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Jaeci Carvalho
Jaeci Carvalho

O "Rural" está desmoralizado pela própria FMF

Pior ainda é perceber que a entidade beneficia o Atlético em detrimento do Cruzeiro, conforme acusam os torcedores azuis

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Os campeonatos estaduais são competições falidas, retrógradas e ultrapassadas, de Norte a Sul do país. Só não enxerga quem não quer, pois os presidentes de federações – que só existem no Brasil –, sabem muito bem que sem esses “rurais” as entidades não habitariam mais o planeta bola. Vivem de mesadas da CBF para organizar competições sem apelo, com os clubes do interior pedindo migalhas, votando no presidente da CBF, naquele chamado “voto de cabresto”, ou seja, “você me dá a minha “migalha” e eu voto em você. Na verdade, uma “migalha” bem gorda, pois é sabido que a CBF despeja em cada federação cerca de R$ 230 mil mensais. Pior ainda é perceber que a FMF beneficia o Atlético em detrimento do Cruzeiro, conforme acusam os torcedores azuis.

Neste começo de ano, por exemplo, a entidade teve o descaramento de marcar um jogo do Cruzeiro, na estreia do Mineiro, contra o Tombense, no mesmo sábado e no mesmo horário em que o time azul estava jogando contra o Atlético, nos Estados Unidos. O Cruzeiro apelou, e depois de alguns dias de silêncio da entidade, anunciaram a transferência para o domingo, à noite. Se a própria entidade não respeita seus filiados, como ela quer ser respeitada. Há anos o torcedor do Cruzeiro não tem nenhuma empatia por essa federação, haja vista os desmandos contra seu clube. O clássico contra o Atlético, domingo, também gerou revolta. Primeiro, porque o Cruzeiro jogou na quarta contra o América e o Atlético na terça, levando a vantagem de um dia a mais de descanso em relação ao clássico de domingo. Por quê FMF? Você não deveria tratar os filiados com equidade, isonomia e igualdade? Realmente, os critérios adotados a favor do alvinegro são bem diferentes dos que são adotados contra o Cruzeiro.

No clássico de domingo, a entidade escala um árbitro fraquíssimo, que tendeu para o Atlético. Basta analisarmos o pisão de Lyanco no braço de Dudu, em que o VAR sequer chamou o árbitro para a revisão. Já no lance de Gabigol, a cotovelada dada em Lyanco, o VAR imediatamente chamou o árbitro, que anulou o cartão amarelo que havia dado ao atacante do Cruzeiro e aplicou o vermelho. Expulsão justa, pois quem dá cotovelada num companheiro de profissão merece sair de campo mesmo. Porém, se o árbitro tivesse usado o mesmo critério, aos 17 minutos de jogo teria expulsado Lyanco e o lace do Gabigol não teria acontecido. Ninguém entendeu a falta de critério do árbitro e do VAR. O ex-árbitro e comentarista Paulo César de Oliveira foi taxativo ao dizer que Lyanco deveria ter sido expulso, por ter pisado intencionalmente no braço de Dudu. Por que os árbitros não dão entrevistas para falar dos seus erros? Eles estragam o trabalho de uma semana inteira de um clube e nada acontece. No máximo, duas semanas se “reciclando” para voltarem cometendo os mesmos erros, as mesmas lambanças.

O Cruzeiro já disse que não vai aceitar árbitro mineiro no próximo confronto com o Atlético, requisitou o áudio do VAR e vai protestar, formalmente, na FMF. Eu pegaria a imagem do Lyanco, pisando no braço do Dudu, e enviaria ao STJD. Se o árbitro não teve coragem de expulsá-lo, o STJD pode muito bem puni-lo com um bom gancho. Atitudes como a desse rapaz, imitando estar se maquiando, como ele próprio afirmou em entrevista, que fez para provocar, acabam gerando violência. Os jogadores deveriam ter uma preocupação em passar uma imagem serena, já que o futebol anda tão violento. Os clássicos entre Cruzeiro e Atlético têm sido marcados por jogadas desleais, muita pancadaria e pouco futebol. Também, quem comanda o futebol mineiro é uma entidade sem credibilidade, que é apontada pela torcida do Cruzeiro de “sempre beneficiar o Atlético, por serem seus dirigentes, atleticanos”. Não vejo o menor problema em um dirigente de uma federação torcer por um time, exceto quando ele não trata todos os filiados com igualdade.

Enfim, um dia teremos os clubes cuidando de seus próprios destinos, com uma única Liga, dando uma banana para as federações e a CBF, pois a entidade nacional deve cuidar única e exclusivamente da Seleção Brasileira. Os clubes ainda não sabem a força que têm, pois, se soubessem, não estariam submissos a entidades tão fracas e desmoralizadas Brasil afora. Pelo fim das federações, é o que pede o torcedor de verdade.


Cadê o áudio do Var?

Até ontem à noite, a FMF não havia divulgado o teor da conversa do VAR com o árbitro do clássico de domingo. Pior que isso: em nota no nosso site NoAtaque, disse que só iria fazê-lo em reunião secreta com a diretoria do Cruzeiro, o que gera suspeita de todos. Por que o áudio não pode ser tornado público? O que há de tão grave que torcida e imprensa não podem ter acesso? E, vale lembrar, que ainda que seja divulgado, tudo estará sob suspeição. A torcida suspeita de edição, de omissão de palavras e de tudo o mais. A torcida sugere que o Cruzeiro se retire do Campeonato Mineiro, e eu sou totalmente a favor. Ou a entidade trata os filiados com igualdade, isonomia e transparência ou então o Cruzeiro se filie a outra federação, enquanto elas existirem, pois é uma vergonha esse tipo de entidade.

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