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Gustavo Nolasco
Gustavo Nolasco
DA ARQUIBANCADA

A nau cruzeirense a um passo de reencontrar o rumo

Fica a esperança de que isso, em breve, se torne apenas a constatação de um passado que já não existirá mais

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O Cruzeiro com Alexandre Mattos como diretor de futebol ou CEO do clube já se provou uma zona sem porteiro, uma nau sem comandante. O desempenho dentro de campo tem sido vergonhoso e no que tange ao planejamento e estratégias de gestão, beira o amadorismo. Se já não bastasse a sequência de gestões catastróficas de 2019 a 2023, estamos vivendo déjà vu?

Analisando pelo binóculo do alto do mastro principal – e com a desconfiança que a mineiridade nos deu por natureza –, as últimas declarações de Pedrinho do SuperPovão BH dão sinais de que o dono da SAF Cruzeiro tem começado a perceber o Oceano Atlântico que existe entre o nível técnico do staff de diretores e gestores que montou em 2024 e a real qualificação que o futebol moderno, altamente competitivo e mercantilizado, exige dos profissionais que nele trabalham.

 

A chegada do treinador Leonardo Jardim trouxe a sensação de fim de tempestade em alto-mar, exatamente no momento em que o navio cruzeirense estava à deriva – com a eliminação precoce na Country Cup – e com a tripulação em pé de guerra, querendo se lançar ao mar.

 

 

Ficou evidente para a Nação Azul que mesmo dirigindo o time na reta final do campeonato, não cabia a Jardim nem um milésimo de culpa pelo fiasco. Essa presunção de inocência deu a ele a tranquilidade para observar o elenco de jogadores, a forma como ele foi formado pelo CEO do clube e como a direção estava totalmente perdida na maneira de controlar e disciplinar o ambiente interno da embarcação celeste.

 

 

“Ter investimento não é sinônimo de ter bons jogadores.” Ainda antes da desclassificação para o América de Belo Horizonte, o comandante português, de forma elegante, expôs o quão evidente foi errado (se é que existiu...) o planejamento traçado pelo CEO da SAF Cruzeiro para as temporadas de 2024/2025. Fato é que, enquanto Pedro Lourenço entregava ouro e pau-brasil para seu CEO “trabalhar”, recebia em troca apenas espelhinhos como resultado.

“O Jardim é um cara acima da média, que tem uma consciência e uma qualidade que eu nunca vi.” De forma subliminar, o próprio Pedrinho reconheceu o abismo existente entre a imagem de bom gestor, “vendida” por Alexandre Mattos, e os métodos modernos de trabalho vindos do treinador moldado no profissionalismo do futebol europeu.

 

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Na psicologia, é muito comum a máxima de que o primeiro passo para uma pessoa resolver seus problemas internos é admitir tê-los. Está evidente o problema do Cruzeiro. O próximo passo é se mexer para resolvê-lo.

Uma zona sem porteiro; uma nau sem rumo. Fica a esperança de que isso, em breve, se torne apenas a constatação de um passado que já não existirá mais. Se dentro de campo Leonardo Jardim ainda precisa provar a sua capacidade com resultados, fora dele parece já ter feito a parte mais difícil, que é abrir os olhos e a mente de Pedrinho do SuperPovão BH.

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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