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Ivan Drummond
Ivan Drummond
Repóter de Polícia e Esportes. Participei da cobertura e sete edições dos Jogos Olímpicos, Cobertura Copa do Mundo. Ganhador de dois Prêmios "Esso", em 1985 e 1987. Ganhador Prêmio Nacional Petrobras, com a série de matérias "Hilda Furacão"
HISTÓRIAS DO ESPORTE

O esporte, ah, o esporte. Como vale a pena!

O esporte é tão importante quanto a escola, aliás, os dois deveriam caminhar juntos. Um completa a outra

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Aquele menino estava perto de se apaixonar pela primeira vez. Tinha apenas seis anos. Seu pai, uma pessoa fascinada pelo esporte, decide levá-lo a vários jogos, para que ele escolhesse seu time. Não queria influenciá-lo, e sim que o filho pudesse ter o direito de escolha. Era uma forma democrática, a primeira lição da vida do menino.

 

 

E lá foram eles. Primeiro, para Nova Lima, assistir o Villa Nova, time de sua mãe. Depois, Independência, Estádio JK (Cruzeiro), Alameda (América), Estádio Antônio Carlos (Atlético) e Itabira, para ver o Valério, no Estádio Israel Pinheiro, e também Sabará, no campo do Siderúrgica, Estádio da Praia do Ó.

Depois de vários jogos, a pergunta do pai: já escolheu para qual time vai torcer? A escolha, pela cor da camisa, a cor que ele mais gostava. Era diferente do time do pai e da mãe. Mas o pai não se importou. O que realmente importava é que o filho estava no caminho do esporte, que aliás, faz parte da educação, embora, no Brasil, os políticos e dirigentes dessa área não entendam isso.

 

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Mas não foi só o futebol. Também nessa idade, ele foi apresentado ao judô. Na extinta ACM (Associação Cristã de Moços), era um esporte, naquela época, mais do que importante, pois atuava na educação das crianças. No tatame se aprende o respeito, em primeiro lugar. Um ensinamento japonês.

E nesse esporte, com o passar do tempo, vieram títulos, de campeão metropolitano, campeão mineiro, várias vezes; e um título brasileiro. O esporte se tornou uma paixão para o menino.

E no futebol, que se tornou também uma paixão, a história do garoto caminhou. Entrou para o Colégio Arnaldo. Lá tinha um campo. Logo estava na Seleção do colégio, categoria mirim, e assim foi seguindo. Depois no time infantil, infanto-juvenil e juvenil.

E, na escola, surgiram as amizades. O time que ele jogou, até hoje, está junto. São verdadeiros amigos. Se encontram duas, três vezes por semana. Até compraram uma mesa de sinuca, pois, no colégio, havia uma cruzada, que reunia esportes como sinuca, totó, ping-pong, o também chamado de tênis de mesa, principalmente do Brasil. E essa mesa, dos tacos e bolas, se tornou um símbolo para eles. Símbolo, acima de tudo, de amizade.

 

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No colégio, acabou sendo apresentado ao futebol de salão, depois de um desafio de um dos amigos. Lá foi ele para a quadra, e acabou em clube, o Olympico, depois para o Comercial, ambos em Belo Horizonte.

No Olympico, viu alguns dos maiores craques desse esporte no Brasil, inclusive três campeões mundiais Walmir, Paulinho Bonfim e Jackson, em 1982. Jackson, aliás, foi eleito três vezes o melhor do mundo.

Ao mesmo tempo, surgiu o basquete na sua vida. Do colégio para um clube, o Ginástico. Se apaixonou também por esse esporte. Lá, também, conheceu o handebol. Não jogou, mas se encantou por essa modalidade esportiva que faz gol com a mão. Viu o clube ser bicampeão brasileiro.

 

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Ao mesmo tempo, experimentou o vôlei, apenas como diversão, mas também se encantou quando sua irmã foi jogar no Mackenzie. Arriscou-se, também, no karatê e boxe.

E veio o atletismo. Ainda na escola, ganhou um torneio de salto triplo. Fez corridas.

O tempo passou. Ignoram o esporte. Não entendo como isso acontece, ainda mais conhecendo essa história. O esporte é, sim, parte da educação. Uma pena que não dão a devida importância.

O menino experimentou muita coisa. Se apaixonou. O tempo passou, veio o vestibular. Passou. E sonhava em se formar e trabalhar na área esportiva.

E conseguiu. Participou de sete edições dos Jogos Olímpicos. As modalidades esportivas que ele não praticou, optou por estudá-las. Acompanhou os treinamentos para aprender. E pode-se dizer que tudo foi um grande aprendizado. Ele foi educado no esporte, sem comprometimento das notas na sala de aula.

O esporte é tão importante quanto a escola, aliás, os dois deveriam, como na época do menino, caminhar juntos. Um completa a outra. É competindo que se aprende a respeitar, a ter responsabilidade, com sua equipe e com a sociedade. 

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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