a expulsão de Gabigol, os reservas fizeram um jogo de assombrar até o mais otimista dos torcedores, com futebol preocupante e abaixo de qualquer crítica. Sei que há muita gente torcendo para que os reforços não deem certo. São as aves de mau agouro, que existem em todos os cantos. São os mesmos que sempre quiseram ver o clube azul na lama, mas se deram mal quando perceberam que o Cruzeiro tem dono, que ele é apaixonado, bilionário e que não mede esforços para formar um time campeão. Aliás, a declaração de Pedro Lourenço à Central da Toca, da Samuca TV, do craque Samuel Venâncio, foi espetacular: “eu não pus dinheiro no Cruzeiro para virar dono dele, como fizeram uns e outros por aí. Nunca pensei nisso. Sempre ajudei como torcedor. Me propuseram ser presidente, eu não quis, por várias vezes. Porém, resolvi comprar o clube quando percebi que poderia fazer do nosso Cruzeiro um time campeão e vencedor, como sempre foi”. Pedro é daqueles apaixonados, que frequenta o Mineirão desde garoto e que tem realmente amor pelo clube. Não é torcedor de “ocasião”, como muitos donos de SAF.

Dito isso, é preciso que os jogadores tenham mais comprometimento com o trabalho. Discordo quando o torcedor diz que “eles fazem corpo mole”. Não posso admitir que um profissional prejudique sua própria carreira, fazendo isso. Acredito mais numa fase ruim, física e tecnicamente. Gabigol e Dudu, sacaneados em seus clubes, ficaram na reserva por um ano. Perderam ritmo de jogo e condicionamento físico. Estão recuperando jogando o “Rural”. Outros contratados estão se adaptando à filosofia do clube e do novo treinador. É um processo gradativo. Entendo a necessidade desse gigante em conseguir um título importante nesta temporada, mas é preciso dizer que isso pode não ocorrer. Eu até acredito que vá acontecer, mas se não for nesta temporada, que faça uma campanha digna da tradição do clube e dos reforços contratados. Tirando Flamengo e Palmeiras, vejo Cruzeiro, Corinthians e Atlético como candidatos também aos títulos. O Galo se reforçou muito bem, tem o melhor técnico do país e vai dar trabalho.

O torcedor acha que futebol se faz com uma varinha de condão. Não é assim. Há jogadores que encaixam como uma luva, caso de Matheus Henrique. Outros, demoram mais tempo ou não conseguem se adaptar. Me parece ser o caso de Wallace, que está muito mal, desde que chegou, e já teve tempo suficiente para entrar em forma e render aquele futebol que ele sempre teve. Cássio alterna bons e maus momentos, com defesas importantes e falhas em lances simples, como no primeiro gol de Hulk, domingo passado. No Corinthians ela vinha na reserva, justamente pela fase ruim. Será que ele conseguirá ser aquele Cássio, que tantos títulos deu ao Timão, é a pergunta que a China Azul faz. Tem muita gente dizendo que o Cruzeiro contratou restolhos de outras equipes. Discordo. Acredito que todo grande time gostaria de ter Gabigol e Dudu. O Cruzeiro tem time, banco e grupo para fazer melhor do que vem fazendo e para buscar as taças que vai disputar. É o grande time das Minas Gerais, pelos títulos nacionais e internacionais, e contra fatos não há argumentos.

Peço, então, aos jogadores, que recebem salários até antecipados, que tenham mais consciência, que respeitem mais a camisa que vestem e que se orgulhem dela. Porém, quem não estiver satisfeito, peça para sair, e garanto que não será impedido. O presidente, Pedro Lourenço, é uma pessoa de diálogo, entende os problemas, mas não é bobo. Jogador desinteressado pelo clube pode arrumar as malas e partir. Ou ele está no Cabuloso, de corpo e alma, ou então desiste. Eu vou continuar levando muita fé nesse time, grupo, diretoria e técnico. Com a vivência de quase cinco décadas no futebol, a gente sabe quando um projeto vai vingar, e essa seriedade, transparência e qualidade dos dirigentes azuis mostra que esse é o caminho. Então, jogadores, se comprometam mais com vocês próprios e com o torcedor. Jogar bem é obrigação, como fizeram no clássico com o América. Mesmo não vencendo, o torcedor aplaudiu e ficou satisfeito com o que viu. Que seja assim hoje, e que o Cruzeiro faça as pazes com a vitória e com a China Azul.

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