Jornalistas 'distribuem' a Claquete de Ouro em Tiradentes
A convite da coluna, profissionais que cobrem a Mostra de Cinema comentam aspectos positivos e negativos do evento que abre a temporada do audiovisual no Brasil
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SIGA NOA 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes segue até sábado (1º/2). Jornalistas de todos os cantos do Brasil circulam pela cidade histórica acompanhando a programação. Em clima de brincadeira, a Coluna convidou colegas para apontarem quem ou o quê deveria receber a Claquete de Ouro.
Não faltaram elogios. “Sempre foi um sonho estar na cobertura deste evento, com filmes que mostram verdades e realidades de nosso país. O trabalho realizado pela equipe da Universo Produção é de tirar o chapéu”, elogia Raphael Camacho, do Rio de Janeiro.
“Para ter ideia do quanto Tiradentes inspira, criamos a Mostra Therecine (Mostra de Cinema de Teresina) após a vivência que tive no ano passado ao ver toda a transformação social, cultural e econômica que ela traz e envolve”, diz Rivanildo Feitosa, da TV Meio Norte, de Teresina.
Ismaelino Pinho, do Jornal O Liberal, de Belém, volta à cidade histórica após longo hiato de 12 anos, quando sofreu acidente nas ruas de Tiradentes e foi parar no hospital em São João del-Rei.
“A cidade tem um charme inigualável, mas seria muito bom ajustar as calçadas para que os pedestres possam evitar o meio da rua”, afirma.
A Mostra precisa rever alguns detalhes. Este ano, a solenidade de abertura teve mais de três horas, com apresentações musicais, entrega de troféus e homenagem à atriz Bruna Linzmeyer. Claro que tudo isso pode acontecer. Mas do jeito que foi, deixou a plateia exausta. Muita gente não conseguiu ficar para ver o filme de abertura.
“A noite de abertura poderia ter cerimônia mais curta, pois o filme começa por volta das 22h30, 23h”, diz João Paulo Barreto, do Jornal A Tarde, de Salvador.
Assim como a boa edição valoriza um filme, a sessão de abertura com edição caprichada vai deixar todo mundo feliz.
E o troféu vai para...
“Para a gastronomia, a cidade e a imprensa convidada. Tiradentes é muito efervescente durante o período da mostra, além de segura e sempre bonita. Para a cidade, é 10. A única coisa de que sinto falta mesmo é da distribuição de água para a imprensa, porque o tempo é muito curto para as demandas e ainda nos lembramos de comprar ou encher a garrafa d'água.”
• André Guerra, do Diário de Pernambuco, Recife. Cobre a Mostra há dois anos
“Para a vasta programação e o acesso gratuito a obras variadas, contemplando todas as faixas etárias – tem a Mostrinha –, preferências e estilos. Gosto em especial da gastronomia, do fato de o evento se concentrar na região central, onde podemos percorrer tudo a pé e acompanhar o máximo possível de filmes e das atrações paralelas.”
• Rivanildo Feitosa, TV Meio Norte, Teresina. Cobre a Mostra há dois anos
“Para a originalidade. Pensando em filmes, é um ponto importante, fato que se consolida em várias produções a cada edição. A experiência desses 28 anos levou a Mostra para um patamar importante e maduro. Dou 10 para como a cidade abraça o festival. Mas uma observação importante: Tiradentes é uma cidade cara, talvez a mais cara dos principais festivais. Mais parcerias poderiam facilitar interessantes impulsos nas vendas do comércio local.”
• Raphael Camacho, Guia do Cinéfilo, Rio de Janeiro. Cobre a Mostra há um ano
“Para a qualidade da projeção e do áudio da Tenda. O cuidado da produção com a imprensa. O clima de receptividade, a arquitetura e a culinária valem 10. Honestamente, se melhorar estraga.”
• João Paulo Barreto, jornal A Tarde, Salvador. Cobre a Mostra há sete anos
“Para a energia vibrante que paira aqui. O charme da cidade e a força criativa dos filmes de estreantes, aliados à logística perfeita do evento, merecem a nota máxima. Para ficar ainda melhor, seria interessante no final de semana incluir sessões na madrugada, de virada, com filmes latinos ou clássicos para serem revisitados. A cidade tem charme inigualável, mas seria muito bom ajustar as calçadas para que os pedestres possam evitar o meio da rua.”
• Ismaelino Pinho, O Liberal, Belém. Cobre a Mostra há dois anos
“Para o espaço de experimentação, de descobertas, de não conformismo, de sair de lugares comuns, ousar e se aventurar. Nem sempre acertando, mas isso faz parte do processo. Adoro a Mostra, estar em Tiradentes. O que precisa melhorar é a comodidade, principalmente no Cine Tenda, um espaço lindo, maravilhoso, com cadeiras muito desconfortáveis. Para mim, nesta certa idade, é problemático ficar sentado por muito tempo. A cidade é muito acolhedora, a gastronomia incrível, com gente do Brasil inteiro. Isso é 10, maravilhoso.”
• Robledo Milani, site Papo de Cinema, Porto Alegre. Cobre a Mostra há dois anos