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Ivan Drummond
Repóter de Polícia e Esportes. Participei da cobertura e sete edições dos Jogos Olímpicos, Cobertura Copa do Mundo. Ganhador de dois Prêmios "Esso", em 1985 e 1987. Ganhador Prêmio Nacional Petrobras, com a série de matérias "Hilda Furacão"

Mais uma vez a impressão é que tudo não passa de embromação

O esporte cresceu. Ganhou adeptos, principalmente na Europa. Espanha e Itália foram os dois primeiros

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No início de 2020, a Fifa, pela primeira vez desde que assumiu a modalidade, o futsal, antes chamado de futebol de salão, se mostrou interessada no esporte. Numa reunião em Zurique, na Suíça – a Copa do Mundo da modalidade foi disputada no Uzbequistão, em 2024 –, anunciou que vai entregar ao Comitê Olímpico Internacional (COI) uma petição para que o esporte seja incluído no rol das modalidades olímpicas, assim como o Beach Soccer.

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Este é um sonho antigo. Tentativas já foram feitas anteriormente por federações nacionais, mas sempre foram repelidas pela Fifa. Aliás, a impressão que se tinha era de que a modalidade era vista como uma ameaça.

Nos Jogos Olímpicos de Atlanta’1996 (EUA), o assunto foi levantado. A pergunta feita ao então presidente do COI, o espanhol Juan Antonio Samaranch, foi: “Por que o futsal não é uma modalidade olímpica?”

A resposta dada pelo dirigente e o argumento sustentado por alguns anos era de que o esporte não tinha representatividade mundial e era praticado apenas por alguns países.

Na verdade, a entidade que cuidava do futebol de salão, a Fifusa (Federação Internacional de Futebol de Salão) foi criada em 1971. E tinha apenas sete filiados: Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Peru e só um europeu, Portugal.

Era muito pouco. Mas o esporte cresceu. Ganhou adeptos, principalmente na Europa. Espanha e Itália foram os dois primeiros. Na sequência, a Holanda. Estados Unidos e México também aderiram. E surpreendentemente, um país oriental, o Japão.

Pois em 1982 foi disputado o primeiro Mundial. Além desses países, um 14º, a Tchecoslováquia, hoje República Tcheca.

O esporte cresceu e, nos anos 1990, eram muitos os adeptos. Um total de 128 países. Mas para o COI, ainda era pouco. E a Fifa não demonstrava interesse em expandir o futebol de salão.

Mas, apesar disso, brigou para ter o controle do esporte. Seu lema: “se é futebol, é nosso”, foi dito e replicado diversas vezes, até que a entidade internacional do futebol tomou o esporte, decretando o fim da Fifusa.

Rapidamente, o futsal, o novo nome dado pela Fifa, ganhou o mundo. Até mesmo no mundo muçulmano se tornou uma paixão, mais até que o futebol de campo, pois lá o calor impede que se faça um campeonato nacional durante todo o ano. Assim, essa competição durava oito meses e nos quatro meses de calor era o futsal quem imperava. Os clubes do futebol de campo se transferiram para as quadras, com os mesmos jogadores. Ginásios lotados.

Na Olimpíada Rio’2016, o presidente do COI era outro, o alemão Thomas Bach. Numa coletiva, ele é sabatinado sobre o assunto: “Por que o futsal não entrou para o rol dos esportes olímpicos?”

A resposta mostrava que o problema não era o COI, mas sim a Fifa. “Não existe, ainda, interesse, um pedido formal da Fifa.”

Ali ficou claro. Mas as coisas parecem ter mudado bastante. Na Assembleia Geral desta quinta-feira, a entidade parece ter entendido, definitivamente, que o futsal é um esporte que tem todas as condições de fazer parte do mundo olímpico.

Só que, até agora, tudo está apenas na conversa.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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