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Gustavo Nolasco
Gustavo Nolasco
DA ARQUIBANCADA

Quando sai o pacotão de despedidas do Cruzeiro?

Estratégia? Planejamento? Comando hierárquico? Isso parece ser um dicionário de "javanês" para alguns departamentos e diretorias da SAF Cruzeiro

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“O ideal do Cruzeiro ainda está muito longe [...] Acredito que em um, dois meses a equipe será muito mais competente e terá muito mais qualidade [...] É um processo, não é fácil estalarmos os dedos e amanhã aparecer resultados.”

Essa análise realista feita por Leonardo Jardim, nosso novo “professor”, tem martelado na mente há dias. Desde o amargo empate contra o América, na primeira partida do Cruzeiro nas semifinais da Country Cup. E as pancadas na moleira têm incomodado bastante a mim e a boa parte da Nação Azul.

Enquanto todos os times de ponta no Brasil utilizaram os dois primeiros meses do ano para seus elencos se recomporem fisicamente; treinarem massivamente para os reforços se adaptarem à estratégia tática da equipe ou para assimilarem a teoria de jogo – no caso de equipes que trocaram de treinadores na virada de temporada –, o Cruzeiro jogou esse tempo no lixo.

A diretoria da SAF apostou na manutenção de um treinador que, todos sabiam, sucumbiria aos primeiros resultados negativos que viessem. Aconteceu. Diniz caiu com menos de dois meses de temporada.

Sendo assim, como projetou Leonardo Jardim, só com o Campeonato Brasileiro já em andamento, “o ideal do Cruzeiro” chegará. Só quando os outros times já estiverem acumulando entrosamento e disparando pontos na tabela, a nossa equipe “será muito mais competente”.

Estratégia? Planejamento? Comando hierárquico? Isso parece ser um dicionário de “javanês” para alguns departamentos e diretorias da SAF Cruzeiro. Incapacidade profissional? Não tem outra explicação plausível.

De trapalhada em trapalhada, algo vai ficando cada vez mais escancarado no Cruzeiro: o despreparo para tocar o futebol com a inteligência, o profissionalismo e o pulso firme que o momento e os inimigos (desportivos e da crônica esportiva) exigem. Não adianta ter dinheiro para contratar se a postura é inócua como era nas administrações passadas.

Desde quando o clube começou a anunciar o pacote de contratações, dentre as quais ídolos de Flamengo, Corinthians e Palmeiras, o recado estava dado. O Cruzeiro seria bombardeado com críticas externas que poderiam afetar diretamente o ambiente interno.

Novamente, aconteceu. Teve jogador curtindo redes sociais de outro time só porque perdeu (merecidamente) a posição de titular. Goleiro que bateu boca com torcedor por ser criticado. E pasmem! Até ex-esposa de titular atiçando a “aldeia” para colocar fogo nos bastidores do clube.

Fato é que falta até personalidade à diretoria da SAF Cruzeiro. Nem blindar o clube contra essa exposição midiática maléfica ela tem conseguido. Vide a novela Matheus Pereira que, a cada entrevista, tem feito lembrar o personagem da hiena Hardy, criado na década de 1960 pelo estúdio Hanna-Barbera. Hardy vivia cabisbaixo, pessimista e lançando o bordão “oh vida, oh céus, oh azar… isso não vai dar certo!”

Para a saúde emocional e psicológica do craque e ser humano exemplar Matheus Pereira (e de sua família) fica a torcida para que a possível venda para o Zenit da Rússia se concretize rapidamente. De quebra, essa negociação ainda será uma providencial cortina de fumaça para encobrir a falta de pulso, de competência e de norte de algumas diretorias da SAF Cruzeiro.

Jamais nos esqueçamos, jogadores e diretores de futebol passam. O Cruzeiro e a Nação Azul ficam. Que Pedrinho do SuperPovão BH anuncie logo um pacotão de despedidas.

Sendo assim... Tchau, Matheus! Fica o sincero agradecimento por tudo que fez de bom por aqui (ainda mais se você convencer alguns diretores do Cruzeiro a seguirem o mesmo caminho).

 

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