Nunca é tarde pra começar
Os colégios davam importância ao esporte. Fazia parte da educação. Hoje, infelizmente, não faz mais
Mais lidas
compartilhe
SIGA NO
Qual o melhor momento para praticar esporte? Essa é uma pergunta que me fizeram semana passada e a minha resposta foi que “não existe um momento exato. Qualquer hora é a hora de começar, de continuar. O importante é praticá-lo”.
Pois é. Isso me fez voltar aos tempos de criança, de jogar bola (futebol) na rua, ou Bente Altas. Tinha até queimada. Era esporte na essência, isso sem contar brincadeiras como “jogar finca”, “bolinha de gude”, “polícia e ladrão”, “pegador”, “mãe da rua” e “garrafão”. Tudo era esporte, pois serviam para aprimorar a forma física. Isso sem a gente saber.
Pois é, depois vem a escola. Os colégios davam importância ao esporte. Fazia parte da educação. Hoje, infelizmente, não faz mais. Poucos colégios dão importância ao esporte. Infelizmente, desconhecem que ele faz parte da educação. Também, com os exemplos que nossos políticos dão.
E a gente descobre o futebol de campo, futebol de salão, vôlei, basquete, handebol, atletismo, natação, judô, karatê, jiu-jitsu, capoeira, boxe, tiro ao alvo, enfim, todos os esportes.
Muitos seguem esse caminho, fazem história. Se tornam famosos. Alguns, heróis nacionais. É espetacular esse mundo. Pena que nem todos seguem esse caminho.
Mas, enfim, nunca é tarde para começar.
Pois é. isso acontece agora, com profissionais. Muitas categorias profissionais têm estímulo, incentivo para a prática esportiva. E não estão errados em incentivar o esporte, afinal de contas, além de educação, na fase inicial da vida, a prática é fundamental na preservação da saúde. Depois, a pessoa terá uma profissão definida, vida encaminhada, família etc.
A turma da área judiciária, daqui de Minas Gerais e de todo o Brasil, profissionais já feitos, se encontram uma vez por ano, durante uma semana, para disputar seus Jogos Olímpicos.
Isso mesmo. É a Olimpíada Nacional do Judiciário Federal, que teve a sua 22ª edição disputada em Foz do Iguaçu. Minas Gerais brilhou, representada pela Asttter (Associação dos Servidores do Tribunal do Trabalho da 3ª Região).
A delegação mineira foi campeã do evento, pela quarta vez. Foram 75 medalhas de ouro, 58 de prata e 47 de bronze. Mais que isso, dentro da competição, levantou, também, o pentacampeonato brasileiro de natação.
Mas existe, em meio a tantas conquistas, uma história, de uma atleta, que chama a atenção. Uma integrante da delegação mineira.
Hoje, a caminho dos 40, ela conta que demorou a se decidir pela prática esportiva. “Nunca tinha competido em nada. Não fazia parte do meu mundo, da minha vida”, diz Magna Helena.
E sua vida esportiva começou pesada, por assim dizer. Ela foi chamada para completar o time de handebol. Faltava uma goleira para que o time treinasse. Pois Magda topou o desafio.
E foi reserva da Seleção Mineira de Handebol da Astter por três competições consecutivas. Magda se tornou uma atleta.
Mas o destino tinha mais para ela, a atleta que começou tarde. Faltava uma goleira para a Seleção de Futsal. O time vivia um caos. Testou quase todas as jogadoras de linha no gol. Mas não deu certo com ninguém.
Foi então que resolveram fazer uma procura por uma jogadora para a posição. O time, na linha, é muito bom. Mas não há como jogar sem goleira, ou mesmo uma jogadora improvisada.
E não é que alguém teve a ideia de chamar Magda. Pois lá foi o time inteiro, para o treino do handebol, para pedir ajuda a Magda. Havia o temor de que ela não topasse. Se não fosse assim, não teria como o time ir para a Olimpíada.
Pois Magda topou. Virou goleira de futsal. Ganharam um, dois, três, quatro jogos. Foram para a final. E Minas Gerais venceu. É campeã. Magda, não bastasse a aventura de ter trocado de esporte, terminou como a melhor goleira da competição.
Pois é, não existe um tempo exato para começar a praticar esporte.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.
