
Uma história mineira, a do basquete
A força do basquete mineiro ficou demonstrada pela Seleção do nosso estado, vice-campeã nacional em 1930, 1937 e 1944. E campeã em 1947
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O esporte especializado mineiro – é chamado assim tudo o que não é futebol – vive um momento especial. Em quatro modalidades, nossos atletas vêm se destacando e conquistando resultados relevantes. Falo do vôlei, basquete, futsal e natação.
Mas antes de entrar nos números que provam a tese, quero dizer que existe um preconceito, enorme, contra mineiros neste Brasil. No passado, não muito distante, muitas vezes, bastava uma equipe mineira conquistar um título para que acabassem com a competição.
Há um caso específico no basquete. As competições de seleções estaduais começaram em 1925. Pasmem! Pois é. E foram encerradas em 1964. Não existe uma explicação, mas decidiram retomá-la em 1990. E adivinhem quem foi campeão? Minas Gerais. Pois no ano seguinte já não existia mais o Campeonato Brasileiro de Seleções de Basquete.
Mas antes disso, a força do basquete mineiro ficou demonstrada pela Seleção do nosso estado, vice-campeã nacional em 1930, 1937 e 1944. E em 1947, nossa equipe foi campeã brasileira.
Agora, temos o Minas na final do NBB. Decide, em melhor de cinco, contra Franca. Começou vencendo a série, no interior paulista. Mas depois perdeu duas vezes em casa. Mas ainda dá tempo. O quarto jogo será amanhã, às 18h30, no ginásio Pedrocão, em Franca (SP). Vencendo, o Minas trará a decisão para sua casa, no próximo sábado, às 17h.
E nesse esporte, os clubes mineiros se destacam desde que foram criadas as competições clubísticas, em 1965. Nascia ali a Taça Brasil. Depois, esta se transformou em Campeonato Brasileiro de Basquete e, em seguida, em Campeonato Nacional de Basquete, que deu origem ao Novo Basquete Brasil (NBB).
As equipes mineiras sempre estiveram entre as quatro mais fortes. O Minas, por exemplo, na Taça Brasil, foi terceiro colocado em 1966, 1971, e foi quarto em 1974. Na mesma competição, o Ginástico foi quarto colocado em 1980.
No Campeonato Brasileiro, o Minas foi terceiro em 2003 e 2008. No NBB, foi terceiro em 2009, na primeira edição desse torneio. Na segunda edição, em 2009/2010, ficou em quarto lugar.
Mais recentemente, a partir da temporada 2020/2021, começou a mostrar mais força ainda. Terminou aquela temporada em terceiro, colocação repetida nas edições 2021/2022, 2023/2024. Na edição 2022/2023, ficou em quarto.
Então, não é por acaso que está na decisão da atual temporada. Houve um trabalho, uma preparação, uma aposta, para tentar o título brasileiro, que é uma obsessão.
E não foram só Minas e Ginástico a despontarem no cenário nacional. Tem também o Uberlândia. O clube do Triângulo Mineiro, para começar, foi campeão brasileiro em 2004. Foi vice-campeão três vezes, nas temporadas 2003, 2004 e 2012/2013. E foi terceiro duas vezes, em 2000 e 2007.
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As conquistas não param por aí. O Minas tem um título internacional, de campeão sul-americano de clubes, em 2007. E tem em sua galeria outro título nacional, o da Copa Super 8 de 2021/22. A competição reúne os oito melhores do NBB a cada ano.
O Uberlândia também soma outras campanhas vitoriosas, como a de campeão sul-americano de 2005. E foi bicampeão da Supercopa Brasil, em 1998 e 1999 – a competição não é mais disputada, dando lugar à Copa Super 8.
Bom, essa é a história do basquete mineiro, de suas conquistas e melhores desempenhos. Depois conto dos outros esportes.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.