

Aos 70 anos, produtor de moda promove o quarto 'Baile da Olho' em BH
Festa à fantasia pré-carnavalesca criada por Zeca Perdigão está marcada para 20 de fevereiro, no Hotel Londres, no Centro da capital
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Zeca Perdigão não esconde a alegria de, pela quarta vez consecutiva, colocar seu baile como uma das atrações de sucesso no pré-carnaval de Belo Horizonte. O produtor de moda, um dos mais respeitados do país, não pensou que chegaria tão longe com a festa. Principalmente por não ter nenhum tipo de patrocínio. Até acreditou que na segunda ou terceira edição haveria interessados em patrocinar o baile. “Vi que não tem, mas continuo fazendo com as forças que me restam, já com 70 anos”, diz ele à coluna.
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Para colocar a festa em pé, Zeca contabiliza os gastos com staff, que vai de seguranças ao pessoal de limpeza. “Faço com alegria e estou muito feliz em chegar ao quarto baile”, comemora. Se faltam patrocínios, sobra apoio dos amigos. “Sempre fui prestigiado por essas pessoas carinhosas comigo, que sabem que faço o baile com todas as minhas forças. Tenho energia para fazer uma festa bacana, reunindo os amigos para nos divertirmos.”
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• PÓS-PANDEMIA
As origens do “Baile da Olho” estão relacionadas à pandemia. Na época, a ideia de Zeca era divulgar a Revista Olho, editada por ele, por meio da folia. Mas a proposta tomou outro rumo quando o produtor percebeu que, com a vida retomando o ritmo normal depois da COVID, a capital mineira precisava de uma festa que agregasse valores da moda, tendo como inspiração outros bailes de gala, como o da Vogue, no Rio de Janeiro. “Não comparando de forma alguma”, comenta.
Looks para o Baile da Olho, festa à fantasia pré-carnavalesca de BH
• AMOR ANTIGO
A relação de Zeca Perdigão com o carnaval vem dos tempos de adolescência na terra natal, São Domingos do Prata. Naquela época, ele e o primo ajudavam a decorar o clube da cidade. Já em Belo Horizonte, trabalhando na TV Alterosa, Zeca participava das transmissões da folia na Avenida Afonso Pena. “Carnaval sempre foi uma paixão”, revela. Atualmente, prefere curtir os bloquinhos de bairro. “Gosto do carnaval como observador. Não gosto do carnaval eletrônico, com trio elétrico e axé. Prefiro as músicas antigas e vou sempre na frente, como abre-alas. Me divirto com minha latinha de cerveja”, diz, com humor. “O carnaval gigantesco me apavora um pouco, tenho pânico de multidão. Sempre tenho uma rota de fuga. Sou meio claustrofóbico”, confessa.
• EXERCÍCIO CRIATIVO
Para Zeca, carnaval é a verdadeira Babilônia, “uma loucura”. Então, nada mais adequado do que se inspirar na palavra de origem hebraica que significa grande confusão. “Gosto de conceitos para os bailes. Ano passado, a inspiração foi Vivienne Westwood; antes dela, o surrealismo; desta vez, Babilônia. Quero que as pessoas entendam que a brincadeira é despertar a criatividade”, diz ele, que nos últimos dias não dorme, pensando na própria fantasia.
• HOTEL LONDRES
Pelo segundo ano, Zeca Perdigão leva seu baile para o Hotel Londres, na Região Central de BH. Está marcado para 20 de fevereiro, quinta-feira, a partir das 21h. O produtor não poupa elogios à equipe da casa noturna, que o recebe muito bem. Mais que isso, considera o lugar superinteressante, bem no Centro. O desejo dele é que o baile fique em definitivo no calendário da cidade. “Temos direito de ter uma festa diferente das que já existem na rua, na multidão”, explica. E faz questão de destacar que o baile não é exclusivo. “Recebo todas as pessoas com o maior prazer”.
• CASA COR 30
O edifício-sede do Campus da PUC Minas Lourdes, na Praça da Liberdade, construído originalmente para abrigar o Instituto Metodista Izabela Hendrix, vai abrigar a 30ª Casa Cor Minas no segundo semestre, em agosto e setembro. O prédio foi projetado em 1938 pelo arquiteto italiano Raffaello Berti. Adquirido no final de 2023 pela PUC Minas, será adaptado para abrigar a PUC Lourdes, a partir do próximo ano. Eduardo Faleiro, diretor da Casa Cor, diz que o edifício se destaca “por seus ambientes generosos, com pé-direito alto e ampla área externa, além do pátio central, que será palco de uma série de eventos e encontros ao longo da mostra”.